Yolanda Tati lançou uma “nota de repúdio” contra Joana Marques e a rádio Renascença, meio de comunicação ao qual a radialista pertence, este sábado, dia 25 de março. No texto, a empresária, que entrevistou Rita Pereira recentemente e foi alvo de gozo na rubrica “Extremamente Desagradável”, não foi branda nas palavras. A comunicadora revelou ainda ter sido “humilhada” e “insultada” nos últimos dias.
“Esta semana, como alguns em Portugal poderão ter visto, o meu nome, trabalho e personalidade foram alvo do humor de JM. Foi com surpresa, entusiasmo e fairplay que recebi e encarei os episódios iniciais onde eu era visada. Surpresa porque não estou habituada a este tipo de destaque, na Comunicação Social Tradicional em Portugal, devido à falta de representatividade, à vista de todos. Entusiasmo porque, do pouco que conhecia o trabalho de JM, reconhecia-lhe, porém, o valor e o mérito de uma mulher inteligente, com visão, e bem estabelecida num meio tipicamente masculino, o do Humor. Fairplay porque a piada é minha pauta também: a da alegria, a do desportivismo, a da boa disposição e do sentido de humor que trago de origem e que me identifica na raiz do meu conteúdo”, começou por dizer.
E prosseguiu: “Do pouco que sabia do Programa da Renascença, esperei, inicialmente: o habitual. Estava preparada para que me fosse dedicado 1 ou talvez 2 programas. Pelo facto de ter trabalhado diariamente em Rádio de 2017-2022, tenho minimamente presente o que implica ter uma equipa a Produzir, Publicar e Monitorizar um Conteúdo deste estilo, sem rotatividade de tópico, centrado num mesmo sujeito em 4 dias seguidos. Acredito que a RR e a Joana Marques conheçam o seu público. Aliás, bastaria incumbir a alguém a função semanal de rever os Comentários das suas Publicações no YouTube. Compreendo que o Programa seja feito em serviço do humor, repito. E sei também que existem pessoas educadas e sensatas na sua audiência. Porém, a realidade inegável é que acaba por ser instrumentalizado para a disseminação de ódio e insultos. O Humor diluiu-se e nos últimos 5 dias as minhas redes e correspondência têm sido palco de todo o tipo de insultos: misóginos, racistas, xenófobos ou simplesmente humilhação barata e gratuita”.
Yolanda Tati também explicou que, numa primeira instância, ficou orgulhosa do humor usado por Joana Marques nas “expressões multiculturais” que considera que a representam, porém, houve uma ressalva. “Não senti necessidade de corrigir, justificar, acrescentar ou rebater nenhum dos argumentos no roteiro humorístico de JM. Um elogio ver o meu humor ser observado e reutilizado, noutra dimensão. Uma serenidade em saber que me voltarei a enganar, em ocasiões. E um orgulho em ser este cocktail feliz e espontâneo de expressões multiculturais que me representam. Elogiei e agradeci. Não me senti posta em causa, até porque o Miss Yolo Pod não é – como foi ali exaustivamente apresentado – um programa típico de entrevistas presas a um guião, compromisso ou protocolo. São encontros e Conversas – de 1 hora. O Canal ‘Yolanda Tati’ no YouTube foi criado por mim, do zero, há 7 anos, e – desde sempre – foi apenas fruto do meu trabalho e investimento pessoal”, continuou a também empresária, confessando que ficou indignada pela forma como o seu “espaço de trabalho” foi exposto. Não me senti posta em causa, porém, senti-me forçadamente submetida e encurralada, por iniciativa de terceiros, a uma dura gestão, vexame e exposição naquele que é também o meu espaço de trabalho. Exposta de forma extensiva e, por isso, abusiva. Nunca antes 4 programas consecutivos desta Rubrica de JM fizeram alusão ao mesmo nome e trabalho de alguém”, afiançou ainda.
Por fim, Yolanda Tati mostrou-se contra o “os efeitos de Disseminação de Ódio desencadeados por ação da Rádio Renascença, Joana Marques e Equipa no exercício do seu trabalho”, bem como, apelou à “irresponsabilidade e sobre a necessidade deste tipo de atos imprudentes”. “Apresento esta Nota de Repúdio perante a falta de Responsabilidade sobre os efeitos de Disseminação de Ódio desencadeados por ação da Rádio Renascença, Joana Marques e Equipa no exercício do seu trabalho. Sou contra qualquer tipo de violência e orgulho-me de nunca, no exercício da minha Comunicação, ter aberto qualquer espaço ou sequer tolerado qualquer tipo de desrespeito para com outrem. Esforço-me para que esse seja, para a Sociedade, o meu pequeno contributo. Para além da esfera pública, a nível íntimo familiar, esta situação representou, para mim, a impossibilidade de estar onde, quando e como tinha previsto: como Mãe e como Filha“, terminou e apelou: “Convido todos à Reflexão sobre os efeitos, sobre a irresponsabilidade e sobre a necessidade deste tipo de atos imprudentes. Em especial, convido Joana Marques, Equipa e o Grupo Renascença Multimédia – Um grupo privado e independente que: “inspira a sua atividade no Humanismo Cristão”, pode ler-se.
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Texto: Carolina Sousa; Fotos: Redes Sociais
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