Caso Angélico Vieira
Coletivo de juízes adia leitura da sentença de Augusto Fernandes

Nacional

Augusto Fernandes, proprietário de stand de automóveis da Póvoa de Varzim, e a ex-mulher estão acusados de falsificação agravada, burla qualificada e abuso de confiança.

Ter, 29/10/2019 - 19:05

Augusto Fernandes, o dono do stand de automóveis acusado de falsificar a assinatura de Angélico Vieira num contrato de compra e venda do carro que o cantor conduzia na noite em que sofreu o fatídico acidente, e a ex-mulher viram a leitura da sentença adiada. A audiência estava marcada para esta terça-feira, 29 de outubro, mas a leitura do acórdão foi reagendada para dia 19 de novembro. Filomena Vieira não esteve presente em tribunal. 

O coletivo de juízes decidiu pelo adiamento para que o tribunal pudesse tomar conhecimento da documentação de um processo cível relacionado com o mesmo alegado crime, julgado pelo tribunal da Póvoa de Varzim. Os advogados dos arguidos poderão também apresentar alegações complementares no dia 12 de novembro, no entanto nenhum deles manifestou essa intenção.

Desde a noite em que Angélico teve o acidente muito se especulou sobre se o BMW que o cantor conduzia seria dele ou emprestado por Augusto Fernandes. Mas, em 2014, uma perícia concluiu que a assinatura de Angélico Vieira que se encontra na proposta de compra e venda do BMW envolvido no acidente foi feita por «tentativa de imitação».

Recorde-se que os dois arguidos afirmaram que o automóvel que Angélico Vieira conduzia, e com o qual teve um acidente fatal, já não pertencia ao stand à data da morte do ator. Filomena Vieira, mãe de Angélico, sempre afirmou não acreditar nessa tese e quer ver feita justiça.

Angélico Vieira morreu em 2011 na sequência de um acidente de viação, na madrugada de 24 para 25 de junho, na A1, em Estarreja. O cantor sofreu ferimentos graves e foi internado no Hospital de Santo António, no Porto, mas não resistiu às lesões.

No BMW conduzido pelo ator, que ficou conhecido pela sua participação na série juvenil da TVI ‘Morangos com Açúcar’, seguia Hélio Filipe – que teve morte imediata –, Armanda Leite, que ficou gravemente ferida, e Hugo Pinto, que saiu ileso.

Texto: Cynthia Valente; Fotos: João Manuel Ribeiro e DR

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