Caso Luís Grilo
Rosa Grilo pede ao filho de 13 anos para mentir à PJ

Nacional

Rosa Grilo e António Joaquim foram acusados do homicídio do triatleta Luís Grilo. Sabe-se agora que a viúva terá pedido ao filho de 13 anos para mentir à Polícia Judiciária sobre o dia do homicídio

Qui, 04/04/2019 - 14:00

Rosa Grilo e o amante António Joaquim foram acusados formalmente do homicídio do triatleta Luís Grilo, marido da arguida, pelo Ministério Público no passado dia 25 de março. Esta quarta-feira, 3 de abril, a reclusa esteve presente no Tribunal de Família e Menores para conhecer a decisão sobre quem ficaria com a custódia do seu único filho, menor de idade. A tutela de Renato, de 13 anos, foi atribuída à irmã da vítima, Júlia Grilo, ao contrário do que queria Rosa Grilo. A arguida expressou por várias vezes a sua vontade de que o filho ficasse com os avós maternos, Américo Pina e Maria Antónia. O facto de o rapaz ter declarado em tribunal que queria ficar com a tia, a quem chama de avó, pesou na decisão judicial.

Tendo agora o menor a seu cargo, Júlia Grilo terá garantindo à Polícia Judiciária que o sobrinho foi aconselhado a mentir às autoridades pela própria mãe, avança o Correio da Manhã. De acordo com a irmã do triatleta, o menino disse que Rosa Grilo e Américo Pina lhe tinham pedido para dizer à Polícia que tinham estado angolanos na casa, onde o menor vivia com o pai e mãe, no dia do homicídio. Segundo o depoimento de Júlia Grilo na Judiciária, a que a referida publicação diz ter acesso, a tia da criança ainda acrescenta que o rapaz lhe contou que não tinha visto ninguém estranho em sua casa nesse dia.

Destino de Rosa Grilo e de António Joaquim vai ficar nas mãos de 4 jurados

Para além da acusação, o Ministério Público quer que o caso não seja só apreciado do ponto de vista jurídico, mas também à luz da experiência comum. Ou seja, a culpa da viúva e do oficial de justiça ficarão nas mãos de três juízes que contarão com a deliberação de quatro jurados. Assim, irá se determinar se Rosa Grilo e António Joaquim, foram coautores do homicídio de Luís Grilo.

Este requerimento acontece devido ao facto de no processo não haver prova científica que coloque o amante no local do crime, para além da arguida garantir que António Joaquim nada tem que ver com o assassinato. Posto isto, a procuradora, que deduziu a acusação ontem, pediu ao tribunal que sejam chamados quatro eleitores da comarca de Vila Franca de Xira para fazerem parte do julgamento. Apesar de rara e excepcional, esta medida já foi utilizada em casos como o de Joana, a menina de oito anos que desapareceu em Portimão e cujo o corpo nunca foi encontrado, e no julgamento do Rei Gob, o homem que foi condenado por matar três pessoas mas cujos cadáveres também nunca foram descobertos.

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Texto: Redação WIN/Conteúdos Digitais; Fotos: DR 

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