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“Sou informal por natureza”, diz Gabriela Canavilhas

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Ministra da Cultura é a vencedora do prémio Elegante VIP 2009
Apesar de se considerar uma mulher “informal”, Gabriela Canavilhas, 48 anos, encanta pela elegância e simpatia. Mãe de Joana, 25 anos, e casada com José Manuel Canavilhas, a actual ministra da Cultura tem o curso superior de Piano do Conservatório Nacional

Sex, 25/06/2010 - 23:00

Apesar de se considerar uma mulher “informal”, Gabriela Canavilhas, 48 anos, encanta pela elegância e simpatia. Mãe de Joana, 25 anos, e casada com José Manuel Canavilhas, a actual ministra da Cultura tem o curso superior de Piano do Conservatório Nacional – o piano faz parte da sua vida – e já esteve à frente da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Natural dos Açores, foi o percurso profissional na música que a trouxe até ao governo de José Sócrates. As suas qualidades pessoais, gestão familiar e carreira, aliadas à sua beleza e ao bom-gosto com que se apresenta, valeram­–lhe o título de Elegante VIP.

VIP – Como recebeu esta nomeação?
Gabriela Canavilhas
– Com muita surpresa. Entendi isto como um reconhecimento do meu trabalho como ministra da Cultura. Espero que faça com que reparem em mim e no ministério. Espero que a nossa acção saia reforçada com esta atenção redobrada à ministra.

Como ministra tem tempo para cuidar da sua imagem?
Não tenho muito tempo para me preocupar com a elegância. É sempre a correr… Faço um sacrifício especial, sobretudo numa situação como esta, em que também quero prestigiar a VIP, porque estou reconhecida pela nomeação. Por isso, dediquei mais meia hora a ir a casa mudar de roupa depois de um dia no ministério.

Hoje é mais fácil ser política, mantendo a feminilidade?
Houve uma fase em que a afirmação do género feminino em certas esferas do poder fazia-se pelo mimetismo do género masculino. Hoje, não é necessário fazer um enfoque na igualdade. Os géneros são diferentes e ainda bem: complementam-se. Cada qualidade de cada género tem benefícios directos na governação. Tento que as particularidades do meu género sejam aplicadas na acção política.

Que balanço faz de oito meses como ministra da Cultura?
É difícil, mas muito apaixonante. Tem sido um trabalho intensíssimo, mas tenho uma equipa fabulosa e sinto que estamos a dar passos significativos na resolução de problemas que vinham de trás e a lançar bases estratégicas para o futuro. Sinto-me satisfeita com o trabalho que temos vindo a desenvolver, nomeadamente no quadro económico actual. Foram os piores quatro anos possíveis para eu ser ministra da Cultura.

Hoje, fala-se muito do acordo ortográfico. É a área de actuação mais importante no âmbito da Cultura?
As quatro áreas principais do nosso mandato são a língua, o património, as artes performativas e o cinema. Devo dizer que me tenho empenhado mais no cinema, na questão do deslocamento das verbas do FICA, em reforçar o financiamento para o cinema. Espero que até ao final do ano tenhamos uma nova lei do cinema que traga outro tipo de folgo ao cinema português.

Sente que ter feito o seu percurso profissional na música faz parte do seu encanto?
Não acho que seja particularmente elegante, acho que sou uma mulher como as outras. Tento aparecer o melhor possível, sobretudo quando estou a representar o ministério porque aí represento o governo. Tento ir de encontro às expectativas dos cidadãos que me elegeram e que querem orgulhar-se de nós, do nosso trabalho. E é nesse sentido que cuido do meu aspecto. Mas, sublinho, não perco muito tempo com isso, não tenho tempo para isso e nem tenho muito feitio. Não faz parte da minha natureza. Sou muito informal por natureza.

Tem tempo para o piano?
Pouco (risos), mas de vez em quando tenho conseguido. A família tem sido muito penalizada com este cargo, porque chego sempre a casa por volta das onze e meia da noite. Mas tenho tocado piano 10, 15 minutos por dia para meu próprio prazer.

Como é que o seu marido reagiu ao convite que lhe fizeram para o governo?
Foi com um sentido de missão. O meu marido vestiu a "camisola" do País e está sempre a meu lado a dar apoio.

Costuma dizer-se que por trás de um grande homem está uma grande mulher. O inverso também se aplica?
Eu não sei se sou grande, mas o meu marido é grande com certeza (risos)!


Partilha com ele os problemas da governação? Pede-lhe conselhos?

Confesso que não. As matérias que estão sob a minha responsabilidade são para ser discutidas com o meu gabinete. Partilho preocupações com ele, mas não o envolvo nas questões do gabinete.

Texto: Elizabete Agostinho e Sónia S. Silva; Fotos: Paulo Lopes

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