Portugal
Os mais ricos

As dez maiores fortunas nacionais somaram em 2013, segundo a lista publicada recentemente pel a revista Exame, 11 290,9 milhões de euros, enquanto um ano antes totalizavam “apenas” 8 892,7 milhões de euros, refletindo uma subida de quase 2,4 mil milhões. No entanto, atendendo à totalidade da lista publicada, as 25 maiores fortunas do nosso país perderam 2,4 mil milhões de euros, descendo de 16,7 mil milhões para 14,3 mil milhões de euros.

A maior parte da riqueza continua aglomerada nos cinco primeiros lugares deste ranking, encimado por Américo Amorim que, com 3 298,3 milhões de euros, é o líder incontestado, com uma fortuna superior ao dobro da do segundo colocado, Alexandre Soares dos Santos (1 634,6 milhões). Na terceira posição surge Belmiro de Azevedo (1 225,8). Seguem-se as famílias Guimarães de Mello (1 224,8) e Alves Ribeiro (1 078,5).

Pela primeira vez, em dez anos de estudo que aquela publicação dedica às maiores fortunas nacionais, a família Espírito Santo abandona a lista das maiores fortunas, e as cinco baixas no ranking deste ano referem-se a acionistas do Grupo Espírito Santo, devido à situação adversa das suas holdings.

Aos 80 anos, Américo Amorim é o homem mais rico do País, lugar que ocupa desde 2008. A sua fortuna está avaliada, agora, em quase 3,3 mil milhões de euros, apesar de ter “encolhido” quase mil milhões devido ao desinvestimento no Banco Popular e aos resultados negativos do Banco Único de Moçambique e do Banco Luso-Brasileiro.

Em 2011, em entrevista a um jornal económico, questionado sobre a sua fortuna em plena crise, Amorim dizia “Não me considero rico; sou trabalhador”. Uma fortuna acumulada de mais de três mil milhões de euros é o resultado da transformação da pequena empresa corticeira fundada pelo avô em 1870 na líder mundial do setor, embora a sua atividade empresarial se estenda, atualmente, à banca, bolsa, casinos, setor turístico, empresas petrolíferas…

Texto: Luís Peniche; Fotos: Impala e Reuters

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