Mafalda Teixeira
“Quero ser mãe, pelo menos de dois filhos”

Famosos

Atriz namora há cerca de três anos com Jorge Kapinha, de 38 anos, que foi recentemente agredido durante umas férias na Serra Nevada, em Espanha

Sex, 01/03/2013 - 0:00

 Já passaram seis anos desde que Mafalda Teixeira, de 30 anos, começou a carreira de atriz em Morangos com Açúcar. Desde então, tem participado em novelas, séries, filmes e fez também teatro. Atualmente, é no Teatro Maria Vitória, em Lisboa, que podemos vê¬ la com a revista Humor com Humor Se Paga. A nível sentimental, o namoro de três anos com Jorge Kapinha continua de pedra e cal. A atriz não ganhou para o susto com a recente agressão que o namorado sofreu durante umas férias na Serra Nevada, em Espanha.

VIP – Estreou¬ se agora no teatro de revista com Humor com Humor Se Paga. Como está a correr a experiência?
Mafalda Teixeira – Está a correr bem. O elenco é muito unido e tem uma energia fantástica, é um elenco jovem. Há muito boa disposição e entreajuda. É um registo muito diferente da televisão, cinema e mesmo do teatro em geral. A energia é a cem por cento e o ritmo é muito rápido, é um registo muito para cima e que nos exige muito. Ao sábado e domingo fazemos dois espetáculos por dia e depois só quero descansar.

Esta é uma área da representação que a põe realmente à prova?
Canto, danço e represento. Mas já tinha feito algo semelhante no High School Musical, em 2008. Dança faço desde criança, o canto não é o meu forte, mas não faço solos, só em coro. Todos os trabalhos são um desafio, estamos sempre a ser postos à prova. Se fosse a primeira vez que estivesse a fazer algo com estas três vertentes associadas, penso que sentiria mais dificuldade, mas não é totalmente inédito.

É uma mulher que gosta de desafios?
Sim, adoro, sejam eles a nível profissional, pessoal, sentimental… Gosto de sentir a adrenalina da aventura, porque testamos os nossos limites e ultrapassamos barreiras. É importante para crescermos. E na carreira de ator também é importante, porque faz¬ nos ter mais experiência a vários níveis. É reconhecendo as nossas barreiras que podemos passar a um outro nível. Superar os nossos receios e não ter medo de arriscar, é isso que nos faz crescer.

Como se definiria?
Acho que sou uma pessoa que gosta de aproveitar a vida a 100%. Sou uma pessoa positiva, vejo sempre o lado positivo das coisas, sou determinada, empenhada, gosto de aprender coisas novas, sou apaixonada pela vida e apegada à família. Gosto de ver os outros felizes: amigos, família, namorado…

A sua base de formação é o design gráfico. Nunca pensou em exercer a tempo inteiro?
De vez em quando, faço alguns trabalhos. Fui convidada para fazer o logótipo de uma marca. Não pretendo largar de todo o design. Foi um curso que tirei a muito custo, pois não é uma área nada fácil e sempre que posso faço trabalhos na área. Acabei o curso há oito anos e é difícil acompanhar a evolução a nível de software, tenho de reaprender e atualizar¬ me. Mas é na representação que estou focada e é isto que eu quero fazer o resto da vida.

Tem feito diversas novelas para a TVI, mas não tem contrato de exclusividade. Preocupa¬ a, atendendo aos tempos de crise?
É sempre vantajoso ter. O ator que tem essa sorte tem a vida mais estável, porque tem uma remuneração mais garantida. Não digo que neste momento de crise seja mais preocupante do que antes. Como nunca tive, não sei. Sou muito empreendedora e corro atrás das coisas, não fico à espera que venham bater¬ me à porta. Luto pelas coisas. Quando acabei os Morangos, estive alguns meses sem trabalho e fui à procura de oportunidades, como arranjar uma agência, que eu não tinha na altura, fazer castings… É essa atitude que tento sempre ter. Se surgisse a possibilidade de ter um contrato era fantástico.

Já passaram seis anos desde que se tornou conhecida do grande público. Sente que a fama mudou¬ a de alguma forma?
Felizmente, orgulho¬ me de dizer que não. Quando iniciei os Morangos falei com as pessoas que me são próximas e pedi¬ lhes para me alertarem se notassem diferenças em mim. Felizmente, nunca foi necessário. A minha mãe deu¬ me uma formação fantástica. Eu e a minha irmã crescemos rápido, a nossa mãe sempre nos deu independência e os meus amigos eram também mais velhos. Comecei também a trabalhar cedo, aos 14 anos. Na altura havia eventos organizados por marcas que precisavam de hospedeiras, por exemplo, para ajudar a receber e sentar os convidados. Aquela mesada dava jeito para ir ao cinema. Isso tudo faz amadurecer.

