Esta sexta-feira, dia 12, os sete irmãos estão de volta ao nosso país e prometem uma noite memorável com os ritmos do flamenco.
VIP – Quais são as expectativas para o espetáculo no Campo pequeno, inserido no Festival de Flamenco de Lisboa?
Los Vivancos – As melhores! Na noite de 12 daremos tudo no Campo Pequeno e esperamos que o público também se entregue e desfrute.
É bom voltar a Portugal?
É fantástico! Há três anos estivemos cá durante duas semanas com espetáculos diários.
São considerados um fenómeno cénico do flamenco. Como se sentem com esta definição?
Diz muito da forma como o público e a crítica têm acolhido o nosso trabalho. Sentimo-nos privilegiados por isto e agradecemos o apoio, uma vez que sem ele provavelmente não estaríamos aqui. E acima de tudo, nós os sete não nos podemos esquecer que a melhor forma de definir a nossa dança é continuando a dançar. Não nos devemos acomodar às definições, pelo contrário devemos esforçarmo-nos ainda mais.
É fácil trabalhar em família?
Tem vantagens e desvantagens, mas em última instância a nossa maior força provem da nossa união.
Porque decidiram primeiro seguir um caminho individual e só depois criarem Los Vivancos?
Precisávamos de ter essa experiência, para que cada um trouxesse a sua contribuição, para criar um grupo com a versatilidade de sete solistas a dançar em conjunto.
Que balanço fazem?
Dizem-nos que desde que estreámos em 2007, alcançámos o que muitas companhias demoram 30 anos a conseguir. Contudo, nós só nos preocupamos em continuar a sonhar. Continuar a olhar em frente!
Este espetáculo tem também uma forte marca multimédia. É importante aproximar as duas áreas?
Claro! Vivemos na era da comunicação. É vertiginoso, de um momento para o outro o mundo está todo ligado. Ou te adaptas ou desapareces.
Sentem o frisson que a vossa dança causa na plateia?
Sete homens em palco, de alma despida através de algo tão primário como a dança, a luta… sim claro que sentimos, mas a resposta do público é tão ou mais sensual do que arte e que oferecemos.
Como lidam com o público?
Com carinho e respeito. Afinal são eles que nos dão de comer.
Quando não estão a dançar o que fazem?
Treinamos os números, preparamos a música, vamos ao ginásio e prestamos um pouco de atenção às questões burocráticas da empresa. Resumindo, planeamos como conquistar o mundo (risos).
Como está a vossa agenda nestes tempos de crise?
Está bastante cheia e cada dia trabalhamos para conseguir novos contratos… Diz-se que uma revolução sem dança não é revolução. Bom, aqui está a dança!
Texto: Carla Simone Costa; Fotos: DR
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