Catarina Furtado
Reage às críticas ao vídeo de apoio às mulheres iranianas

Nacional

Catarina Furtado já reagiu às críticas que recebeu depois de se ter juntado ao protesto pela morte de Mahsa Amini. Saiba mais.

Ter, 11/10/2022 - 18:30

Catarina Furtado, de 50 anos, foi alvo de críticas e piadas na Internet após ter cortado o cabelo em forma de protesto após a morte de Mahsa Amini, a jovem de 22 anos, que foi detida pela ‘polícia da moralidade’ por usar o hijab (lenço) de “forma imprópria”. Contudo, o gesto da apresentadora da RTP1 acabou por ser considerado uma “falta de noção” e “solidariedade performativa”.

Já esta segunda-feira, 10 de outubro, o rosto da estação pública quebrou o silêncio após a polémica. “Depois de ter colocado um vídeo a participar na corrente mundial de apoio às raparigas e mulheres do Irão mortas e violentadas pela polícia moral, houve quem criticasse. Não aceito que se desvirtue o sentido maior de uma campanha que visa não deixar esquecer um tema tão urgente, por isso o retirei”, atirou, referindo que é irá permitir o acesso às suas redes sociais quem não for “verdadeiramente solidário e empático com o sofrimento”.

“Na minha casa virtual só entra quem é verdadeiramente solidário e empático com o sofrimento. Infelizmente sei bem do que falo porque há 22 anos que trabalho estas violações dos direitos humanos, sobretudo com base no género”, complementou Catarina Furtado, recordando a sua ligação a diversas causas solidárias ao longo dos anos, como a associação Corações Com Coroa, fundada por si.

Posteriormente, Catarina Furtado aproveitou o momento para deixar ainda duas ressalvas. A comunicadora quis relembrar que, no Dia Internacional das meninas e raparigas, “se nada fizermos, irão continuar a ser as vítimas das imensas oportunidades perdidas, dos compromissos adiados e das promessas esquecidas”. Além disso, a mulher de João Reis fez uma chamada de atenção para a importância da Educação sexual e aos direitos humanos.

“Precisamos que existam mais jovens mulheres em lugares de decisão, escolas sem discriminação, com incentivo ao pensamento critico, à análise transformadora e à justiça social. É essencial Educação Sexual Compreensiva em contexto escolar e em programas de atendimento que escutem, ensinem, informem, apoiem, sem doutrinar. Já sabemos como se faz, a Covid-19 veio provocar um retrocesso de cerca de 20 anos nos direitos das meninas e raparigas, por isso temos de agir com urgência”, afiançou Catarina Frutado.

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Texto: Carolina Sousa; Fotos: Redes Sociais 

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