"Não tenho palavras. É tanta a vossa generosidade que eu não tenho palavras para dizer, a não ser ´obrigado’”. Foi desta forma, com um misto de sentimento de orgulho e de emoção, que Carlos do Carmo falou ao público, no palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa, quando percebeu que a sala estava lotada.
No ano em que comemora 50 anos de carreira, e com 74 anos de idade, o fadista apresentou ao vivo, no Coliseu de Lisboa, o seu mais recente álbum, Fado É Amor. E não esteve sozinho. Durante mais de duas horas, Carlos do Carmo recordou os temas mais emblemáticos da sua carreira ao lado de outros nomes da canção de Lisboa, como Aldina Duarte, Carminho, Mafalda Arnauth, Raquel Tavares, Camané, Marco Rodrigues e Ricardo Ribeiro.
Também no palco, junto ao fadista, Mariza revelou o quanto ele é, para si, verdadeiramente especial. “É o meu mestre. Ensinou-me com o fado Os Putos, quando eu tinha cinco anos”, recordou a fadista. Com o Coliseu dos Recreios lotado, não foi apenas com a nova geração do fado que o cantor dividiu o seu repertório.
Ao recordar temas como Por Morrer Uma Andorinha e Estranha Forma de Vida, o público não resistiu a acompanhá-lo. O momento alto foi, sem dúvida, quando toda a sala entoou com o fadista a canção Lisboa, Menina e Moça. Carlos do Carmo dedicou este concerto ao falecido guitarrista espanhol Paco de Lucia, com quem gravou uma nova música em fevereiro.
Texto: MN; Fotos: Helena Morais
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