Carolina Salgado
“A última vez que disse ‘amo-te’ foi ao Jorge Nuno”

Famosos

Carolina Salgado fala sobre um amor que a marcou e explica porque o defendeu no Big Brother

Qui, 23/05/2013 - 23:00

Diz que se mudou do Porto para Lisboa, porque na Invicta as portas fecharam para si, após o polémico fim da relação com Jorge Nuno Pinto da Costa. Desses tempos, guardou não só as boas memórias (as más apagou!), mas também o segurança privado: “Se precisar, tenho!” Acabada de sair do Big Brother VIP, Carolina Salgado diz já ter tido propostas de trabalho.

VIP – Como surgiu a possibilidade de participar no Big Brother VIP?
Não estava nada à espera. Pensei, ponderei e falei com a minha família. O primeiro feedback deles foi negativo. Os meus filhos e os meus pais são as pessoas com quem me aconselho e por eles faço tudo.

Apesar de acharem que não devia, participou na mesma.
Depois refletiram, disseram-me que estavam a ser egoístas e que eu mereceria ser feliz. Tenho uns filhos fantásticos e uns pais maravilhosos.

Tem um rapaz e uma rapariga, certo?
Sim, a Carolina, a júnior, tem 15 anos e é uma senhora linda, fantástica. Um mulherão! O meu filho, Adriano, tem 17 anos e é um homem lindo. Sou uma mãe muito orgulhosa. Que Deus mos guie e guarde sempre em bom caminho, porque depois de tudo o que passámos, tudo aquilo a que foram submetidos… Sinto-me culpada, mas sempre os tentei proteger. Eles têm na mãe uma grande mulher, têm uma grande vaidade em mim.

A Carolina foi mãe e pai.
Sempre, com a ajuda dos meus pais, obviamente. O único pai que os meus filhos tiveram foi o Jorge Nuno (Pinto da Costa) porque o deles nunca contou para nada. São pessoas muito bem formadas, educados, sabem estar, sabem ser.

Eles nunca aparecem…
Não. Achei sempre que tinha de os proteger. Adoram-me, mas isso não. É uma forma de os salvaguardar e proteger.

Ainda não disse porque aceitou participar no Big Brother VIP…
Foi pelo desafio. Achei interessantíssimo. A oportunidade de conhecer pessoas novas e o que daí advém, a nível de propostas de trabalho, porque muitas portas se fecharam para mim, no Norte, o que me entristeceu bastante. Mas sempre fui uma lutadora. Depois de tudo o que pus a nu, procurei emprego em muito lado… Tive uma empresa que me disse: “Carolina gostamos muito de si, mas temos receio…” Magoou-me muito. Daí ter vindo para Lisboa à procura de trabalho.

Quando veio para cá, trabalhou em quê?
Estive em Almada a trabalhar num cabeleireiro, onde fazia tudo. Não tenho formação nenhuma, apenas aquela que via as minhas cabeleireiras fazer. Aprendi a fazer tratamentos, depilações… a minha cobaia era eu.

Baixar os braços é que não…
Não posso. Tenho dois filhos e uma vida para viver. No meio da tristeza e do que passei, é com grande orgulho que digo que consegui ultrapassar todos os obstáculos. Não foi fácil, mas consegui. A mim faltou-me muita coisa, mas aos meus filhos não, nem vai faltar (emociona-se).

Voltemos ao Big Brother. Divertiu-se?
Sim. Adorei o barracão. Tínhamos três talheres, três pratos, copos pequeninos, duas canecas… o meu prato era um garrafão de água cortado por baixo, porque nem toda a gente está disposta a abdicar de certas coisas. Não é tanto como dizem ou como querem fazer crer. Nós, lá dentro, é que sabemos o que se passa. Por mim, estava sempre tudo bem. Fui muito feliz no barracão.

Mas adoeceu por causa das condições…
Quando disseram que estava apagadinha, na primeira semana, de facto, estava porque estive doente. Tive um problema, mas passou. Estas coisas acontecem.

Não acha perigoso?
Muito!

Foi vista por um médico lá dentro?
Sim, logo.

Fez amizades?
Claro que sim. A Lili será uma delas, a Kelly, o Pedro, o Hugo. Mesmo com as outras pessoas que me apunhalaram – foi assim que me senti – como o Calado, que se apoiava muito em mim. Aliás a mulher, Carla, pediu-me desculpas e disse-me que quando ele estivesse cá fora viria falar comigo. Achei isso muito nobre da parte dela. O Flávio também entrou ali a chamar-me “meu amor” e depois foi o que foi…

E o Zezé Camarinha?
O Zezé é o verdadeiro artista. Está em jogo.

Esperava sair tão cedo?
Não. Mas ia mentalizada para que, mesmo que entrasse e saísse logo, só a experiência e o facto de ter sido convidada, já eram uma vitória.

Acha que houve muita gente do Porto a ligar para que fosse expulsa, antes de falar muito?
Não tinha essa noção, mas depois de ter visto as imagens, acho que sim, que deve ter havido ali um departamento inteiro a votar em mim, sem sombra de dúvidas. Podiam estar preocupados com o que eventualmente pudesse contar.

Ainda há muito por contar?
Obviamente que tenho imensas coisas que farão sempre parte de mim. As pessoas estão sempre à espera das minhas revelações bombásticas, daquilo que não contei no livro. E se não quiser falar mais sobre isso?!

Não gostou quando o Zezé se referiu ao Pinto da Costa como “velho”…
Dizem-me que ali mostrei o que não quero mostrar, porque me passei. Não gostei e reagi.

Porquê?
(Risos) Não gostei mesmo. Aquela pessoa não é ninguém para lhe chamar seja o que for. Ao contrário do que as pessoas pensam, não gosto de falar mal dele. Nunca gostei!

Tem saudades de se apaixonar?
Sinto que na vida temos amores e desamores. Amor é uma palavra muito forte e que não estou preparada para voltar a dizer. Estou apaixonada pela vida, pelos meus filhos, pelos meus pais.

A última vez que disse “amo-te” foi ao Jorge Nuno?
Com sinceridade? Foi!

Ainda está apaixonada por ele?
Não tenho de apagar o Jorge Nuno da minha vida e não temo nada do que daí advém. Sou eu que decido, portanto, não o quero apagar. Esqueço o que é mau e guardo o que é bom. Quero que esteja bem e feliz. Foi muito bonito o que vivi. O que foi mau, não quero, sequer, lembrar.

Acha que ele está feliz com o casamento com a Fernanda Miranda?
Não vou falar sobre isso… E já disse tudo.

Voltaram a falar depois da separação?
Não, só tivemos os nossos encontros em Tribunal. Vejo-o na televisão ou no jornal e, pelo que conheço, percebo se está bem ou mal.

Da última vez que o viu nessas condições, o que percebeu?
Prefiro não comentar. Planos de futuro, conte-me… Tenho os meus projetos, os meus objetivos, aqui em Lisboa. Tive algumas propostas que vou ponderar. Vi muitas portas serem fechadas, mas nunca desisti. Trabalhei nas limpezas para ter dinheiro, mas isso só me engrandece.

Sente-se segura em Lisboa? Sempre, até porque nunca deixei de ter segurança.

Ainda hoje?
Claro que sim! Se precisar, tenho!

Texto: Carla Simone Costa; Fotos: Luís Baltazar; Maquilhagem e Cabelos: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel; Produção: Romão Correia

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