Inês Simões
“Passava por todas as dificuldades outra vez para ter a BEATRIZ”

Famosos

INÊS SIMÕES não esquece os momentos complicados vividos durante a gravidez
Aos 28 anos, Inês Simões está uma mulher diferente, mais calma e menos impulsiva. O principal motivo é a filha Beatriz, de um ano, fruto do casamento com o árbitro Duarte Gomes. Apesar da alegria que tem em ser mãe, a actriz não quer pensar, para já, numa nova gravidez. Numa altura em que prepara a sua estreia no cinema, Inês Simões revela o desejo de voltar à TVI.

Qui, 21/07/2011 - 23:00

Aos 28 anos, Inês Simões está uma mulher diferente, mais calma e menos impulsiva. O principal motivo é a filha Beatriz, de um ano, fruto do casamento com o árbitro Duarte Gomes. Apesar da alegria que tem em ser mãe, a actriz não quer pensar, para já, numa nova gravidez. Numa altura em que prepara a sua estreia no cinema, Inês Simões revela o desejo de voltar à TVI.

VIP – Qual o balanço que faz dos últimos 12 meses?
Inês Simões – Foi muito positivo termos sido pais da Beatriz, que é uma bebé fantástica. É óbvio que houve cansaço e poucas horas de sono, coisas que estão associadas aos bebés, mas a parte positiva compensa muito mais do que todo o cansaço e stress que as mães vivem.

O que mudou em si após ter sido mãe?
Sou uma pessoa mais calma, pois sempre fui agitada e com "sede" de viver. Estou mais tranquila e tenho uma maturidade interior maior do que a que tinha. Penso mais nas coisas antes de as fazer, não sou tão impulsiva. Acho que mudei bastante no último ano.

O que tem vivido enquanto mãe corresponde ao que sonhava?
Sim. Só a parte do cansaço é que não batia tão certo (risos). É ainda pior do que diziam. Mas acordar e ver o sorriso da minha filha a dizer “mamã” supera as expectativas.

O que sentiu no dia do primeiro aniversário?
Senti-me muito feliz. A Beatriz ainda não se apercebe de nada, mas ficámos superbabados e organizámos uma festa para as amigas dela. Foi um dia vivido de forma muito intensa.

Com um ano, o que é que a Beatriz "herdou" do pai e da mãe?
A personalidade é minha. Tem uma personalidade muito forte. Por exemplo, quando quer um brinquedo, tem de ser aquele e naquele momento (risos). É muito simpática e mete-se com as pessoas. Acho que também herdou isso de mim (risos). É superextrovertida. A nível físico, toda a gente diz que é parecida com o pai. Claro que digo que não, que é parecida comigo (risos). É muito bom ter um bebé e dizer "isto é meu", "isto é do pai"… Só quem passa por isto é que percebe.

Como é o Duarte Gomes como pai?
Ele desenrasca-se muito bem nas tarefas. Muda fraldas e a única tarefa que ele empurra para mim é o banho (risos). O Duarte até vai às compras com ela e é muito despachado. Claro que ela é mais apegada à mãe, mas acho que todos os bebés são assim. Acho que o facto de a ter amamentado até aos seis meses ajuda a criar esta ligação muito forte e isso é muito importante.

Filha única… para já

Pensam num segundo filho?
Para já não queremos falar nem pensar nisso. É muito cansativo e a nossa vida é muito activa profissionalmente. Temos a sorte de ter a ajuda das avós, mas mesmo assim é complicado, pois optámos por não inscrever a Beatriz num colégio. Não equacionamos outro filho. Para já, a Beatriz é filha única.

Como teve uma gravidez complicada, o que pesa mais na decisão de ser novamente mãe: o que tem vivido até agora ou a experiência durante a gestação?
Lembro-me do que estou a viver agora, mas não me esqueço daquilo pelo que passei. Tive uma gravidez muito complicada, vomitava todos os dias. Cheguei a estar vários dias internada. Mas passava por todas as dificuldades para ter a Beatriz. Agora estou bem assim e não quero pensar nisso para já, até porque é um rombo financeiro ter um filho nos dias de hoje.

