Catarina Mira
“Vivo paixões avassaladoras, mas quero amores serenos”

Famosos

Atriz e apresentadora ainda não encontrou o príncipe encantado

Sex, 16/03/2012 - 0:00

Durante três anos apresentou o magazine Disney Kids, na SIC. Agora, aos 20 anos, Catarina Mira procura novos desafios: não sabe se quer ser apresentadora, jornalista ou atriz. Enquanto não tem respostas dos muitos castings em que participa, dedica-se aos estudos e a alguns trabalhos de moda. À VIP a irmã do músico Sam The Kid mostra-se sedutora, mas garante que ainda não encontrou o seu príncipe encantado. “Não vou estar a namorar só porque sim, tenho de gostar realmente de alguém para dar esse passo”, diz, garantindo que os rumores que a ligaram a futebolistas e apresentadores são falsos: “Os romances que me atribuíram não eram verdade e isso acaba por afetar amizades e a nossa vida desnecessariamente”, garante.

VIP – Só tem 20 anos, mas já trabalha em televisão há algum tempo…
Catarina Mira
– Ainda sou uma miúda. Sou do Algarve, comecei a trabalhar cedo em televisão, estou a estudar Jornalismo, sou sonhadora… Sou uma miúda simples.

Conserva traços de meninice?
Claro que sim. Tenho 20 anos, espero não estar sequer a meio da vida e ter ainda muita coisa para viver. Sempre fui a mais nova dos meus grupos de amigos, mesmo da minha família.

Imagino que ainda sinta saudades do Disney Kids, que apresentava na SIC.
O Disney Kids acabou na altura que tinha de acabar. Foram três anos muito bons, tenho saudades da “família” que me acolheu lá, mas continuamos a falar com frequência. Fui para lá muito nova, tinha 16 anos, e grandes passos da minha adolescência foram partilhados com eles, tínhamos uma relação muito próxima. Continuo a dar-me com o João [Paulo Sousa], o co-apresentador. Acho que isso se manterá porque foi a primeira equipa de produção com quem trabalhei intensivamente.

E o que é que se segue? Sabe se a SIC tem projetos para si?
Da SIC não me disseram nada. Espero ter novidades para vos dar em breve, mas os castings que tenho feito têm sido maioritariamente para publicidade e alguns deles nem foram para Portugal. Este ano surgiram três castings importantes para diferentes canais e não vale a pena “deitar foguetes antes da festa”. Espero que tragam resultados.

Tem medo de ser esquecida?
Não, porque as pessoas esquecem-se dos outros quando se desiste. Estou muito no início, não tenho a sensação que sou uma estrela. Ainda estou a definir-me, nem sei ainda o que sou: se apresentadora, se serei atriz, escritora ou jornalista. Não tenho medo de ser esquecida, porque nunca me esquecerei de mim mesma e as pessoas que trabalharam comigo, os meus amigos e a minha família também nunca se esquecerão. Não vivo obcecada pelos holofotes.

Está a estudar Jornalismo. De onde vem essa paixão?
Sempre gostei muito de ler e escrever, gosto da falta de rotina que há nessa profissão, da constante atualização e da liberdade que nos dá. Deve ser por isso que gosto de jornalismo. O meu pai sempre escreveu, esteve numas revistas regionais, então sempre achei que esse seria um destino óbvio para mim. O jornalismo que pretendo fazer é diferente daquele que estamos habituados, quero ser jornalista literária. Quero contar histórias reais, mas que não sejam contadas através daquela estrutura básica do jornalismo. Quero ter a minha liberdade e aliar factos reais à minha criatividade na escrita.

Porquê?
Gosto mesmo muito de escrever. Estive a fazer um trabalho com um fotógrafo em que estivemos a acompanhar a vida de um toxicodependente e escrevemos a experiência do seu dia-a-dia. É esse tipo de coisas que eu gosto de fazer, pegar em alguém que não reparamos e está mesmo ali ao nosso lado, com uma vida tão diferente da nossa.

