Afonso Pimentel recorda agressões na escola
«Estive deitadinho no chão a levar pontapés nas costas de dois ou três gajos»

Nacional

Afonso Pimentel foi o mais recente convidado do programa Alta Definição, da SIC, apresentado por Daniel Oliveira. Durante cerca de uma hora, o ator de Alma e Coração, falou da família, do papel mais importante da sua vida – o de pai -, mas as surpresas foram um pouco além do esperado.

Sáb, 29/09/2018 - 14:35

Afonso Pimentel foi o mais recente convidado do programa Alta Definição, da SIC, apresentado por Daniel Oliveira. Durante cerca de uma hora, o ator de Alma e Coração, falou da família, do papel mais importante da sua vida – o de pai -, mas as surpresas foram um pouco além do esperado.

O André da nova novela de Carnaxide revelou ter sofrido várias agressões durante cerca de dois anos. Durante a infância, Afonso morava em Lisboa e mudou-se para uma escola na Reboleira, na Amadora. Foi aí que tudo aconteceu. «Foi muito duro. Andei nos Salesianos, fiz a escola primária no Bambi, mas eu saí do Bambi para a escola Roque Gameiro. Foi um impacto grande», começou por dizer. «Aliviaram-me alguns trocos e alguns ténis», continuou.

Afonso deu ainda a conhecer mais alguns momentos dramáticos da sua infância. «No 5.º e 6.º ano aconteceram coisas que me puseram em perspetiva. Não precisava ter sido tão duro. Não precisava de estar deitadinho no chão a levar pontapés nas costas de dois ou três gajos. Isso não precisava. Eu cheguei a descobrir caminhos novos para ir para a escola (…) Isto demorou ano e meio. Mas tive muita culpa em aquilo ter acontecido, no sentido em que eu não sabia fazer a gestão de conflitos de forma inteligente», revelou a Daniel Oliveira. 

O ator contou ainda que todos estes episódios aconteceram antes de ter entrado em Adeus, pai, o filme que o tornou conhecido dos portugueses, decorria o ano de 1996. 

«Muitas das vezes levava na tromba porque mandava bocas. Tinha a mania que era engraçado. Havia alguém que não gostava e a coisa acontecia. Aprendi que há brincadeiras que não se têm», assumiu.

A dor de perder uma amiga com quem não falava

Esta semana, uma das perguntas habituais de Daniel Oliveira teve uma resposta mais intensa do que os habituais «sim» ou «não». Questionado se alguém lhe devia um pedido de desculpa, Afonso Pimentel foi perentório. «Há cerca de dois anos perdi uma amiga, colega de trabalho, com quem estava zangado, com quem não falava há seis meses. E ela foi… E foi muito complicado», desabafou.

«Acho que devíamos um pedido de desculpas um ao outro e não foi fixe não ter acontecido». Até porque o «adeus» foi difícil de dizer. «Foi complicado fazer esse luto e eu tenho feito o luto de familiares de forma equilibrada e doeu-me para caraças», confessou.

E essa ausência do pedido de desculpas foi por orgulho? «Foi… dos dois! Uma estupidez… Mesmo! A última vez que a vi foi num centro comercial. Olhámos um para o outro e não nos falámos. É uma merda. Eu não sou nada exotérico nestas coisas, mas houve um dia que de repente isto ficou resolvido. Fechar a coisa!  Nós adorávamo-nos, mas picávamo-nos muito! (…) Não vale a pena um gajo consumir-se por isso. Bora resolver isso nem que seja por mensagem (…) Se houve coisa que aprendi com a Zira foi isso. Não é fixe porque depois acontece uma coisa dessas e é uma merda», finalizou.

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