Angélica
Os traumas de infância e a depressão da mãe: «Poderia ter levado à morte»

Nacional

Angélica abriu o coração à VIP para falar sobre a experiência do BB2020 e sobre os «traumas» que passou por causa da depressão da mãe.

Ter, 23/06/2020 - 21:00

Angélica foi expulsa do BB2020, após dois meses de diversão e de uma «experiência única», como nos descreve. Numa entrevista à VIP, a venezuelana confessa que a parte mais difícil de ter vindo viver para Portugal, no início de 2019, foi deixar a mãe, Yemma, que sofre com vários problemas de saúde.

«A ansiedade e a depressão da minha mãe pertencem a traumas e vivências de infância, que não foram tratados no seu devido momento. Não houve mesmo violência, mas houve situações que a levaram ao desequilíbrio emocional, não teve tratamento nunca foi a um psicólogo nem psiquiatra, deixou andar… e foram ciclos que ela nunca fechou e nem partilhou com ninguém», revela.

Houve uma altura em que Yemma chegou mesmo a entrar na cura do sono, tal como nos diz a jovem.

«Perto da data do casamento dos meus pais, estava a minha mãe nos preparativos para a boda, alguém lhe liga, por pura brincadeira e maldade, a dizer que o meu pai tinha outra namorada… A minha mãe, que estava prestes a casar-se, ficou muito frágil emocionalmente, não comia, não dormia e nesse momento entrou na cura do sono, e durante esse período tomou medicamentos em excesso que poderia ter levado à morte, ficou muito débil. Os médicos disseram aos meus avós que se ela tivesse outra crise destas poderia não sobreviver», conta aquela que foi a primeira pessoa a saber de tudo.

«Ela só partilhou comigo estes traumas, mais ninguém sabe a razão, para além do meu pai, que só soube na véspera de ir para a República Dominicana. Ela carregava com isto desde a infância.»

Angélica foi assaltada várias vezes à mão armada

Angélica recorda as inúmeras vezes que foi assaltada na Venezuela à mão armada. Foi essa a principal razão que a levou a deixar o seu país. Apesar de ser inseparável da mãe, a ex-concorrente do BB partilha as palavras da progenitora que a emocionam até hoje.

«É a minha melhor amiga, a minha confidente. É daquelas mães que gostam de ter os filhos debaixo das suas asas. Mas quando lhe disse que queria sair da Venezuela ela disse-me: “Prefiro que faças a tua vida, que vás para lá e consolides a tua relação, tens um excelente homem ao teu lado.” Ela preferia milhões de vezes que fosse embora, antes que em algum desses assaltos perdesse a vida…», confidencia.

Texto: Filipa Rosa; Fotos: Nuno Moreira, TVI e reprodução Instagram

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