Cláudia Vieira assume que quer ter o segundo filho
«A Maria é super maternal e quer imenso. E eu também.»

Nacional

À conversa com a VIP, Cláudia Vieira, que acaba de dizer adeus à novela Alma e Coração, falou sobre o imenso talento da filha, Maria, que tem uma queda para a representação e da certeza de querer ter mais um filho.

Sáb, 01/06/2019 - 14:20

Cláudia Vieira, de 40 anos, continua a somar vitórias. Ao final da tarde desta sexta-feira, dia 31 de maio, a VIP cruzou-se com a atriz, com quem se sentou à conversa, no cocktail da despedida do elenco de Alma e Coração – que, previsivelmente, chegará ao fim no próximo mês de agosto.

Muito feliz por ter sido desafiada a soltar-se (ainda mais) como intérprete de personagens, Cláudia não esconde a satisfação por ter adicionado mais uma protagonista de sucesso ao currículo. «É verdade… Esta [n.r. protagonista] muito saborosa, muito desafiante, muito especial, muito intensa a vários níveis. Pela carga de trabalho, mas pelo desafio que as caraterísticas da personagem exigiam tanto a nível físico como a nível de dramaturgia», começa por contar. 

A verdade é que, em particular, o desempenho de Diana – o papel que defende na trama –, que a forçou a mostrar vários registos, fez com que inúmeros colegas lhe salientassem o talento. «Eu tenho ouvido os maiores elogios e as pessoas a comentarem que houve um crescimento brutal. Sinto isso, mas não sinto que foi só neste papel. Sinto que este papel deu para mostrar. Houve várias personagens que me foram exigindo coisas e que me obrigavam a sair de zonas de conforto e de pesquisar, e de ficar perdida como é que vou fazer… », admite, realçando que a peça de teatro que fez em 2017, à Boleia para Hollywood, lhe deu ferramentas fundamentais para o desempenho de futuras personagens.

«Realmente esta personagem foi muito exigente, por diversas vezes, tinha medo de algumas cenas e esse medo é maravilhoso, é incrível!», acrescentou, referindo-se às singularidades da «sua» Diana, que, enquanto trapezista de circo, a obrigou a malabarismos. «A parte física foi um desafio gigante no arranque do projeto, mas eu sinto que sou muito dotada a esse nível, porque eu sempre fui muito apaixonada por exercício físico. Eu confiava em mim, nesse aspeto.»

«Eu apaixono-me por esse medo»

Experiente, uma vez que trabalha no meio consecutivamente há 15 anos, Cláudia Vieira não esconde que ainda há cenas que a intimidam. É o peso da responsabilidade, como nos confirma, a vontade de querer fazer mais e melhor. «É o peso da responsabilidade e porque tu não sabes se vais conseguir realmente fazer as coisas com a verdade necessária.» Mas a atriz gosta de temer as cenas.

«Eu apaixono-me por esse medo, eu sempre fui muito de embarcar nas coisas que me assustam, mesmo quando veio o desafio para eu apresentar o Ídolos, eu pensava assim:´Mas como é que eu vou apresentar um formato como o Ídolos, que é assim um mega programa?… E, de repente, vou ser eu a conduzir? Eu que não tenho noção nenhum de como é que isto se faz a nível de apresentação, de estratégia de prender o espectador, de animar o publico, a plateia, de lidar com os nervos dos concorrentes, quando, se calhar eu estava tão nervosa como eles… E, no entanto, achei que era brutal o desafio e uma certa adrenalina. E as cenas também é um bocadinho assim dessa maneira, que é não estar completamente ciente de que vou conseguir fazer da melhor forma, mas vou dar o meu melhor e vou experimentar… Vivo um bocadinho disso, mas na televisão não há tempo…», lamenta.

Porém, à VIP, Cláudia Vieira desvenda todos os segredos e chega a confidenciar aquele que considera o grande ponto de viragem que melhorou as suas competências, enquanto atriz. «Trabalhar a construção desta personagem com a Isabel Abreu, foi das coisas que mais marcaram a diferença. Fazer coach e preparar a personagem… Existe uma direção para fazer esse trabalho, só que a direção de atores está atenta a todo um elenco e a toda uma história e a base de trabalho é a história. Enquanto que, no coach pessoal, a base é a tua personagem e como é que tu, com as tuas caraterísticas, podes servir essa personagem. Foi incrível. Foi um ensinamento genial! Eu tenho a Isabel no coração», declara, grata pelos ensinamentos que adquiriu ao longo de um mês e meio e sublinhando a imensa admiração que tem pela colega. 

As maiores preocupações enquanto mãe

Agora, com o fim das gravações de Alma e Coração, todas as noites em exibição na SIC, a atriz abranda o ritmo de trabalho. A filha, a pequena Maria, cresce a olhos vistos, o que, invariavelmente, já começa a preocupar a mãe. «Acho que já está na pré-adolescência, ninguém sabe…», sussurra, enquanto explica quais são as maiores preocupações.