Já colabora com alguma Imprensa?
Escrevi uma crónica para a revista Turismo de Lisboa e agora pretendo vender este artigo de que lhe falei. Deu-me gozo escrever sobre esta realidade que não é fácil. Essas experiências tornam-me uma pessoa melhor.

Segundo sei o seu sonho de criança era ser bailarina.
Sim. Sempre dancei e tive uns grupinhos de dança no Algarve, fazíamos alguns espetáculos em hotéis. Essa foi a minha primeira experiência de trabalho, aos 12 anos. Depois tive um grupo mais pequeno com cinco amigas (ainda hoje somos muito unidas) e também dançávamos em festas, festivais e abríamos concertos. Sempre gostei muito de dançar e nunca deixei de praticar. O ano passado estava a ter aulas de dança todas as semanas, agora já não. Dançar pode ser uma mais-valia para mim se eu quiser representar.

A Catarina é uma mulher bonita. É vaidosa?
Sou vaidosa q.b.. Vou para as aulas muito cedo, de manhã não tenho paciência para me arranjar muito e nem sequer ponho maquilhagem. Quando vou jantar fora, a um evento, sair à noite, ou tenho uma ocasião mais especial arranjo-me. Estou atenta àquilo que a moda dita, se bem que eu dito a minha própria moda. Depende das situações. Não sou exageradamente vaidosa, mas tenho os meus momentos de vaidade.

E é consumidora de revistas de moda?
Sim, mas mais online. Tenho alguns blogues que gosto de ver, como o The Sartorialist e vejo o Style.com. Realmente o styling é uma área que me interessa.

Já pensou em fazer styling?
Nunca surgiu. No fundo eu agarro bem as oportunidades que me dão e se me dessem essa oportunidade também a agarraria. Às vezes ajudo as minhas amigas a escolherem a roupa. Se calhar tenho algum talento escondido e não sei.

Pensa que a beleza lhe tem aberto algumas portas a nível profissional?
Isso é uma pergunta complicada, porque sei que o nosso trabalho depende um bocadinho da nossa imagem. Quero acreditar que não é só por isso, que também existe talento, mas acho que isso às vezes acaba por contar. Infelizmente, hoje em dia, às vezes até conta mais. Espero que se consiga conjugar o talento com a imagem. Há pessoas que não sabem como cuidar de si da forma correta e se o fizessem conseguiriam evidenciar-se. Espero que o facto de eu ter entrado na televisão não tenha sido apenas por ter uma “carinha laroca”, mas também por ter passado em testes e provas nas quais mostrei o meu talento. Mas agrada-me saber que me acham engraçada.

Como é que lida com o assédio?
O meu assédio são mais das crianças.

O público masculino não?
Às vezes oiço uns piropos, mas não sei se é porque me conhecem da televisão ou porque vêm uma mulher alta a passar. As crianças são muito simpáticas, às vezes são envergonhadas e normalmente são os pais que vêm falar comigo.

Incomoda-a?
Lido bem com isso. Não sou propriamente a estrela mais mediática de Portugal e não tenho gente a correr atrás de mim. É tranquilíssimo.

É uma pessoa que dá primazia à carreira em detrimento da vida pessoal?
Sim. Acho que é por ainda ser muito jovem. Se um dia for mãe e tiver uma família acho que as coisas mudarão um bocadinho.

"Eu sonho ter uma paixão avassaladora, que se torne num amor sereno e equilibrado , e que me preencha durante o tempo que tiver de preencher"

Não acha importante ter alguém na sua vida que lhe dê outro tipo de equilíbrio?
Sim, claro. As pessoas não têm de ficar sozinhas. Toda a gente deve ter alguém ao seu lado.

