Ana Rita Clara
“Não preciso de ter uma pessoa na minha vida para ser feliz”, diz ANA RITA CLARA

Famosos

Apresentadora diz que, depois de ter feito os 30 anos, passou a encarar a vida com outros olhos
O encontro estava marcado para as 11h30 da manhã, junto ao lounge da Mimosa, ao lado da meta da Corrida da Mulher, mas o atraso de Ana Rita Clara foi por uma boa causa: “Vim a acompanhar umas senhoras, que estavam a participar na corrida. Viemos a caminhar e eu deixei-me levar pela conversa”, diz, à chegada.

Qui, 27/05/2010 - 23:00

O encontro estava marcado para as 11h30 da manhã, junto ao lounge da Mimosa, ao lado da meta da Corrida da Mulher, mas o atraso de Ana Rita Clara foi por uma boa causa: “Vim a acompanhar umas senhoras, que estavam a participar na corrida. Viemos a caminhar e eu deixei-me levar pela conversa”, diz, à chegada. De facto, interagir com o meio e conversar são duas das coisas que a apresentadora da SIC mais gosta de fazer, daí ter estudado Sociologia e logo de seguida ter tirado o curso de Comunicação Social. “Gosto muito de observar tudo o que me rodeia. Sinto que isso é importante para mim, como pessoa, e também considero a observação essencial”, avança.

Para trás, ficou uma infância em que dizia: “Quando for grande, quero ser pediatra.” No entanto, agora que chegou ao mundo dos grandes, as ideias são diferentes e o percurso profissional seguiu outros caminhos.

A cara da SIC Mulher pertence ao programa Mundo das Mulheres, onde volta esta semana a substituir Adelaide Sousa. “A título profissional, sinto que estou a crescer a cada minuto que passa. Ao mesmo tempo, em cada projecto novo, sinto sempre como se fosse a primeira vez. É tão boa a adrenalina que sinto, que espero que nunca me passe”, salienta.

Aos 31 anos, Ana Rita diz que continua a ver a vida de forma apaixonada, como se fosse uma miúda. “Estou mais madura e mais segura em todos os factores”, frisa. Esta segurança e a capacidade de perceber o meio termo entre a emoção e a razão, conta que herdou dos pais. Apesar de ter um irmão mais velho, no seu discurso é perceptível que é a menina da família. E não se importa de admitir que é mimada. “Os meus pais são a minha base e o meu pilar. Não tomo decisões sem falar com eles”, diz.
Contudo, no seu processo de formação, esta menina-mulher mostra que tem os pés bem assentes na terra. Talvez o facto de há alguns anos ter trocado o Porto por Lisboa, em busca do seu lugar ao sol, e ter passado a viver sozinha, a tenha feito crescer da maneira que cresceu. “Tenho uma palavra muito presente no meu vocabulário: crescimento. Faz parte daquilo que eu sou. Sinto-me uma mulher madura, mas ainda continuo a beber leitinho (risos). Gosto de ter bem presente nas minhas ideias os meus projectos e objectivos. Sinto que estou a viver uma fase engraçada. Já não sou uma miúda, mas também ainda não me sinto uma senhora. Sinto-me uma jovem mulher e esta é a melhor fase. Embora ainda me sinta a crescer, sei que tomo decisões mais certas e ponderadas. Aos 30 anos já não perdemos tanto tempo a pensar naquilo que os outros acham e vivemos mais para nós. Não encaro isto de uma forma individualista; isto é saber pensar por mim”, frisa.

O amadurecimento provocado pela idade e pelas experiências que tem tido ao longo da vida, também fez com que Ana Rita Clara se tornasse mais exigente consigo e com os outros. “Por exemplo, fez-me perceber que este era o momento certo para tirar um curso de representação. Não sei se quero ser actriz, mas tenho a certeza que quero viver essa experiência. Ambiciono fazer um personagem complexo”, revela.

Sobre a sua vida amorosa, a apresentadora tem feito de tudo para que esta passe despercebida aos olhares mais indiscretos. Ainda assim, levanta um bocadinho o véu: "Estou óptima. Sempre fui muito segura neste aspecto. Sei aquilo que me faz feliz. Não preciso de ter uma pessoa na minha vida para me sentir bem. Sou independente e para ter alguém, essa pessoa tem de acrescentar algo à minha vida. Ambiciono tudo aquilo que uma mulher na minha idade deseja. Acontece que neste momento estou centrada na minha vida profissional. Não procuro ninguém. Se aparecer, será bem-vindo, claro. Quando chegar o momento de dizer ‘esta é a pessoa com quem estou’, fá-lo-ei. Não preciso que me arranjem namoros”, atira.

Texto: Micaela Neves; Fotos: Jorge Fernandes

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