Big Brother Famosos
Dislexia, nervos e falta de convites: Sara Aleixo fala sobre o afastamento televisivo

Nacional

Sara Aleixo, ex-concorrente do “Big Brother Famosos”, abriu o coração à VIP para falar sobre o afastamento televisivo e a falta de convites para trabalhar na ficção.

Seg, 14/03/2022 - 17:41

Sara Aleixo entrou no “Big Brother Famosos” com a esperança de regressar a ao mundo da ficção. A atriz, que foi expulsa do reality show da TVI este domingo, 13 de março, teve uma passagem atribulada pela casa mais vigiada do País e, em conversa com o nosso site, assumiu ter medo que a sua participação no formato tenha o efeito contrário ao que pretendia.

“Tenho medo que tenha o efeito contrário. Era tudo o que não queria: que ficassem com a ideia errada daquilo que eu sou. Eu ainda não vi imagens, não vi nada do que se passou. Nem vi mensagens ainda de ninguém”, começou por dizer Sara Aleixo.

A hospedeira de bordo, de 43 anos, entrou em vários projetos de ficção, como “Maré Alta”, “Floribella”, “Chiquititas” e “Rebelde Way”, da SIC. Mais recentemente, fez uma participação na novela “Amor, Amor”, também do canal de Paço de Arcos. Sobre o afastamento televisivo, Sara Aleixo garantiu que não houve “desentendimentos, nem discussões” que justificassem a falta de convites.

“Deixei de ser convidada, quando era convidada estava fora do país. Havia pessoas que me conheciam, e que sabiam do meu valor, que me convidavam, mas mesmo assim não conseguia porque estava fora (…). Foi também o facto de não ter feito muitas participações em novelas. Realmente só tive duas grandes participações, as outras foram pequenos papéis, de um ou dois dias, que não dá para mostrar nada para quem está afastado, para quem é ansioso e vive muito as coisas…”, explicou.

Sara Aleixo sofre de dislexia: “Também não ajudou muito”

Sara Aleixo viu-se obrigada a procurar trabalho noutra área e trabalha como hospedeira de bordo há 11 anos. “Eu não tinha trabalho. Mesmo trabalhando como atriz, nunca deixei de trabalhar nos restaurantes, de servir à mesa, de arranjar trabalhos que as pessoas diziam: ‘Tens muita coragem’, preciso de trabalhar, preciso de ganhar o meu pão, de ajudar a minha mãe, preciso de pagar contas. Não posso esperar que apareça ‘o papel’. Até aparecer, tenho de fazer alguma coisa”, disse.

E continuou: “Quando entrei para a televisão, nunca tinha feito workshops, só depois de fazer televisão é que entrei para o teatro e comecei a fazer workshops, fiz três ou quatro peças de teatro. Aí comecei a perceber o meu valor. Antes não tinha ferramentas para trabalhar. Tive comédias, tive dramas. Só depois percebi: ‘Afinal também consigo, represento bem se tiver um papel que consiga interiorizar’. É que ir lá gravar uma ou duas cenas é diferente do que alguém que grava há anos… Uma pessoa que trabalha sempre tem outra bagagem.”

“(A falta de oportunidades) Não ajudou muito. Acho que pensaram ‘ela não percebe’. Hoje em dia sei que tenho dislexia. Mas também não ajudou muito. Pensava que era nervos. Às vezes davam-me indicações e eu com a dislexia trocava. Voltava a dizer igual. Entra aí o nervosismo…”, terminou. 

Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Redes Sociais

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