Ser mãe mudou-a na sua vida profissional?
Bastante. Na minha agência, a FRM, trabalho com crianças pequenas. É um projecto no qual acredito muito. Gosto de lidar com os miúdos, pois é um desafio constante, mas desde que fui mãe passei a tomar mais atenção a outros pormenores, como se já foram à casa de banho, se já comeram, etc. Há uma interacção diferente.

Como reage a propostas para trabalhar com a Beatriz?
Sou uma pessoa aberta a coisas novas e ouço o que tiverem para me propor. Só se a Beatriz vier a recusar, mas pelo que vejo até agora, parece-me que vai gostar (risos).

Como é que o pai lida com isso, sendo uma pessoa mais reservada?
Acha piada (risos). A postura do Duarte deve-se à sua carreira. Se não fosse árbitro não haveria qualquer problema. O Duarte não vê qualquer inconveniente em a filha participar num casting.

Estreia em cinema

Vai estrear-se no cinema…
Sim. Vou gravar um filme em Agosto, que se chama Com Um Pouco de Fé, que tem estreia prevista para Dezembro. As gravações vão ser em Salvaterra de Magos e o realizador é o Jorge Monte Real. O elenco conta com grandes nomes do panorama televisivo e mais não posso dizer. Estou superansiosa.

O que pode adiantar sobre o seu personagem?
Posso dizer que é uma pessoa muito engraçada e não tem nada a ver comigo. Não ser parecida comigo é um desafio. Quanto mais oposta, melhor.

Já tinha saudades de estar à frente das câmaras?
Já tinha imensas saudades de representar. Adoro ser mãe, mas já sentia falta disto e consigo conciliar as duas coisas.

Está preparada para estar menos tempo com a Beatriz?
Sim. Até porque fico muito tranquila ao saber que ela está muito bem entregue. Isso tira-me um peso enorme de cima e dá-me todas as condições para exercer a minha profissão. Tudo se consegue e nós temos uma grande organização familiar.

Depois do cinema, o regresso à televisão?
Sim, gostava muito de voltar à televisão.

Esteve a frequentar um workshop de televisão da Plural…
É verdade. Frequentei o workshop para reciclar algumas coisas, pois acredito muito na formação. Teve a duração de quatro meses e foi muito ligado à representação e às técnicas de televisão. Foi uma experiência muito boa.

Encontrou pessoas da altura em que trabalhava nos Morangos com Açúcar?
Sim. Duas das directoras de actores do workshop trabalharam comigo nessa altura. Gostei imenso de rever pessoas que não via há algum tempo.

Nesse reencontro falaram sobre a sua ausência da televisão?
Não. Não há um motivo para que isso aconteça. A verdade é que temos um mercado muito pequeno e os actores que têm contratos com as estações ou com as produtoras têm de trabalhar. Os que não têm acabam por ficar um pouco mais esquecidos e acho que foi o que aconteceu comigo.

O regresso à televisão poderá levar a um afastamento da sua agência?
Não. O projecto já está criado e acaba por estar em autogestão. O mais complicado já foi feito. Tenho um grupo óptimo de pessoas a trabalhar comigo, que me deixa descansada.

Tem um casamento estável, uma filha, uma agência de sucesso e prepara a estreia no cinema. Pode dizer-se que é a melhor fase da sua vida?
É uma boa fase da minha vida.

Qual foi a melhor?
A melhor fase da minha vida foi quando a Beatriz nasceu. Foi um ponto de felicidade muito bom.

O que lhe falta?
Gostava de voltar à casa onde cresci, à TVI.

Ter feito o workshop na Plural pode reabrir as portas para concretizar esse desejo?
Acho que sim. Da minha parte serviu para mostrar que estou disponível e que quero voltar.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Paulo Lopes; Produção: Romão Correia ; Maquilhagem e cabelos: Ana Coelho com produtos Maybelline e L´Oréal Professionnel; Agradecimentos: Clube de Ténis do Estoril; Sabaotage; Petit Patapon

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