Catarina Morazzo
“Não há profissão que me impeça de ser mãe”, diz CATARINA MORAZZO

Famosos

A actriz quer gozar os 28 anos sem ter planos para casar ou ter filhos, mas avisa que quando chegar o momento nada a irá travar
Depois de ter conquistado os portugueses na série Morangos com Açúcar, Catarina Morazzo tem apostado na sua vertente de apresentadora e repórter, ao serviço da SIC. Mulher de desafios, Catarina revela que para já não pretende ser mãe porque preza muito a sua independência.

Sex, 07/05/2010 - 23:00

Depois de ter conquistado os portugueses na série Morangos com Açúcar, Catarina Morazzo tem apostado na sua vertente de apresentadora e repórter, ao serviço da SIC. Mulher de desafios, Catarina revela que para já não pretende ser mãe porque preza muito a sua independência.

VIP – Tem estado a trabalhar como apresentadora e repórter. É a uma aposta pessoal?
Catarina Morazzo – A minha aposta pessoal é sempre na felicidade! Felicidade no trabalho, na relação que tenho e com os amigos que mantenho. Se bem que sinto dar mais de mim ao meu trabalho, neste momento, do que a tudo o resto. São fases. Enquanto sentimos que o nosso esforço e dedicação são recompensados, nunca nos cansamos de dar. E eu corro por gosto.


Não tem saudades da representação?

Tenho saudades da aprendizagem de trabalhar para uma câmara, em vez de ser a câmara que me procura. De me preocupar e entender todo o trabalho de uma equipa no set de gravações. Tenho saudades da experiência e, sobretudo, do desafio.

É uma mulher de desafios…
Procuro desafios constantes na minha vida pessoal e profissional e não estaria satisfeita com o meu trabalho se não os sentisse a cada dia de trabalho.

Que tipo de papel a faria voltar à representação e abandonar o que faz?
Não abandonaria o que faço porque adoro o meu trabalho. Tanto como apresentadora de um programa da SIC Internacional, +351, que chega a todo o lado e a todos os portugueses espalhados pelo mundo, ou como repórter do Episódio Especial, onde a cada reportagem se cria uma estória. Se pudesse conciliar, aceitava o desafio com a satisfação e entusiasmo de sempre.

Nas vertentes de apresentação e reportagem, que projecto gostaria de abraçar?
Não há projectos “feitos” especialmente para cada profissional de TV. Ou se ainda os há, são raros! Se pudesse escolher um à minha medida, teria de ser um programa repleto de aventura, desafios, viagens. Por que não um em que desafiasse várias figuras públicas a terem as mais inusitadas experiências como viajantes? Seria giro (risos).

Para quando um programa só seu na SIC generalista?
Para quando tiver de ser…

A mudança para a agência Face significa uma aposta forte na moda?
Significa uma aposta forte em mim, para variar. É um voto de confiança no trabalho de excelentes profissionais de moda. A moda impõe-se para além dos padrões ideais de beleza. O mundo da moda e da publicidade é fascinante e não vejo porque não aliar-me a um meio paralelo ao meu, mesmo que pontualmente.

Onde se sente mais à vontade: à frente da câmara de TV, atrás dela ou em frente a uma máquina fotográfica?
Objectivas e lentes não me intimidam. Dar ordens, já é mais difícil. E isso, não tem de se fazer à frente delas.

Já sentiu a necessidade de provar que é mais do que um rosto bonito?
Não, porque o meu percurso foi sempre coerente com a minha formação profissional e académica.

Acha que as mulheres bonitas e talentosas têm mais dificuldades para ver as suas qualidades reconhecidas?
De maneira nenhuma! Se assim fosse, em cinco anos não teria a oportunidade de trabalhar em dois canais de televisão distintos.

Falando de beleza, aceitava um convite para posar para a Playboy?
Não.

O que prevê para a sua carreira?
Não há previsões, mas desejos. E procuro concretizá-los todos.

E neste momento qual é a sua maior ambição profissional?
Se contar, não se concretiza (risos). E eu acredito na força do pensamento…

Gosta de viajar. Está-lhe nos genes?
Mais do que nos genes. O meu nome, Catarina Bhawnani Morazzo, fala por si, mas a minha experiência como filha de uma mãe viajante também. Da parte da mãe, origem indiana, local que já tive oportunidade de visitar e de encontrar algumas características únicas da minha personalidade. Da parte de pai, origem italiana… um temperamento bem explosivo (risos). A minha mãe já percorreu o Mundo ao serviço da sua profissão e eu recordo-me de acompanhá-la desde tenra idade. Lembro-me de partilhar fruta com os índios de Canaima, na Venezuela; de fugir de elefantes enraivecidos no meio de África; de visitar Macau, o Leal Senado e as Portas da Cidade, antes mesmo da sua entrega à China; de descobrir os encantos do sossego em detrimento do tão inexplicável fascínio das pessoas por cidades como Nova Iorque ou Taiwan; e ainda de procurar entender culturas tão remotas como as dos Masai. E no meio de tudo isto, ter orgulho em ser portuguesa, por tudo o que já descobri nosso, lá fora.

Qual a próxima viagem de sonho?
Após tantas viagens intercontinentais, as minhas ambições ficaram mais comedidas. A próxima viagem de sonho será bem romântica, a dois e para uma capital europeia.

A azáfama profissional dá-lhe tempo e espaço para a sua vida pessoal?
Tempo nem por isso. Espaço, sempre.

Casar e ter filhos faz parte dos planos?
Faz parte dos planos de qualquer mulher sonhadora… E eu sou bastante. Não fosse aquariana (risos).

Em breve?
Isso é que é mais complicado para quem preza muito a sua independência.

Tem receio de ter de abrandar o ritmo profissional na altura em que deseje ser mãe?
Nunca. Quando chegar a altura de ser mãe, não há profissão que me impeça de o ser.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Paulo Lopes

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