Anitta
Vírus que a cantora apanhou tem relação com esclerose múltipla. Saiba tudo

Internacional

A cantora Anitta foi diagnosticada com vírus que deixou a também cantora brasileira Ludmila com esclerose múltipla.

Dom, 11/12/2022 - 14:30

Anitta foi recentemente diagnosticada com o vírus Epstein-Barr e, neste sábado, 3 de dezembro, falou sobre a infeção durante o lançamento do documentário “Eu”, de Ludmila, que aborda o processo de descobrir a doença, tratá-la e lidar com as questões emocionais que ela envolve. “Quando chegaram os resultados estava com o mesmo vírus que a Ludmila, em fase inicial. Por sorte, por destino, não chegou à fase em que à Ludmila chegou”, disse a artista. A também cantora brasileira anunciou em setembro que tem esclerose múltipla. A verdade é que a relação entre o vírus e esta doença ainda é pouco conhecida.

Um estudo levado a cabo por cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos e publicado na revista Science, mostra que o vírus tem papel fundamental no desenvolvimento da esclerose múltipla, embora nem todas as pessoas infectadas tenham desenvolvido a doença. Os investigadores acompanharam durante mais de 20 anos 10 milhões de adultos jovens do exército americano, dos quais 955 foram diagnosticados com esclerose múltipla. De acordo com o estudo, quem foi infectado pelo Epstein-Barr apresentou um risco 32 vezes superior de ter a doença.

Descoberta sugere que maioria dos casos de esclerose múltipla pode ser prevenida

“Este é um grande passo que sugere que a maioria dos casos de esclerose múltipla pode ser prevenida com a interrupção da infecção pelo vírus Epstein-Barr e que pode levar à descoberta da cura para a esclerose múltipla”, disse o investigador Alberto Ascherio, professor de epidemiologia e nutrição de Harvard e principal autor da pesquisa.

O vírus Epstein-Barr é extremamente comum, sendo encontrado em cerca de 95% dos adultos, e pode provocar outras doenças, como a mononucleose, conhecida como “doença do beijo“. Além disso, um estudo publicado em 2018 na revista Nature mostrou que a exposição a esse vírus também aumenta o risco de desenvolver sete doenças auto-imunes em pessoas com predisposição genética. As patologias são: lúpus, esclerose múltipla, artrite reumatoide, artrite idiopática juvenil, doença inflamatória intestinal, doença celíaca e diabetes tipo 1.

Fotos: Arquivo Impala

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