Marco Costa E Teresa Tavares
Vivem um mês juntos em Dublin

Famosos

São os protagonistas do filme Collider, uma coprodução com a Irlanda

Qui, 14/11/2013 - 0:00

 Collider é um filme de ficção científica, que tem por base as viagens no tempo. Na trama, um grupo de pessoas acorda em 2018, num cenário pós-traumático, e a história desenrola-se à volta das tentativas do grupo para regressar ao passado. O filme, uma coprodução entre Irlanda e Portugal, tem um elenco internacional que integra os portugueses Teresa Tavares e Marco Costa. A VIP esteve à conversa com os dois atores.

VIP – Como surgiu o convite para este filme?
Marco Costa – Através da minha agente. Ligou-­-me um dia a pedir que atualizasse o meu showreel, porque a produtora beActive tinha ficado interessada em mim para participar neste projeto.
Teresa Tavares – Foi engraçado. Tive uma reunião com o Nuno Bernardo para um papel noutro filme. Passados uns minutos, ele disse-me: “Não vais ficar com este, mas tenho um papel para ti no filme que estou a escrever.” Mostrou-me umas imagens da versão BD, falou-me da Lúcia – a minha personagem – e ficámos em contacto.

O que mais vos agradou no projeto?
MC – O facto de ser inovador, abordar um género pouco usual no cinema português e também por ser uma experiência multicultural.
TT – Quando o Nuno Bernardo, da beActive, me apresentou o projeto gostei da BD e achei interessante fazer um filme a partir daí. A ideia era boa e a perspetiva de fazer um filme de ficção científica com traços de ação era uma novidade para mim. Interpreto uma personagem brasileira a falar em inglês, o que é um desafio para mim.

Neste filme, os personagens andam sempre a tentar voltar atrás no tempo. O que fariam se tivessem essa oportunidade?
MC – Honestamente, acredito que não quereria.
TT – Não faço ideia. Nunca tinha pensado nisso antes de me surgir este filme. E acho que não há nada que eu fizesse de forma muito diferente.

Sentem-se realizados?
MC – Não, sou insatisfeito por natureza e procuro (sem pisar ninguém) ser sempre melhor como ser humano e como profissional.
TT – Sinto-me realizada, mas não satisfeita. Isso nunca. O melhor ainda está para vir, acredito mesmo nisso. Sou uma inquieta por natureza e tenho cá dentro os sonhos todos do mundo. Rea-lizo-me todos os dias, em cada conquista, em cada momento de descoberta, em cada desafio pessoal e profissional.

Como se veem em 2018?
MC – Espero continuar a ser feliz a título pessoal e profissional.
TT – Vejo-me a mesma, com muito mais histórias para contar! E mais uns bons filmes, umas belas gargalhadas e umas quantas viagens.

Como foi contracenarem juntos?
MC – Foi fantástico reencontrar a Teresa quase dez anos depois. Fizemos uma novela juntos quando éramos muito novos e depois cada um seguiu o seu percurso. Foi bom reencontrá-la.
TT – Foi muito bom! Já tínhamos trabalhado em televisão, mas desta vez estivemos mais próximos. O Marco era o único ator que eu conhecia no projeto e também o único a falar português. Acabámos por nos apoiar bastante um ao outro.

Filmaram na Irlanda. Correu bem?
MC – Estivemos na Irlanda cerca de um mês. Foi uma experiência intensa porque filmámos todos os dias, exceto ao domingo. Foi uma carga horária sobrecarregada, com cenas fisicamente agressivas, mas foi fantástico!
TT – Foi uma experiência muito intensa porque havia muito trabalho para fazer em pouco tempo. A nossa vida, naquele mês, foi o Collider. Dia e noite. E ainda arranjámos tempo para nos divertirmos, o que também é importante.

Já conheciam o país? O que gostaram mais?
MC – Não. Adorei Dublin. Pensava que era uma cidade grande, mas, afinal, é bastante pequena e com um povo extraordinariamente acolhedor.
TT – Não conhecia e tenho de lá voltar com mais tempo.

A antestreia do filme levou-vos também a Londres. Como se sentiram?
MC – Foi fantástico! Eu vivi quatro anos e meio em Londres, enquanto estive a tirar o curso superior de teatro e, quando acabei, por motivos pessoais, decidi voltar para Portugal e nunca pensei que voltasse a Londres para a antestreia de um filme em que eu participasse. É um momento que vou guardar com muito carinho!
TT – Correu muito bem. O filme estreou no The Cross-Media Forum, integrado no Festival de Cinema de Londres, um festival muito importante na Europa, e é claro que foi um privilégio estar lá.

Que expectativas têm para a estreia em Portugal, agora em novembro?
MC – Acredito muito no sucesso deste projeto.
TT – Eu tento sempre não criar grandes expectativas. Espero o melhor, claro, porque foi para isso que trabalhámos. Se as pessoas saírem de suas casas e encherem as salas de cinema para ver o filme, fico feliz, pois a missão fica cumprida. De resto, que venha o que vier!

Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Bruno Peres; Produção: Romão Correia

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