Beto Perez
Milionário da zumba em Portugal

Famosos

É o autor do sucesso que junta a ginástica aeróbica aos ritmos latinos

Qua, 23/04/2014 - 23:00

Possivelmente o nome de Beto Perez não lhe diz nada. Porém, se dissermos que este colombiano é o inventor da Zumba, o caso muda de figura. Pois é! O instrutor de fitness que concebeu esta aula tão em moda nos ginásios de todo o mundo, esteve em Portugal para uma megaclasse da modalidade. Mas não só. Com uma fortuna avaliada em 500 milhões de dólares, o coreógrafo foi convidado pela Euronext para tocar o sino, que todos os dias, às 17 horas, encerra o movimento dos mercados. Nesta tarde, o encerramento foi feito ao som da salsa, um dos ritmos preferidos do colombiano e um dos que deu origem à Zumba. “Foi um acidente. Eu dava aulas de aeróbica e um dia esqueci-me da música e improvisei com as cassetes de música latina que tinha no carro.”
 
Natural de Cali, na Colômbia, o instrutor sabia que ali ia ser difícil vingar. Mas como o sonho comanda a vida, deixou a cidade natal e rumou a Bogotá, onde cresceu como pessoa e como profissional. “Em Bogotá tornei-me famoso, trabalhei com a Shakira e com outros artistas, sempre a coreografá-los. Lá, cheguei ao top, mas o meu sonho era viajar para Miami. Sempre me pareceu um bom ponto, porque era uma cidade exótica, tinha praia e fala-se muito espanhol.” O inglês sempre foi o seu calcanhar de Aquiles. Mesmo assim, não desistiu e mudou-se para Miami, atrás do sonho americano. “Não foi fácil, no início. Dormi duas noites na rua. Mas acabou por correr tudo bem.”
Mais de dez anos depois, a Zumba é um fenómeno. São mais de 15 mil os instrutores que garantem cerca de 50 mil aulas, em 75 países. A marca tem uma linha de roupa própria, DVD, CD e um jogo de computador. Mas Beto Perez ambiciona mais. Quer um filme sobre a Zumba, um musical na Broadway, um circo. Aos 44 anos, e com toda a fé que tem em Deus, continua a acreditar que tudo é possível desde que se queira muito. E que se trabalhe. “Não me surpreende o meu sucesso. Ele é resultado do meu trabalho de 27 anos. Eu sonhei com isto.”
 
Tal como desejou vir a Portugal. “Estou muito contente, há muito que queria cá vir. A comida é muito boa, as pessoas são lindas. Não imaginava que fosse um país tão lindo”, comenta, adiantando que conheceu Cascais e a zona da Expo, que comeu um peixe muito bom e… arroz. “É raro comer arroz e adoro!”, solta. É que, apesar da Zumba ser um exercício muito eficaz para a linha, a alimentação também tem de ser cuidada. Beto não descura essa parte. “Cuido-me muito. Não como açúcar, nem papa, nem carboidratos e treino todos os dias.” Uma receita de sucesso.  
 
Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Zito Colaço

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