Alberto Do Mónaco
O batalhão de empregados que trabalham no palácio real

Realeza

Alberto do Mónaco já não passa sem eles. Ao todo, 126 profissionais altamente especializados tratam, nos bastidores, de tudo o que se passa na residência oficial do príncipe

Qua, 12/02/2020 - 9:00

De pintores a pedreiros, serralheiros, eletricistas, restauradores de pinturas e estatuária, douradores e marceneiros especializados em móveis antigos… Ao todo mais de 126 profissionais altamente especializados, cada um na sua área, pululam nos corredores e antecâmaras do Palácio Grimaldi, a residência oficial da família soberana do pequeno principado desde o século XIII, para garantirem que tudo, da mobília às obras de arte, e até objetos mais mundanos, como a roupa do príncipe Alberto ou os serviços de jantar, se mantêm operacionais e com todo o seu esplendor. É esse mundo fascinante, mas escondido dos olhares públicos, que agora é revelado num livro com fotografias de Olivier Huitel e Jean-Charles Vinaj. 

Intitulado Artisans Princiers, a obra tem textos de Marie-Alice Leclercq e revela histórias desconhecidas do público de personagens como Jean-Claude Occhipinti, o alfaiate privativo do príncipe e dos seus filhos, ou do florista Kevin Billard, que herdou do seu pai o métier de colocar nas várias divisões do palácio as mais bonitas flores que se possam arranjar em bouquets extraordinários de simplicidade e beleza. Ou do verdadeiro batalhão de profissionais que asseguram a manutenção do palácio, sempre de forma quase invisível, de forma a que os seus arranjos de eletricidade, mecânica ou mesmo canalização perturbem o menos possível o quotidiano dos seus habitantes.

Este verdadeiro exército de artesãos, agora retratados em Artisans Princiers, herdou, na sua maior parte, os postos de trabalho dos seus progenitores, muitos deles aprenderam mesmo com os antepassados os segredos dos seus métiers entre as quatro paredes do palácio. Para além do salário justo, têm outras regalias inerentes ao posto de trabalho: Alberto II trata-os a todos pelo nome próprio e sabe as suas histórias de vida.  

Texto: Luís Peniche; Fotos: Reuters e DR   

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