O seu nome esteve ligado a alguns dos mais revolucionários projetos musicais em Portugal, embora nem sempre em lugar de destaque. Como músico e compositor passou pelos Plexus e Chinchilas, fundou, juntamente com Lena d’Água e Zé da Ponte, os Salada de Frutas, saiu com a cantora para a Banda Atlântida e teve uma carreira a solo, com Here Below, como Da Fonseca, em 1987.
Repartiu ainda o seu talento por bandas sonoras várias, como O Leque de Lady Windermere, a peça de Oscar Wilde levada à cena no Teatro Nacional, ou A Dama das Camélias (filme de 1997). Teve uma carreira profícua como produtor e compositor de obras de outros artistas, como Fado Bailado, de Rão Kyao, Trás os Montes, de Né Ladeiras, ou a raridade Super Bebés, com voz de Alexandra Lencastre.
Partiu sem avisar, de ataque cardíaco fulminante, quando passava férias com o filho, Pedro Fonseca, a 24 de agosto. Deixou por concretizar um álbum com canções sobre Lisboa, que planeava gravar com vários artistas. Nunca teve em vida o devido reconhecimento, mas os seus pares homenagearam-no no último adeus, no passado dia 28 de agosto, no funeral para o cemitério do Alto de São João.
Um dos últimos posts na sua página pessoal de Facebook, a 19 de agosto, demonstrava bem como era Luís Pedro Fonseca: “(…) A vida é demasiadamente preciosa para eu me preocupar com o que os outros dizem de mim… Desde que possa ser eu, estou sempre em paz com a minha consciência… Liberdade é podermos ser nós mesmos sem a permissão de ninguém…”.
Lena d’Água, amiga especial do músico, não resistiu a escrever no seu mural: “Até sempre meu querido amigo… ainda beberemos aquele cálice de vinho tão apreciado por nós e prometido nesta vida”.
Texto: Luís Peniche; Fotos: Tito Calado, Marco Fonseca e Arquivo
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