Pedro Ferreira Lopes
“Tenho a sorte de poucos”

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Pedro Ferreira Lopes
fala sobre a paixão que tem
pela medicina dentária

Qui, 26/09/2013 - 23:00

É médico dentista há 15 anos e garante que tem exatamente a profissão que deveria ter. Bem-sucedido e feliz com o que conquistou, Pedro Ferreira Lopes admite ter a sorte de poucos, por poder dizer que encara a sua profissão como se fosse um hobby.

VIP – De onde surgiu o gosto pela medicina dentária?
Pedro Ferreira Lopes – Sempre quis ser dentista. Lembro-me de ter dois anos, não saber falar e já querer esta profissão. Foi uma paixão que sempre me acompanhou e geri a minha vida com esse objetivo. Tenho a sorte de poucos: acordo feliz por vir trabalhar, por fazer aquilo de que gosto.

Há quanto tempo tem a clínica Prime Dental?
Tenho a clínica há quase seis anos e já sou dentista há 15. Criei-a com o objetivo de poder fazer medicina dentária à minha maneira, encarando o paciente como e elemento “mais importante da equação”. Por ser notório o grande respeito que tanto eu como a minha equipa manifestamos por cada paciente, as pessoas retribuem, recomendando e trazendo amigos e familiares. Por isso, tenho pacientes que vêm de Angola, Estados Unidos, Alemanha, França, Brasil…

Qual a área da medicina dentária de que mais gosta?
A reabilitação oral é, neste momento, aquela a que me dedico. Consiste em encarar a boca como um todo e não apenas como uma parte e, portanto, tratá-la utilizando técnicas de implante, prótese fixa, facetas…

Tem muitos pacientes que são figuras públicas. Pode dizer-nos quais?
Sim, é verdade que tenho e é curioso pensar como isso aconteceu. Eu e o Luís Esparteiro conhecemo-nos na faculdade e, por ironia do destino, um dia cruzámo-nos numa festa. Ele, como já tinha ouvido referências à qualidade do trabalho que desenvolvo, decidiu realizar uma grande intervenção em toda a boca. A partir daí, trouxe os amigos, a família… Enfim, foi com o passar de palavra que chegámos até aqui. Hoje, tenho muitos clientes que são figuras públicas, como a Sílvia Rizzo, o João Catarré, a Katia Aveiro…

Isso é uma mais-valia, em termos de reconhecimento?
Só aumenta a minha responsabilidade, porque, se eles estão expostos, o meu trabalho também fica mais exposto. Mas procuro fazer sempre o meu melhor em qualquer caso e com qualquer cliente.

Quais os tratamentos que, atualmente, estão mais na moda?
Na minha clínica, noto essencialmente a procura de um tratamento que se chama one day solution, que permite dentes novos num único dia. As pessoas chegam cá de manhã sem dentição e, à noite, têm os dentes todos, através da colocação de implantes.

E que equipamentos inovadores existem nesta área?
Surgem, com frequência, produtos que parecem ser milagrosos mas que, afinal, não são assim tão bons. No entanto, utilizo uma técnica que se chama anestesia diplóica, sem dor, que é eficaz e interessante porque promove um efeito imediato e o paciente não fica com a boca anestesiada.

Quais são, para si, os principais problemas que os médicos dentistas enfrentam neste momento em Portugal?
A medicina dentária low cost é um grave problema e muitos dentistas têm de se sujeitar a isso. Os pacientes ainda não perceberam que, a maioria das vezes, com o preço baixo vem a fraca qualidade. Não concordo, mas estou solidário para com os meus colegas que muitas vezes têm de emigrar para conseguirem trabalhar com alguma dignidade. Outro problema é a concorrência desleal, como a realização de branqueamentos em cabeleireiros, que é proibido, mas acontece.

Texto: Bárbara Corby; Foto: Paula Alveno

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