Adriane Garcia
“O balanço é muito positivo – 2012 foi o meu ano”

Famosos

Nem o fim do programa Cinco Sentidos mancha o ano fantástico vivido pela apresentadora

Sex, 28/12/2012 - 0:00

O balanço é muito positivo – 2012 foi o meu ano”. É assim que Adriane Garcia fala sobre o ano que está a terminar e que acaba com uma má notícia: o Cinco Sentidos, programa da RTP1 onde é repórter, vai terminar a 31 de janeiro. Mesmo assim, a repórter não está preocupada. Acredita que umas coisas acabam, outras começam, e que o facto de ser a única brasileira na estação pode ser uma mais-valia. Conta ainda que se apaixonou por Tiago Alves Ribeiro, 36 anos, porque tal como ela, não tem pai.

VIP – Termina o ano com uma má notícia: o programa Cinco Sentidos vai terminar. Já tem projetos para o futuro?
Adriane Garcia – Não posso falar ainda de muitas coisas. Acabam-se uns, começam outros. Mas estou com expectativas.

Estava à espera que o programa terminasse?
Sim. Não estava à espera que acabasse este ano. Pensava que fosse acabar em 2013. Mas pronto, vai acabar, vai acabar. A verdade é que este formato estava há anos no ar com os mesmos moldes e as coisas têm de ser renovadas, recicladas.

Portanto, está tranquila e com fé que 2013 seja um ano de novos desafios?
Sim, estou com fé no futuro. Na RTP dizem eu sou a única “brasileirinha” portanto, se Deus quiser, hei de manter-me na casa.

Sem trabalho pondera voltar ao Brasil?
Eu tenho sangue português porque o meu bisavô era português. Acho que me identifico talvez mais com Portugal do que os portugueses. Eu tenho um amor por este país inexplicável. Defendo mais Portugal do que os portugueses. Não nasci aqui, mas este foi o sítio que eu escolhi para viver.

A pergunta é porque decidiu viver cá.
A qualidade de vida cá é muito superior à do Brasil. Lá podes ganhar muito dinheiro, mas também gastas muito, porque tudo é mais caro. Cá, mesmo quem ganha pouco consegue ter uma boa vida. A minha mãe é a primeira a dizer para eu ficar. Diz que tem muito orgulho em mim e que quer um netinho português.

E isso está encaminhado?
Estamos no bom caminho (risos).

Porque não é só Portugal que a encanta, mas também os homens portugueses.
É verdade, já no Brasil tinha um namorado português. E foi essa relação que me fez vir para cá. Os homens portugueses são muito respeitadores. A primeira coisa que eu olho num homem é o carácter, o respeito, a relação dele com a família. Se um homem não tem uma boa relação com a mãe ele não vai ser um bom marido, um bom pai. Acho que aqui as mães educam muito bem os filhos.

Casar e ser mãe faz parte dos planos?
Sim, se bem que hoje em dia casar já não é um sonho. Vejo-me a casar numa quinta particular, se calhar na quinta do Tiago, uma coisa mais privada e íntima sem grande festa. Filhos sim, penso mais nisso do que em casar.

Há quanto tempo é que namoram?
Estamos juntos há quatro anos e é uma relação para casar e ter filhos. Ele tem uma empresa de publicidade. Conhecemo-nos através de uns amigos comuns, ficámos amigos e nunca pensei que fossemos namorar. Mas veio a acontecer.

Qual foi a característica do Tiago que mais lhe chamou a atenção?
Nós fomos amigos durante seis, sete meses e o que mais me aproximou dele foi a sensibilidade. Ele, tal como eu, também não tem pai. Ele conseguia entender-me. Começámos a perceber que tínhamos muita coisa em comum.

