Marisa De Almeida
“Sei que vou sofrer consequências”

Famosos

Entre lágrimas, Marisa de Almeida explica porque já não acredita na inocência de Paco Bandeira.

Sex, 10/02/2012 - 0:00

Olhando para trás, diz-se feliz por ter saído de uma relação com um homem agressivo, infiel e que não se dá bem com as filhas. Entre lágrimas, Marisa de Almeida explica porque já não acredita na inocência de Paco Bandeira no processo em que está acusado de maus-tratos à ex-companheira, Maria Roseta, e porque faz questão de o partilhar com o Mundo.

VIP – Estava tão convicta da inocência de Paco, o que a fez deixar de acreditar?
Marisa de Almeida – Eu não achava que pudesse ter alguma coisa a ver com aquela situação descrita por Maria Roseta. A partir do momento em que acontece algo parecido comigo, deixo de acreditar.

O que aconteceu exatamente?
Foi num jantar na Taverna dos Trovadores. O Fernando (dono e amigo de longa data do Paco) viu-me a falar com o Nuno [Forte, agente do cantor] na rua e foi ele que chamou o Paco. Para além da atitude do Paco, estou revoltada com os amigos, que o defendem e que mentem. Ele acabou o namoro, disse que o humilhei, que gozei com ele, que sabia o que é que eu queria. Eu estava a sentir-me injustiçada e não conseguia defender–me. Disse-me que já não gostava de mim, para pegar nas minhas coisas e ir embora. E eu fui. Naquele dia – acho que por causa do processo – conteve-se mais e não me bateu, porque o dedo dele esteve mesmo aqui [junta o indicador ao nariz], a gritar asneiras horríveis, a mandar-me calar.

Se ele não tivesse acabado, teria ficado com ele?
Nessa noite teria certamente ido para casa porque ele foi muito agressivo, não era o Paco, e aquilo tinha sido comigo. 

Mas já tinha havido pequenos indícios de que era ciumento, ou não?
Sim, mas eram coisas pequenas. Vi-o a ser bastante agressivo com outras pessoas. Atendíamos todos os telefonemas em voz alta, ele dizia que não havia segredos. Uma vez fez-me uma cena porque eu queria lanchar com um amigo meu. Mas eu desculpava sempre com a idade e porque gostava dele.

Acha que era recíproco?
Acho que ele não tem sentimentos. Eu estava praticamente a viver com ele. Dormia lá, cozinhava para ele. No Natal, convidou os meus pais e os meus tios, disse que a ideia era irmos viver para o monte. Que eu podia pedir
transferência. Falava de nós como se fosse uma relação séria, fiquei a acreditar que me queria e, se não me queria, iludiu-me. Agora, chegou a dizer que não namorámos.

Ele falava-lhe de Maria Roseta?
Falava com muito ódio e eu achava que tinha razões para tal, porque os amigos dele falavam muito mal dela. Criei a ideia de que é uma aproveitadora que só queria dinheiro.

E agora?
Agora, acho que aguentou muito. Neste momento, gostava de abraçar a Roseta e a Constança. Se ela viveu 12 anos com aquela pessoa, deve ter sofrido bastante. 

A empregada disse em tribunal que Paco tinha dito que Maria Roseta corria perigo. Acha que ele se considera omnipotente?
Considera. Ele dizia muitas vezes que é muito fácil acabar com uma pessoa. Dizia que a Alice Cruz morreu atropelada, mas que foi uma morte encomendada, falava de maneiras de matar pessoas. Eu não dava atenção, mas sabia muito de muita coisa.

Neste momento tem medo?
Não tenho medo, agora, sei que vou sofrer consequências com isto, porque ele tem grandes conhecimentos, pessoas com grandes cargos que estão a ajudá-lo. Não quero falar disto porque corro risco de vida… eu acreditava no Paco, mas agora ponho em causa se realmente a primeira mulher se suicidou. E um homem que me aponta assim o dedo, se tivesse uma arma se calhar também me apontaria, como o fez com a Roseta.

Tem tomado medidas no sentido de se proteger?
Não. Aconselharam-me a falar com a comunicação social, por causa das mensagens e daquelas conversas que ele tinha comigo sobre Maria Roseta.

Texto: Elizabete Agostinho; Fotos: Paulo Lopes; Maquilhagem: Tita Costa com produtos L'Oréal e Maybelline Professionnel

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