Dino Gonçalves
O Natal também celebra a amizade

Famosos

Dino Gonçalves convidou Maria Barros
e Cristina Santos e Silva para esta quadra

Qui, 19/12/2013 - 0:00

As pinturas flamengas foram a fonte de inspiração do arquiteto Dino Gonçalves, para criar esta exuberante mesa de Natal. Para viver este cenário, o anfitrião convidou a também arquiteta Cristina Santos e Silva e a designer de interiores Maria Barros e, todos juntos, celebraram um Natal de amizade e de admiração mútua.

VIP – O Natal está, normalmente, associado à família, mas viveu-se aqui uma celebração entre amigos. Em casa também costumam celebrar a quadra com os amigos?
Cristina Santos e Silva – Eu faço sempre o “Natal dos amigos”. Maria Barros – Eu e as minhas amigas também gostamos de celebrar o Natal e temos a tradição de trocar presentes. Natal tem a ver com amor e partilha.

Dino Gonçalves – Eu nunca estive em casa destas “meninas” no Natal porque o passo na Madeira. Grande parte desta quadra é para a família, mas também convido os meus amigos.

Diriam que os amigos são a família que se escolhe?
DG – Concordo, embora possa haver boas e más escolhas. Mas, neste caso, foi ótimo ter convidado a Cristina e a Maria para esta produção de Natal, porque damo-nos muito bem. Podemos não pegar no telemóvel para falarmos todos os dias, mas tem sido uma relação positiva. Somos completamente diferentes e, se calhar, é por isso mesmo que funciona.

CSS – Temos uma relação espontânea e natural, uma amizade que começou por via do trabalho. Mas, quando surge esta empatia, a relação passa também para o círculo mais pessoal. Temos, os três, uma grande cumplicidade. Têm personalidades muito diferentes. O Dino é mais extrovertido, a Maria é muito serena e a Cristina parece ser muito ponderada.

MB – Acho que há uma coisa que é comum a nós os três: somos espontâneos. Estamos de bem com a vida, fazemos aquilo que gostamos e isso transparece nas nossas personalidades. Dizemos os três o que nos vai no coração e isso é capaz de ser uma coisa engraçada que nos une, além das nossas profissões.

E, na decoração, de que maneira se reflete a vossa personalidade?
CSS – Temos todos uma atitude alegre, positiva e cheia de vida. Cada um tem o seu estilo, mas há uma certa irreverência na forma de contar a história que é comum a todos.

MB – Não somos tradicionais.

DG – A graça, aqui, é que, quando foi pensado fazer-se esta produção, pensei, em dois segundos, nos nomes da Maria e da Cristina. Conheci primeiro a Cristina e, depois, a Maria. Mas a Cristina impunha muito respeito e eu sentia muito medo dela (risos). Mas, afinal, ela é muito divertida, acessível e querida e está sempre muito disponível. Tenho também uma excelente relação com a Maria. Nós, aqui, estamos a viver um Natal à Dino Gonçalves, pois foi ele quem decorou esta mesa.

Mas como é lá em casa?
CSS – As minhas mesas também são sempre muito irreverentes. Têm alguns elementos clássicos, porque o Natal está carregado de simbologia, mas são sempre muito diferentes. Fujo um bocadinho ao que é tradicional. MB – Todos os anos é diferente. Tento que seja divertido e procuro incluir os meus filhos no espírito da quadra. Enquanto eles acharem graça vou fazer isso. Tenho, em mim, um lado muito infantil e continuo a ver o Natal assim. A magia tem a ver com o facto deles delirarem com a quadra.

DG – É sempre na casa dos meus pais, no Funchal, e costumo atrever-me um bocado. Tenho uma mãe que não é conservadora. Para mim, a vida seria sempre um teatro! E, na verdade, é… acho mesmo que a minha vida é, em parte, um teatro e, enquanto o pano estiver aberto, a peça tem de seguir. Nesta produção quis fazer algo diferente que, se calhar, as pessoas não fariam em casa. Esta mesa é “à Dino”, porque é um bocadinho teatral. Gosto de arranjar um tema e lembrei-me de algo que tivesse a ver com as pinturas flamengas. Essa foi a minha inspiração. São mulheres decididas, a Cristina e a Maria, que estão comigo, a figura masculina está lá, mas de forma mais discreta. Na mesa há fruta, carnes verdadeiras e uma mistura de materiais. Na pintura flamenga, tudo o que o olhar do pintor pudesse alcançar era representado numa mesa. E foi isso que eu fiz. Fui a várias lojas e aquilo que me chamasse a atenção, independentemente de ficar bem ou não na mesa, recolhi para montar a decoração desta mesa.

E o que gostavam de receber este Natal?
CSS – Saúde para as pessoas próximas, nomeadamente os meus pais, que estão a ficar velhinhos. MB – Não sou muito de pedir presentes. Gosto muito mais de oferece. Adoro oferecer presentes aos meus filhos e filmar aquele momento na minha memória. Esse é o meu melhor presente de Natal. Não os deixo abrir os presentes com mais ninguém, é só para mim e para o meu marido. Gosto de os surpreender e de os ouvir dizer: “Ó mãe, mas como é que adivinhaste? Não estava à espera!”

DG – Para mim, é um presente acordar todos os dias com prazer de viver, com vontade de sair de casa e de ir trabalhar. Se eu pudesse dar um presente agora, dava-o à minha mãe: não a queria ver com mais rugas. Queria vê-la sempre bonita, como ela é.

Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Manuel Medeiro; Cabelo e maquilhagem: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L'Oréal Professionnel

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