Carolina Deslandes
Faz desabafo emocionante e garante: “As palavras feias não entram no meu quintal”

Nacional

Carolina Deslandes abriu o coração para falar das constantes críticas que ouviu desde nova. A cantora confessa: “Descobri que havia quem me achasse “horrível” e “nojenta””.

Qui, 09/06/2022 - 10:07

Carolina Deslandes fez um desabafo emocionante e muito pessoal  sobre as constantes críticas, em várias fases da vida, de que foi/é alvo.

“Nunca me achei feia. Até há uns anos atrás nunca me tinha sentido feia ou envergonhada por me despir ou ir a algum lado- nunca. Nem na adolescência. Como o que me atraía nas pessoas era o cheiro, a fala e elas gostarem ou não de Chico Buarque, nunca pensei muito nisso sequer. As pessoas para mim sempre foram tão bonitas quanto eu as amava”, começa por dizer.

Contudo, ao tornar-se conhecida através do programa “Ídolos”, da SIC, tudo mudou. “Depois tornei-me conhecida do público, com 18 anos. E descobri que havia quem me achasse “horrível” e “nojenta”, e que havia até gente que me odiava sem me conhecer, porque eu era insuportável.”, desabafa.

Carolina Deslandes sem medos: “Aqui erguem-se copos e livros à libertina, linda, e livre mulher que sou.”

Depois fui Mãe e ouvi que ‘não é desculpa ser Mãe. Ela está assim porque é desleixada’ e eu com dois filhos com 11 meses de diferença, a arrastar-me de fato de treino e a tirar leite com a bomba e a pensar’“como é que ninguém me avisou disto’. Depois separei-me e li em todo o lado ‘engordou e estava à espera de que?’ ‘Nenhum homem atura esta gaja’ porque a culpa era minha, por ser gorda e por ter opiniões e por ser “esta gaja”. Depois comecei a namorar e passei a ser ‘libertina, ‘sem noção’ e ‘desequilibrada’”, refere.

A cantora assume que com o passar dos anos consegue lidar melhor com as críticas e que cada vez mais valoriza a tranquilidade de estar em casa, com a família.

“É irónico pensar, que muitas das pessoas que me magoaram na vida, nunca falaram comigo ou se cruzaram comigo na rua. É também libertador chegar a uma idade onde descobrimos o prazer do recato. O prazer da nossa casa, da nossa família, das nossas pessoas e entendemos que esse colo é o maior colete à prova de bala que podemos usar na vida. As palavras feias não entram no meu quintal. Aqui erguem-se copos e livros à libertina, linda, e livre mulher que sou. À vossa”, pode ler-se.

Texto: Inês Borges; Fotos: Redes Sociais

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