Marcello Novaes
“Os portugueses são apaixonantes”

Famosos

Depois de uma breve estada em Portugal, o ator brasileiro promete voltar com os filhos

Qua, 03/07/2013 - 23:00

 O vilão Max de Avenida Brasil esteve uns dias no nosso país. Ao invés do seu personagem, Marcello Novaes espalhou charme, boa disposição e simpatia.

VIP – Como foram estes dias por cá?
Marcello Novaes – Posso dizer que estou apaixonado por Portugal. A receção é sempre muito calorosa, humana, respeitosa. É a sexta vez que venho a Portugal e confesso que nunca fui tão assediado. Desde o Raí (da novela Quatro por Quatro) que não era assediado, nem mesmo no Brasil, como voltei a ser agora. Portanto, tenho cada vez mais a certeza que esta profissão é de altos e baixos, em vários sentidos.

Esteve em Cascais…
Gosto muito daquela região, gosto muito das periferias da cidade. Quero sempre conhecer outros lugares. Desta vez, não deu para ir a muitos sítios, porque vinha com muitos compromissos, mas consegui ir a Cascais e estar com os meus amigos.

Qual é o peso do Max na sua carreira?
O Max é uma personagem muito importante, como foram outras, em termos de repercussão. Todas as personagens foram importantes na minha carreira, porque com todas aprendi e evoluí. Para mim, todas foram diferentes. Agora, o Max é o divisor de águas. Às nove da noite paravam para ver a novela. Cafés que não tivessem televisão ficavam vazios. A novela é muito boa, a equipa, a produção…

Sofreu com este vilão
Sim, muito trabalho e não só o horário de gravações, mas todo o trabalho de casa que há para fazer. O Max foi o mais longo vilão que interpretei, mas deixei-o sempre no estúdio. Nunca levei a personagem para casa, porque é muito diferente do Marcello, em todos os sentidos. Preparei-me muito para que esta personagem fosse um grande vilão.

O final dele agradou-lhe?
Sim, porque aconteceu o que nunca tinha acontecido com uma personagem que eu tenha interpretado. O Max era para morrer no capítulo 100, 120, mas acharam que devia continuar.
No Brasil, comenta-se que tem um relacionamento com a Caroline Abras.
No Brasil, isso acontece muito. Já estou bem calejado. No dia em que tiver uma namorada, todos vão saber. Estou solteiro!

Não se apaixonou por uma portuguesa?
Ainda não tive tempo (risos). Os portugueses são todos apaixonantes! É verdade, é muito prazeroso estar aqui. Já estou a pensar em voltar com os meus filhos porque passei em dois lugares com ondas fantásticas, tirei fotos e já sei que, quando chegar a casa e lhes mostrar, eles vão querer vir.

Como é a relação com os seus filhos?
Temos uma relação de muita liberdade, e respeito. Não perco a mania de dizer que são crianças, mas já são adolescentes. Temos muito diálogo, digo-lhes que sou o melhor amigo deles, falamos sobre tudo para que os possa ter como amigos. Assim, falam comigo, para que os possa orientar, porque é só isso que um pai pode fazer: orientar. Cada um tem a sua personalidade. São dois adolescentes diferentes, mas muito especiais, muito educados.

Estão com que idades, as crianças?
(Risos) O Pedro, do meu casamento com a Letícia (Spiller), tem 16 e o Diogo, do meu primeiro casamento com a Sheyla (Beta), tem 18.

São muito unidos?
Eles moram comigo há três anos, mas são muito unidos, às vezes até mais do que os irmãos que nasceram e foram criados juntos. Fisicamente, são completamente diferentes, um é feijão e outro arroz (risos), um bem moreno e outro branco, sardento, louro. Parecido comigo, quando era novo.

Eles têm o hábito de arranjar namoradas para o pai?
Seria muito bom (risos). Ainda não.

Como lida com o passar dos anos?
Muito bem, porque não me sinto velho. Tenho muita disposição. Talvez essa falsa impressão de uma disposição física me traga uma juventude emocional. Juntamente com o humor, que é fundamental, melhora a pele, o físico…

Como vê as manifestações que têm havido no seu país?
Válidas! Importantíssimas, mas pacíficas.

O que vai fazer a seguir?
Pela primeira vez, pedi para descansar um pouco a minha imagem, porque é saudável para o ator. Para que me possa renovar e até para que o público possa acreditar na próxima personagem. Estava programado não voltar em 2013, mas pode não acontecer.

Texto: Carla Simone Costa; Fotos: Nuno Moreira, Paula Alveno e DR

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