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VICTORIA poderá desrespeitar a tradição ao subir ao altar de braço dado com o pai

É já amanhã que o mundo vai assistir ao casamento real de Victoria da Suécia com Daniel Westling. Os últimos dias foram ocupados pela realeza a preparar tudo ao pormenor, para que nada falhe no grande dia. Ensaios gerais, almoços, recepções, festas de gala e até a forma como os noivos vão abandonar o baile, rumo à noite de núpcias, nada foi esquecido, para que tudo corra da forma como a noiva tem vindo a programar, de há precisamente um ano, altura em que anunciou o noivado.

A menos de 24 horas do grande dia, a dúvida que paira no ar é: subirá Victoria ao altar, lado a lado com o seu noivo, como manda a tradição sueca, ou a princesa, entrará na Catedral de Estocolmo de braço dado com o seu pai, o rei Carlos Gustavo?

Victoria já fez saber que é de sua vontade transpor a porta da Catedral na companhia do pai, em vez de mãos dadas com Daniel Westling. Uma vontade que a Igreja Luterana já condenou, pelo facto de que, se assim for, a princesa está a quebrar um dos princípios da Suécia, país conhecido como sendo igualitário.

Ao mesmo tempo, Victoria poderá estar também a quebrar o conceito da igualdade entre o homem e a mulher, já que, segundo a tradição, os noivos entrarem juntos na cerimónia, simboliza a igualdade na vida.

Até ao momento, apenas é oficial que Victoria da Suécia escolheu para o percurso oito damas de honor e pajens, todos pertencentes a famílias reais europeias. Destes, destacam-se os três afilhados da princesa: Amália da Holanda, de seis anos, Christian da Dinamarca, de quatro anos, e Ingrid da Noruega, de seis anos.

Vencerá a princesa Victoria esta batalha? A resposta é dada amanhã, às 15h30, em Estocolmo.

Texto: Micaela Neves; Fotos: Reuters

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