O pequeno Principado de Andorra (que, na verdade, é um co-principado, com dois governantes em igual patamar, o Bispo de Seo de Urgell e o presidente da República francesa) poderá estar à beira de uma grande mudança.
O rei de Espanha, Felipe VI, poderá estar a preparar-se para assumir o co-principado de Andorra, cargo que até agora era desempenhado por monsenhor Vives.
Tudo tem estado a ser preparado em segredo e não há ainda nada em concreto. Se ocorrer, como tudo indica, será uma importante mudança institucional neste pequeno país dos Pirenéus, entalado entre Espanha e França.
A figura de co-principado remonta ao século XI e ficou confirmada na Constituição de Andorra datada de 1993, embora com funções mais simbólicas do que anteriormente.
Os dois co-príncipes assumem a mais alta representação do Principado, e são, segundo a Constituição, "símbolo e garantia da permanência e continuidade de Andorra, assim como da sua independência e da manutenção do espírito paritário nas tradicionais relações de equilíbrio com os estados vizinhos". No entanto, não têm poder executivo, que recai no chefe de governo, posto ocupado atualmente por Antoni Martí, depois de ter sido reeleito nas eleições de 1 de março último.
Chegou agora a hora em que o status quo naquele pequeno país pode ser alterado, com a demissão de monsenhor Vives, um assunto já comentado nos últimos meses, mas que ainda não tinha sido mencionado na Coroa espanhola.
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