Vítor Baía
“A Andreia foi a melhor prenda que me caiu no sapatinho”

Famosos

Ex-futebolista não esconde a importância da nutricionista na sua (nova) vida

Qui, 18/12/2014 - 0:00

Encontrámos Vítor Baía e Andreia Santos às compras no Mar Shopping, no Porto. Uma oportunidade para lhes fazer algumas perguntas, mas a simpatia e boa disposição era tanta, que nos alongámos. E falámos de tudo. 
 
VIP – Olá! Procuram prendas para o Natal?
Vítor Baía – Sim. Gostamos muito deste centro comercial pela envolvência. É o nosso shopping de eleição, no Porto.
Andreia Santos – E é muito bem frequentado. Tem a vantagem de ter todo o tipo de lojas, roupa mais elegante, mais cara, ou aquelas coisinhas que nem se está à espera e, por cinco euros, consegue-se algo super giro. Tem essas duas vertentes. 
 
São poupados?
A.S. – Sou extremamente poupada.
V.B. – Eu aprendi a ser. Faz parte do meu crescimento e evolução. 
A.S. – Os meus pais também me educaram assim. Sou extremamente organizada com os gastos, com as compras de supermercado ou alguns pormenores, como ir a Lisboa e levar garrafas de água para não gastar imenso dinheiro nas estações de serviço. É um desperdício. No início, o Vítor até me perguntava se estava louca. Sou muito disciplinada neste aspeto e, graças a Deus, incuti isso ao Vítor. No início, fazia-lhe imensa confusão eu andar sempre com fruta, iogurtes e águas de litro e meio numa lancheira e entrar em certos sítios com isso. Agora, já não acha estranho e percebeu que a minha filosofia está correta. Se puder comprar uma garrafa de água por um determinado valor porque é que vou pagar 10 vezes mais? Penso logo no dinheirinho que posso poupar. Está automatizado e faz parte da minha forma de ser. 
V.B. – E eu já entrei no espírito [risos].
 
É o futebolista português com mais títulos do Mundo e mantém o estatuto de guarda-redes com melhor registo de minutos sem golos sofridos. Andreia, deve ser difícil escolher uma prenda para o Vítor…
A.S. – Não sou o tipo de pessoa que dê muito valor às questões materiais. Seria cínica se dissesse que isso não é importante, porque é. Temos de trabalhar para ganhar dinheiro e esse conforto faz bem. Mas não é o mais importante. Sou muito adepta de fazer eu própria as prendas, surpreender, dar coisas que o Vítor não espera. E não é só no Natal. Coisas que vejo que se adaptam a ele. Não sou adepta de gastar muito dinheiro em prendas e odeio que gastem comigo. Até fico nervosa e digo: “por favor, devolve”. Com os familiares sempre foi essa a minha filosofia e faço uma lista para simplificar. Dou valor a coisas simples, dadas com gosto e carinho. Mas é mais difícil escolher para o Vítor. No entanto, tento sentir o momento e o que lhe vai na alma. Ou o que está a precisar e vai ter significado. Pequenos pormenores mas com grande simbologia. Adoro dar prendas e ver a reação das pessoas. Isso enche-nos o coração. 
 
Vítor, a Andreia foi a melhor prenda que lhe caiu no sapatinho?
V.B. – Foi o melhor que me podia ter acontecido, não só pelo momento que estava a passar mas pela pessoa em si. É a melhor prenda que podia ter dito, pois, para além de lindíssima, é inteligente. Pensava que não era possível associar esta beleza aos valores, à índole e aos princípios. Tenho a certeza de que a beleza que está à vista de toda a gente é igualada pela beleza interior. Nunca pensei haver alguém que cumprisse todos estes requisitos.
 
Que declaração! É a mulher da sua vida?
V.B. – Não tenho mesmo dúvidas. Olho para a Andreia e vejo-me ao lado dela para o resto da vida. Eu mais velhinho e ela fresquíssima [risos].
A.S. – Tu continuas um jovem. Tens mais cabelos brancos, mas dá um ar charmoso [risos].
V.B. – Depois há a parte profissional. A Andreia é uma pessoa independente, muito boa naquilo que faz, é uma excelente profissional, nutricionista, psicóloga, conselheira, amiga dos pacientes, faz a contabilidade dela. Dá muito de si e só mesmo quem tem o privilégio de ter a Andreia como nutricionista é que sente a mais-valia. Uma consulta com a Andreia é muito mais do que nutrição. 
 
