Luis Esparteiro
“Não me sinto um galã”

Estava a tirar Economia quando foi fazer o casting para a primeira novela portuguesa, em 1982. Vila Faia deu o pontapé de saída a 32 anos de profissão. Curiosamente, Luís Esparteiro está hoje em cena com a peça Boeing, Boeing, no Teatro da Trindade, em Lisboa, um texto que interpretou no início da carreira.

VIP – Fez esta peça e esta personagem há 30 anos. Quais as maiores diferenças que sente?
Luís Esparteiro – Para mim, é uma aventura voltar ao teatro. Esta peça tem, realmente, esta carga especial e está a ser muito bom. Mas, relativamente à forma como abordo a personagem, faço-a de forma diferente porque passaram 30 anos e eu sou uma pessoa diferente.

É fácil ser um galã aos 55 anos?
Não me sinto muito confortável neste papel, mas acho que funciona e que a idade, neste caso, não é muito significativa. Mas, quando me ofereceram este papel, eu tive essa dúvida, se não chocaria ser eu a fazer de galã com esta idade. Disseram- me que não. Começou no teatro a fazer comédia e agora regressa a este género.

Como está a correr?
Fiz várias comédias e esta é uma peça que eu também já fiz, embora há 30 anos. Curiosamente, era o mesmo papel mas, na altura, eu era mesmo galã e agora faço de galã. A peça é muito gira, é uma das comédias mais adaptadas de sempre porque tem um grande êxito associado.

Sente-se confortável a fazer comédia?
Sim, gosto muito de fazer e de dirigir comédia. É mais difícil, porque os tempos de comédia são diferentes. Eu não posso dizer que sou um ator de comédia, mas tenho alguma escola. Não tem a ver com o facto de se ser uma pessoa engraçada, mas com os tempos de lançar as deixas. Esta história conta os encontros e desencontros de um homem que tenta ter três relacionamentos com três mulheres ao mesmo tempo.

Leia toda a entrevista na sua revista VIP nº873

Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Romão Correia; Cabelo e maquilhagem: Ana Coelho, com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel

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