É difícil manter os pés assentes na terra e não se deixar deslumbrar?
Acho que pode ser muito aliciante o que a fama promove. Passa a ser mais fácil ter acesso a algumas coisas. Há que saber gerir bem e não se deixar levar. Tem de haver um equilíbrio e perceber o que é melhor para nós. O importante é crescer passo a passo. Os saltos muito grandes, por vezes, podem provocar quedas maiores. Acho que a minha carreira tem crescido de forma gradual e tem acontecido tudo no timing certo.

Namora há três anos com o Kapinha, mas ainda não vivem juntos. Porquê?
Estamos bem como estamos. Moramos perto um do outro, a cinco minutos, e passamos muito tempo juntos. Quando quero dormir na casa dele, durmo, quando ele quer ficar na minha casa, também fica. As nossas mães conhecem¬ se e dão¬ se bem, e lidam bem com isso. Damo¬ nos todos muito bem e saímos muitas vezes todos juntos.

E a sua mãe não a incentiva a ir morar com o Kapinha?
Não. Ela está é louca para ter um neto (risos). ‘Mafalda, vá lá!’ E eu digo¬ lhe que ainda não é a altura e que o meu instinto maternal ainda não é para agora. Um dia há de ser, mas sentimos que ainda não é a altura. Se tivéssemos uma estabilidade maior a nível financeiro, poderia contribuir para dar esse passo. É que vivermos na casa da família dá outra estabilidade para já. Nós os dois ainda não falámos nisso de ter filhos ou de irmos morar juntos. Não sentimos que seja o momento certo, é mais a família que pressiona. Claro que quero ser mãe, pelo menos de dois, e tenho a possibilidade de ter gémeos. O meu avô paterno tinha um irmão gémeo.

E casar é algo que gostaria de fazer?
Não faço muita questão. Seria mais para comemorar a união do casal, uma festa. O Kapinha é católico e se ele fizer questão… mas não passa pelos nossos planos. Nós já passámos férias juntos e o ideal de casamento seria numa praia paradisíaca, em que pudéssemos ter a família toda. É mais uma festa para a família.

O Kapinha foi agredido durante as férias na neve. Como é que ele está?
Está a recuperar aos poucos. Levou muitos pontos, pequeninos, mas em maior quantidade. É uma zona sensível [lábios] e não consegue comer bem, só líquidos, e ainda está muito inchado. Tem de ter cuidado até tirar os pontos, alguns deles são por fora e outros por dentro. E agora ele está com receio de como é que vai ficar, pois ele trabalha com a imagem. O indivíduo que lhe fez isto foi de uma cobardia total.

Ele ligou¬ lhe na altura a contar? Ficou muito assustada?
Ele não me ligou, nem à mãe, para não nos deixar preocupadas. No domingo, quando cheguei do teatro de revista, ele já tinha chegado e ligou¬ me, disse que não podia falar muito porque estava magoado. Mandou¬ me as fotos e disse para eu não ficar preocupada, mas quando as vi, fiquei aterrorizada. Queria ir ter com ele, mas ele disse que precisava de descansar, e dormi muito mal de domingo para segunda. Fui logo ter com ele no dia seguinte.

Recentemente, a Mafalda revelou que colocou botox para corrigir algumas rugas. Não foi um pouco cedo, aos 30 anos?
Acho que a Madonna até começou mais cedo (risos). Fiz com o Dr. Biscaia Fraga, que me disse que ia fazer¬ me algo que me ia deixar ainda mais bonita. Foi na altura em que ia estrear a revista e, por curiosidade, aceitei. A pele ficou lisinha, mais jovem, e gostei do resultado. Foi só na testa que colocámos, porque é onde tinha as rugas mais salientes. Não tive medo, porque confio cem por cento nele e sabia que ele ia fazer algo fantástico.

Sente¬ se mais confiante?
Sinto¬ me igual, nem mais nem menos confiante. Foi algo que surgiu e foi uma surpresa. Não mudou nada a minha autoestima e confiança.

Texto: Helena Magna Costa; Produção: Romão Correia; Maquilhagem e cabelos: Ana Coelho com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel

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