Falaram na diferença de idades. Quando andava na escola usava fotografias do Vítor nos cadernos?
A.S. – Nunca. Nem pensar. Muitas pessoas vêm ter com o Vítor e dizem-lhe gostam dele desde pequeninos. Entendo que há pessoas assim e tinha colegas que faziam isso. Nunca tive fotografias em cadernos e era impensável para mim ter um armário assim. Aliás, nunca tive um ídolo ou um ícone de beleza. Nunca disse: “quero um homem assim”. A única pessoa que admirei muito, em termos de personalidade e por tudo o que fez, foi a princesa Diana. Aliás, nunca vi o Vítor a jogar. O meu pai não liga nada a futebol e só vê desportos motorizados, e a minha mãe nem sabe o que é um fora de jogo. O meu cunhado, que namorou 12 anos com a minha irmã – casaram este ano –, diz que, durante todo esse tempo, nunca viu a televisão ligada em casa dos meus pais para ver um jogo da seleção nacional. Claro que o nome Vítor Baía me dizia alguma coisa, sabia que era jogador, mas nem sabia se era guarda-redes, defesa, avançado, se era casado ou tinha filhos. Mas quando vejo miúdos a pedir-lhe autógrafos mesmo sem nunca o terem visto jogar – porque deixou de o fazer em 2007 – é que lhe digo: “eh pá, deves ter sido mesmo bom!”. [risos] 
 
Eu vi-o e posso dizer que dava uns toques. 
V.B. – É o que eu lhe digo: enganava bem [risos]. 
A.S. – O curioso é que agora, como trabalho com nutrição no desporto, tenho seminários em que levo imagens sobre determinadas situações e quando falo de guarda-redes, escolho algumas do Vítor. E, de facto, ele voava. Nem acredito que é a mesma pessoa que está ao meu lado [risos].  
 
Portanto, agradece a Deus o facto de o Vítor ter, um dia, entrado na porta do gabinete da clínica do seu patrão.
A.S. – [risos] Já vi que sabe a história. Consigo lembrar-me da sala, das roupas, de todos os pormenores. De facto, foi um dia marcante, falámos logo muito, eu sempre a desviá-lo do consultório.
V.B. – Eu, atrevido, como sempre [risos]. 
A.S. – Eu sempre a puxá-lo para o corredor. O Vítor a pedir-me o número e eu: “desculpe, mas marque a consulta como os outros pacientes”. 
 
Quanto tempo demorou a conquista?
V.B. – Seis meses. 
 
Não foi muito competente.
V.B. – Admito que não foi fácil. 
A.S. – O Vítor estava num registo que não era, de todo, o que me encanta num homem. E valorizava mais o aspeto físico.
 
Foi sempre a melhorar então. 
V.B. – Sim. Começámos como amigos.
A.S. – Se estávamos na vida um do outro era por alguma razão, nem que fosse apenas para transmitir energia positiva. 
 
E continuam a ser a DT [dupla terrível]?
V.B. – Continuamos cúmplices. Não nos anulamos. Somos uma mais-valia para cada um. 
A.S. – Complementamo-nos. E ajudamo-nos. 
 
O ano passado, o pai do Vítor disse que não queria morrer sem vos ver casados. Quando lhe fazem a vontade?
V.B. – Estamos certos de que iremos dar esse passo porque faz parte dos nossos valores e daquilo que achamos que deve ser uma relação. No momento certo, saberemos.
A.S. – As pessoas sentem. Na vida é tudo uma questão de prioridades e, neste momento, estamos muito dedicados ao trabalho. O sentimento está cá. A minha família não faz pressão nenhuma, mas o pai do Vítor diz sempre que gostava.
 
Mas até devia ser ao contrário.
A.S. – Não, não. A minha irmã só quis casar-se pelo civil. A minha família é conservadora, mas está aberta a novas opções. Mas vão ficar contentes.
V.B. – Conhecendo a Andreia como conheço, vai ser um dia marcante.
 
Mas vai ser ela a vai pedir?
V.B. – Não, não. Vai ser à antiga. Vou lá a casa, falo com o senhor Avelino e a dona Fernanda. 
Então, se é “à antiga”, os filhos só podem vir depois do casamento.
V.B. – Sim, pensamos primeiro na “oficialização” da nossa relação e só depois nos filhos. Mas se, entretanto, vier um filho, será muito bem-vindo. 
A.S. – Vejo muita gente a ter filhos só por ter, ou por causa da idade, ou porque toda a família pressiona. Isso deixa-me destroçada. Ter um filho é uma extensão de nós, temos de estar predispostos para dar esse amor e atenção, ou seja, temos de estar para aí virados. E eu, neste momento, estou muito virada para fazer coisas diferentes, ajudar os outros. Não sinto o tal relógio biológico. 
 
Leia a entrevista completa na edição número 909 da VIP.
 
Texto: Humberto Simões; Fotos: João Manuel Ribeiro

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