Perdeu o pai muito nova. Suponho que isso mude uma pessoa.
Fez-me crescer mais cedo. Fez-me ser mais autónoma e independente. Fez-me ficar mais forte. Eu nunca dei o braço a torcer, nunca chorei ao pé da minha família. Nunca demonstrava o meu lado fraco. Essas foram as grande mudanças e foi também isso que fez de mim a mulher que sou hoje.

Não mostrar fraqueza também deve ser uma vantagem, sobretudo no meio televisivo?
Sim, neste meio é fundamental, porque tem dias em que você chora por dentro, mas tem de estar a rir por fora. Na minha área você não pode estar triste, você tem de estar bem. As pessoas não querem saber dos teus problemas. Elas querem ver-te feliz e querem que você as faça felizes.
Estudou representação, mas o seu sonho foi sempre ser apresentadora de televisão.
O curso deu-me bases para este trabalho. Eu trabalhei com o João Baião nas Sete Maravilhas Praias de Portugal e aprendi imenso com ele. Ele é incrível porque pode ter um problema, mas não deixa transparecer nada quando está em direto. E ele é ator.

A sua vida está toda ligada às artes. No Brasil também foi cantora.
A música foi uma coisa engraçada na minha vida. Surgiu por acaso, depois da minha participação na Casa de Artistas, uma produtora convidou-me para gravar um disco e eu aceitei. Agora só canto por brincadeira num bar de alguns amigos. Mas isso era o que eu fazia antes. Cantar profissionalmente não, nunca quis ser cantora, mas a vida levou-me para lá. E a verdade é que essa experiência me abriu muitas portas.

Em Portugal reconhecem-na como cantora?
Não. Há muito poucas pessoas que sabem que eu canto. É engraçado porque o que me trouxe para cá foi a música.

E o que a levou à música foi a Casa de Artistas. Voltava a repetir a experiência?
Aquilo era como a Quinta das Celebridades e como eu era modelo e já tinha feito algumas participações em novelas, inscreveram-me e eu fui. Confesso que não repetiria, não acho que tenha sido uma boa experiência. Era exposição a mais e vi muitas coisas que não fazem parte da minha filosofia de vida. Eu jamais seria injusta com alguém só para me dar bem, por exemplo.

Na altura tinha uma personagem que era apaixonada por uma pessoa famosa. Hoje a famosa é a Adriane. Como é que lida com isso?
Eu quero ser reconhecida pelo meu valor. Não quero cinco minutos de fama. Fiquei surpreendida com as Sete Maravilhas porque foi o primeiro programa em que estive mesmo em contacto com o público. Eu sei que na rua as pessoas olham e reconhecem-me, mas dificilmente sabem o meu nome. No máximo comentam “olha a brasileira da RTP”.

Chateia-se com esse epíteto?
Não, eu sou diferente mesmo. É a minha marca e acho que foi por isso mesmo que me contrataram. O povo português não é preconceituoso, embora eu tivesse medo que pudesse ser.

Viveu algum episódio de preconceito cá?
Se eu disser que não houve momentos em que me senti descriminada, é mentira. Mas são episódios que nem vale a pena comentar porque ainda por cima partem de pessoas que são próximas de mim. Porque as pessoas que fazem certos comentários, por ciúmes, porque queriam estar no meu lugar. E isso iria acontecer da mesma se eu fosse portuguesa, romena, ou russa.

Há uns tempos fez a capa da Maxim. Sente­–se sensual?
Nem por isso, sou muito tímida. Sou discreta a vestir-me, quase não uso decotes nem ando com as pernas à mostra. Mas gostei muito das fotos e guardei a revista.

O que é que o Tiago disse?
Ele foi das pessoas que mais me incentivou. Quais foram os elogios que ele fez?
Disse que gostou muito das minhas expressões.

E não disse que é mais bonita ao vivo (risos)?
Ah, isso diz, não é? (Risos). Às vezes eu fico neurótica, porque acho que podiam ter posto mais photoshop na barriga e ele diz “qual barriga?”. É um querido.

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