Iva Domingues
Responde às críticas sobre relação com Ângelo Rodrigues

Famosos

“Não tenho vergonha. Sou feliz”

Ter, 27/01/2015 - 0:00

Durante muito tempo, Iva Domingues foi vítima de preconceitos por namorar com Ângelo Rodrigues, que é 11 anos mais novo. A apresentadora respondeu agora a essas críticas num texto publicado na plataforma Maria Capaz intitulado “Não tenho vergonha. Sou feliz”. 
 
“Dias, semanas, meses. Li, engoli, digeri pérolas como estas, em comentários e mensagens no meu Facebook, quando comecei a namorar com o Ângelo, 11 anos mais novo que eu. Muitos dos que, levianamente, dizem “Je suis Charlie”, são os mesmos que se refugiam atrás de um computador, e se transformam em gangsters das teclas. A partir daí é a lixeira humana, a céu aberto, no seu esplendor. Não vamos ser hipócritas, se fôssemos um casal em que era ele a ter mais 11 anos do que eu, estava tudo certo”, escreveu. 
 
 
Leia aqui o texto na íntegra:
 
“'Não tens vergonha?' 'És velha e feia.' 'Olha a mãezinha dele!' 'Coitada, vais levar com um grande par de cornos.' 'Andas a desmamar meninos.' Dias, semanas, meses. Li, engoli, digeri pérolas como estas, em comentários e mensagens no meu Facebook, quando comecei a namorar com o Ângelo, 11 anos mais novo que eu. Muitos dos que, levianamente, dizem “Je suis Charlie”, são os mesmos que se refugiam atrás de um computador, e se transformam em gangsters das teclas. A partir daí é a lixeira humana, a céu aberto, no seu esplendor. Não vamos ser hipócritas, se fôssemos um casal em que era ele a ter mais 11 anos do que eu, estava tudo certo.
 
Mulher está sempre entalada. Se é mais velha, já perceberam. Se é muito mais nova, então está por interesse, é uma oportunista e quer ou o dinheiro ou a influência que ele possa ter.
 
Não há pachorra.
 
Quando a mulher dependia do marido, financeiramente falando, não faltavam argumentos para a manter quieta, calada, sem vontade nem coragem de ir à procura da felicidade. Se ela fosse mais velha, dizia-se que o marido rapidamente perderia o interesse, ela seria abandonada e trocada por outra mais nova. Muitas, assustadas, nem ousavam arriscar e fugir ao padrão imposto. Aguentavam, passivamente e esperavam a velhice, derrotadas.
 
Recuso ser uma dessas mulheres.
 
Sei que pensar e viver de forma diferente do que está instituído causa nos outros confusão, alguma ansiedade e até medo. O novo assusta.
 
Tenho feito o meu caminho. Sou bem resolvida em relação à minha idade, ao meu valor como mulher e, sobretudo, ao meu amor. As bocas que ouvi na rua ou li na internet não beliscaram, nem um pouco, a minha relação. Fortaleceram-na. Acho que os venci pelo cansaço. Há algum tempo que já não recebo mensagens a destilar maldade. Agora, quando faço uma declaração pública da minha paixão, sou acarinhada e até invejada, no bom sentido.
 
Sei que as grandes histórias de amor não estão no cinema. Andam soltas por aí. Acontecem-nos todos os dias. Derrubam barreiras, calam preconceitos e são protagonistas de grandes mudanças na vida de mulheres e homens.
 
Sou pelo Amor. Acredito que é ele que nos salva.  Sempre.”
 
Foto: Impala 

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