Ana Rita Basto
“Não sou de estar parada”

Famosos

Apesar do percurso recente a jornalista é, aos 27 anos, um dos principais rostos da informação do Porto Canal

Qui, 25/10/2012 - 23:00

 De segunda a sexta-feira fecha-se no estúdio e apresenta o jornal, mas a jornalista, de 27 anos, não esquece nunca as bases e o que realmente a encantou desde o primeiro momento: sair em reportagem, “porque isso é ser jornalista, ir para a rua e falar com as pessoas”.

VIP – Quando percebeu que queria ser jornalista?
Ana Rita Basto – Desde cedo que adoro falar e comunicar com as pessoas. Na altura em que tive de escolher uma área decidi ir para Ciências. Era boa aluna, mas no 12.º ano percebi que queria jornalismo. Confesso que os meus pais ficaram um bocadinho surpreendidos. Tinham receio que não encontrasse emprego. Mas acho que se foram habituando à ideia. E quando, já na faculdade, comecei com as aulas mais práticas, percebi que tinha feito a escolha certa e que não me ia arrepender, porque era aquilo que me ia fazer feliz.

Começou por onde?
Pela rádio. Adoro, ainda hoje! A televisão não foi, inicialmente, uma opção. Estagiei na TSF, estive mais de um ano e meio no Rádio Clube Português e foi aí que aprendi imenso do que é ser jornalista. Rua, reportagens, alguma edição em estúdio. Cheguei a acumular com televisão, uma produtora aqui do Porto que fornecia conteúdos para a RTP N, ao fim de semana fazia ainda desporto para a Agência Lusa.

Foi um início de percurso bem preenchido…
Sim, ao contrário do que seria de esperar fui sempre tendo várias opções. Depois saí da rádio, não porque quisesse, mas por contingências, o ritmo começou a abrandar e fui das primeiras a sair antes de fechar. Ainda fiquei com a Agência Lusa, mas a trabalhar de casa, até que decidi ir ao Porto canal entregar um currículo. Fiz a entrevista e na mesma tarde recebi um telefonema a perguntar se podia começar a trabalhar na semana seguinte.

Tão rápido…
Foi ótimo. Comecei por fazer “rua”, mas passado duas semanas já estava dentro de um estúdio.

Foi difícil essa mudança tão rápida?
Foi um desafio grande. Tinha obviamente os meus receios, mas pensei que já o fazia em rádio, a diferença era ter a câmara de televisão à frente. Na primeira vez só estava preocupada em falar bem, colocar bem a voz e fazer bem o meu trabalho. O resto fui aprendendo com o tempo… deixar de arregalar muito os olhos… trazia bastantes tiques de rádio, portanto foi toda uma aprendizagem no Porto Canal a suavizar alguns traços.

Quantos anos passaram?
Vai fazer quatro anos em fevereiro. Saí da faculdade em 2006, comecei logo a trabalhar no fim desse ano e em 2009 fui para o Porto Canal. Fiquei a fazer o jornal desde essa altura, mas também fazia reportagem.

O que gosta?
São coisas diferentes. Como quase todo o meu percurso foi a fazer as duas coisas em paralelo, nunca tive de dizer estou farta de uma coisa ou outra. Há um ano quando fiquei de segunda a sexta-feira só em estúdio, confesso que me custou bastante, mas tive de entender que não se pode ter tudo. Se estás a fazer um percurso de segunda a sexta num jornal, a representar uma equipa, não me posso queixar de não sair… Acontece ocasionalmente, o que é ótimo. Não se perde o contacto com as pessoas, porque isso é ser jornalista, fazer reportagem na rua, estar com pessoas.

Falou há pouco em receios… quais são?
Inicialmente pensava se seria capaz, se era por aqui que queria ir… Não sou de pensar muito além, procuro dar passos pequeninos, porque acredito que a ansiedade acaba com muitas coisas.

Os seus pais já estão mais do que rendidos?
(Risos) Sim, já se renderam. Mas acho que foi pela sorte que tive de encontrar logo trabalho. Ficaram descansados.

Essa sorte foi uma consequência da sua persistência.
Claro que sim. Convém perceber que durante o curso fazia rádio local sem ganhar nada. Isso, se calhar, fez a diferença para outras pessoas que chegaram ao fim do curso e não fizeram nada. Não sou de estar parada, portanto sempre pensei que tinha de começar a fazer alguma coisa, a mexer-me. Durante a faculdade o fim de semana era passado em Felgueiras, na rádio. Abdicava de muita coisa para lá estar a aprender. E aprendi imenso. Deu-me o traquejo necessário para acabar o curso e ir para a TSF.
Notou muitas mudanças com a entrada do Júlio Magalhães para o Porto Canal?
Sim. Primeiro do ponto de vista do público, porque é uma pessoa muito querida pelo público e isso é muito importante para nós. Com a vinda dele, algumas pessoas começaram a olhar para nós de outra forma. Pequenos passos que tem dado também tem ajudado a construir um Porto Canal melhor e, sem poder adiantar muito, vai-se notar também bastante na nova grelha.

Entrando um pouco na sua vida pessoal. Tem namorado?
Tenho uma relação estável, mas sou solteira. Apoiou-me sempre, mas não tem nada a ver com a minha área.

Texto: Carla Simone Costa; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Zita Lopes; Maquilhagem: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel

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