Que espaço o amor ocupa na sua vida?
O amor é importante, sou uma romântica. Sempre tive muito amor. Cresci amada pelos meus pais e amigos, acho que sou uma sortuda nesse aspecto. E também dou muito amor às pessoas que me rodeiam. Portanto, o amor é fundamental na minha vida.

Uma vez que se assume uma mulher romântica, tem tido com quem partilhar esses momentos de romantismo?
Não. Se quer saber, estou solteira.

E não sente falta de ter alguém a seu lado?
Não estou a namorar porque não surgiu. Não vou estar a namorar só porque sim, tenho de gostar realmente de alguém para dar esse passo e sou exigente nesse aspecto. Não quero começar a namorar com alguém que ao fim de um mês descubra que não tem nada a ver comigo.

É uma mulher de viver paixões avassaladoras ou de amores serenos?
Eu vivo paixões avassaladoras, mas quero que elas se tornem em amores serenos. É impossível alguém viver uma paixão avassaladora para o resto da vida, é desgastante. Portanto, eu sonho ter uma paixão avassaladora, que se torne num amor sereno e equilibrado e que me preencha durante o tempo que tiver de preencher. Não sei se existem para sempre, se existir muito bem. Vivo um dia de cada vez.

O que é que um homem precisa de ter para conquistar o seu coração?
Não sou de estereótipos. Não tenho na minha cabeça um homem ideal: moreno, alto… não. Tem de me fazer rir, ter um bom sentido humor.

Nunca apareceu em público com namorado, mas já lhe atribuíram romances. Como lida com isso?
É aborrecido. Porque os romances que me atribuíram não eram verdade e isso acaba por afetar amizades e a nossa vida desnecessariamente. Quando eu sentir que estou num relacionamento sólido e que realmente valha a pena, não tenho problemas em assumir. Sou tão nova. Tenho é de namorar e tentar descobrir esse príncipe. Como ainda não surgiu, ainda não o apresentei ao mundo. Não ando a esconder alguém.

É muito apegada à sua família?
Sou, bastante. Saí de casa muito cedo, aos 16 anos vim para Lisboa, foi uma opção minha viver sozinha e os meus pais apoiaram­-me porque sabiam que eu tinha maturidade suficiente. Mas não deixo de ser uma menina dos papás. Continuo a ir ao Algarve ou eles vêm cá, todas as semanas nos vemos. Tenho dois irmãos [irmã e irmão] mais velhos e a opinião deles é muito importante para mim.

Essa transição de vir morar sozinha fê-la crescer mais?
Deve ter feito crescer, mas foi um processo natural e que eu acatei de forma tranquila. Há alturas certas para diferentes pessoas e no meu caso aquela foi a altura certa. Eu já queria trabalhar em televisão e sabia que isso implicaria mudar de casa, mas encarei como estando pronta para isso. Não foi uma aventura muito arriscada, senti que tinha o chão bem assente.

Mas se não me engano é uma mulher aventureira. Já passeou de autocaravana pela Europa.
Gosto desse tipo de experiências, de saltar de aviões e fazer viagens malucas. Quando fiz essa viagem eu tinha dez anos e foi a primeira vez que viajei sem os meus pais. Fui com um casal amigo deles e com os filhos e viajámos durante um mês pela Europa. Era o meu sonho andar de autocaravana. Foi das viagens que mais me marcou.

E como é que os seus pais encaram a sua escolha profissional?
Encaram bem. Eles são as pessoas que mais me apoiam e é a eles a quem mais recorro. Se eles não vissem bem a minha escolha nunca me teriam autorizado a sair do Algarve tão cedo, a procurar uma casa e não me teriam ajudado a construir a minha vida. Eles são realmente uns pais fantásticos.

Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Romão Correia; Cabelo e Maquilhagem: Ana Coelho com produtos Maybelline e L'Oréal Professionnel; Agradecimentos: Onyria Marinha Edition Hotel & Thalasso e Veste Couture

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