Angela Dorothea Kasner nasceu em Hamburgo em 1954 e, após a queda do Muro de Berlim, em 1989, integrou a CDU – União Democrata-Cristã, partido pelo qual ontem venceu o quarto mandato consecutivo na Alemanha. Mas desta vez, registando os piores resultados de sempre, com apenas 33% dos votos, menos que os 41,5% conseguidos há quatro anos. Este foi um dos resultados mais fracos da aliança da CDU de Merkel com a União Social-Cristã (CSU) no pós-guerra.
Filha de um pastor e teólogo luterano, Angela Merkel volta a vencer as eleições, depois dos mandatos de 2005, 2009 e 2013. Porquê? Razões partidárias à parte, a alemã mantém-se fiel ao que sempre habitou os eleitores. Ela é conhecida pela forma sensata como pondera cada palavra e como não deixa transpirar para fora o que sente, pensa, ou planeia. Aliás, por causa dela foi criado o verbo “merkeln” que é usado pelos jovens alemães como sinónimo de adiar uma decisão.
Angela Merkel é discreta e detesta dar nas vistas
Angela era uma aluna brilhante, trabalhadora árdua, mas extremamente discreta e contida. Ainda hoje, depois de quase 30 anos de vida pública, aquela que é tida como uma das mulheres mais poderosas do mundo detesta ser o centro das atenções.
Estas cataterísticas fizeram com que a Alemanha a adota-se da mesma forma que ela os adotava a eles. Por isso, não é de estranhar que a apelidem – alguns de forma carinhosa, outros de forma crítica – de Mutti ou mamã.
Ao vencer as eleições de dia 24 e se conseguir formar uma coligação para governar, Angela Merkel terá o seu quarto mandato para governar a Alemanha e entrará para o clube dos chanceleres mais duradouros do pós-guerra, junto a Konrad Adenauer e Helmut Kohl.
Fotos: Herlinde Koelbl / Agentur Focus / Contact Press Images, Reuters e DR
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