À hora da partida para Luanda, onde se encontra a gravar a telenovela A Única Mulher, Alexandra Lencastre confidenciou, no aeroporto, que, para comemorar os trinta anos de carreira, planeia escrever uma biografia sua. Em confidências a um jornal diário nacional, revelou que "comigo será sempre algo um bocadinho diferente, nada de muito tradicional".
Não querendo adiantar muito sobre o assunto, a atriz deixou ainda escapar que "será um formato que tenha bastante a ver comigo e faça sentido, sem ser uma coisa presunçosa. Quero uma coisa simples, que seja engraçada, estamos a trabalhar nesse sentido".
Alexandra Lencastre estudou filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mas não terminou o curso, tendo-o trocado pela Escola Superior de Teatro e Cinema, onde se diplomou em Formação de Atores em 1986.
Ganhou projeção com Jorge Listopad em Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, onde foi distinguida com o prémio de Atriz Revelação, no ano da sua estreia, e, a partir daí colaborou com encenadores de nomeada como Mário Feliciano, Orlando Neves, Carlos Avilez, Gastão Cruz, José Wallenstein, Rogério de Carvalho ou João Lourenço.
No total, Alexandra Lencastre interpretou 39 peças de teatro, tendo a última sido Um Elétrico Chamado Desejo, de Tennessee Williams, encenada por Diogo Infante.
A televisão trouxe-lhe a popularidade, tendo-se estreado na série infantil Rua Sésamo, em 1990, e notabilizando-se em diversas telenovelas e séries, como A Banqueira do Povo (1993), Cabaret (1994), Não és Homem, não és Nada! (1999), Querido Professor (2000), Fúria de Viver (2002), Ana e os Sete (2003, que lhe valeu o galardão de Globo de Ouro para Melhor Atriz de Televisão), ou, mais recentemente, Tempo de Viver (2006), Ninguém Como Tu (2005), Anjo Meu (2011) ou Destinos Cruzados (2013).
Atualmente, integra o elenco de A Única Mulher, encontrando-se em Angola a gravar esta telenovela nas províncias de Luanda e Malanje, com produção da TVI e da Plural.
Texto: LP; Foto: Arquivo
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