Pensar no crescimento de Maria, fruto da longa relação que manteve com o ator e apresentador Pedro Teixeira e que terminou em 2014, inquieta-a verdadeiramente. «Eu penso muito nisso, primeiro noto a minha filha sempre a ter muita opinião, a ter uma personalidade muito forte, a serem 9 anos que, às vezes, parecem 12 e é assustador, porque parece que está a crescer rápido demais, mas faz parte… Acho que a minha mãe dizia o mesmo de mim, mas eu acho que faz parte nós queremos crescer rápido e a minha filha tem muita atitude», salienta à VIP, expondo receios. «Eu tenho medo, porque, como qualquer mãe, há coisas que nos fogem do controlo e, por exemplo, as redes sociais, o digital, é um mundo um bocadinho assustador para mim. Penso muitas vezes nisso, como é que vou conseguir gerir tudo…»

«Eu tento muito puxar a minha filha para terra»

Afinal, Maria começa a entrar numa fase muito peculiar do crescimento e Cláudia Vieira tenta antecipar o que aí vem. Questionada sobre se a filha já lhe pediu para ter redes sociais, a atriz diz que não. «Não tem telefone, não tem contas em lado nenhum. Vai espreitar, vai ver o que é que põem, tem uma página de fãs dela e diz: ‘Mas por que é que isto existe?’ E eu digo-lhe: ‘Olha, Maria, porque tu és filha de uma mãe que tem um trabalho que é visível, mas que tu sabes que é igual a qualquer outra mãe, mas, se calhar, na cabeça da menina que fez essa página não é. E nós temos de aceitar que as pessoas nos vejam de determinadas formas. E tu, ainda por cima, é mãe e pai.’, exemplificou o tipo de discurso que tem com a menina. 

«Eu tento muito puxar a minha filha para terra. Ela não tem que achar que os pais são mais do que alguém ou que as pessoas gostam dela pelos pais. Eu estou sempre com grandes diálogos, as duas a conversar muito, sem que estar a gerir se é criança ou se é [adulta].
E como é que a pequena Maria reage à conversa? «Compreende tudo. É maravilhosa», elogia. 

Quanto às crianças que lhe pedem para lhes levar um autógrafo da mãe, Maria é assertiva e já desenvolveu a estratégia perfeita. «Ela é a primeira a dizer. ‘Eu pedi à tua?’», conta Cláudia, entre risos.  
«Ela tem consciência que o trabalho da mãe só tem mais visibilidade e mais exposição e mais alvo de crítica, um bocadinho…», comenta a atriz, que aproveita cada oportunidade para explicar à filha que as críticas acontecem em todos os contextos, não só no mundo mediático.

Apesar de estar separada de Pedro Teixeira há cinco anos, Cláudia Vieira continua a identificar-se com o perfil do ex-namorado, quando explica à filha que ambos têm uma forma muito idêntica de estar na vida. «É muito importante para mim, que ela perceba que embora nós sejamos os dois atores, somos os dois terra-a-terra, tranquilos, na nossa, cada um com as nossas vidas. Temos vidas que não são só a vida do ambiente de trabalho. Eu faço uma grande amizade com um colega ator, como faço uma grande amizade com uma pessoa da equipa técnica e sempre fui assim. A Maria está muito consciente disso, acho eu.»

O talento da filha para a representação: «Ela tem muito de artista dentro dela»

Com 9 aninhos, a também manequim já consegue apurar a personalidade da filha e, a seu ver, Maria já denuncia uma certa queda para a representação. 
«Sempre que lhe faço a pergunta, porque como sabem, nós até agora não a expusemos nunca, vamos partilhando momentos do crescimento dela, porque tenho consciência que tenho prazer em fazê-lo… Adorava fazer uma mega produção, porque a minha filha é uma brasa, linda de morrer, adorava, adorava…», admite, cheia de orgulho. 

«Às vezes, faço-lhe a pergunta, se ela gostava de fazer trabalhos como modelo ou como atriz e ela diz logo com um ar muito displicente ‘Não!’», partilha, entre risos. «Se eu acho que ela tem queda, acho que sim… Acho que ela tem muito de artista dentro dela, só que ainda não desenvolveu esse lado e nós também não puxamos… Tem muito de gostar de ser o centro das atenções, nalguns momentos, tem muito de tímida também, mas é uma timidez com vaidosice, com personalidade. Às vezes faz cada fita, que eu digo ‘Oh, minha drama queen… Tu para atriz… essas lágrimas até caem e tudo, que maravilha!’», refere, ainda, desvendando diálogos que tem com a filha, na esfera mais privada.

E como é que ela reage quando ouve os palpites da mãe? «Ela sabe que eu estou a gozar, não entende se eu alguma vez tinha isso como desejo ou não, acho que ela sente que da minha e da parte do pai também, vai ter apoio para ser feliz, quer ela queira ser cabeleireira, médica ou atriz. Eu quero é que a minha filha seja muito feliz e que tenha os valores certos e que cresça saudável.»

«Nós sentimos quando é que o relógio biológico dispara»

Certo é que Cláudia Vieira não descarta de todo a ideia de experienciar a maternidade pela segunda vez. Recentemente, a atriz partilhou uma fotografia em que a sua personagem surge grávida na trama e a VIP aproveitou a oportunidade para a questionar nesse sentido. É que os colegas, de cena e não só, foram os primeiros a incentivá-la a engravidar novamente. De recordar que Cláudia Vieira se encontra numa relação amorosa com o empresário João Alves, há cerca de quatro anos.

«A minha Diana está grávida e confesso que estar com aquele barrigão me relembrou… Só que nós sentimos quando é que o relógio biológico dispara, eu estou à espera desses sinais. Quando tiver de ser, vai ser. Que é um desejo muito grande e por isso é que os meus colegas também incentivaram… Que é um desejo muito grande para mim ter um segundo filho, é, sem dúvida. Não queria nada, nada, nada, passar por esta vida sem dar um irmão à Maria», assegura-nos. Este é também um grande desejo de Maria, que, desde pequenina, pede um mano à mãe. «Desde os três, para aí… Ela é super maternal e quer imenso. E eu também. Tenho de tratar do assunto!», lança à VIP, com uma enorme gargalhada, já na fase final da entrevista.  

Texto: Tânia Cabral; Fotos: Marco Fonseca e Reprodução Instagram

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