Miguel Praia
MIGUEL PRAIA sonha com o pódio em Portimão

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O melhor piloto português de motociclismo corre este fim-de-semana no Algarve
É montado numa mota que Miguel Praia é feliz. O melhor piloto português de motociclismo de sempre regressa este fim-de-semana ao Algarve para disputar a última corrida do Mundial de Supersport.

Qua, 21/10/2009 - 23:00

É montado numa mota que Miguel Praia é feliz. O melhor piloto português de motociclismo de sempre regressa este fim-de-semana ao Algarve para disputar a última corrida do Mundial de Supersport. O objectivo, garante o piloto da Honda CBR 600 com o número 117, "é ficar entre os três primeiros classificados. Vai ser difícil vencer em Portimão, mas tendo em conta o profundo conhecimento que tenho da pista e o facto de estar a correr em casa ajudam. Terminar nos três primeiros é o sonho possível", garante.

Miguel Praia, de 31 anos, conseguiu a proeza de ser o único piloto português a pontuar nas motos de 600 cc de cilindrada. Rapidamente os planos da equipa mudaram: "Agora o objectivo passou a ser a solidificação da minha presença nesta classe e terminar sempre nos dez primeiros." Pode parecer modesto, mas não é: "O nosso campeonato nacional é muito fraco e eu tive de aprender e improvisar muito para fazer bons resultados no mundial", explica o piloto.

Por isso, os últimos tempos têm sido de rápida aprendizagem e de muito esforço. "Tenho de trabalhar mais do que os outros, ver muitos vídeos das corridas e aprofundar os conhecimentos técnicos", garante. Não é só o facto de ter entrado tarde no competitivo mundo das supersport que o obriga a colocar travão nos sonhos a curto prazo. "Eu sou um piloto mais alto do que a média e na classe de 600 o peso é muito importante, por isso tenho de andar sempre a controlar os quilos. Tenho de fazer muita ginástica e ginásio, mas sem pesos para não perder elasticidade."

Nascido em Portalegre, há alguns anos que vive em Albufeira, a poucos quilómetros do Autódromo de Portimão, inaugurado precisamente há um ano. É aí que passa grande parte do seu tempo, quer aos comandos da sua Honda quer a supervisionar a Racing School, onde ensina o comum mortal a lidar com máquinas com muitos cavalos e que atingem velocidades impressionantes.

Vive, literalmente, em risco. Mas isso não lhe tira o sono. "Depois dos sustos e das quedas é preciso não ter medo, mas isso não é algo que se aprende, é o que distingue os pilotos, é algo que faz parte desta profissão", explica.

Miguel Praia garante que mesmo quando vai a 300 km/h na sua Honda consegue ter a noção do que se passa nas bancadas. E, por isso, nada melhor do que no próximo dia 25 as bancadas de Portimão estarem coloridas com a bandeira nacional. "Vai ser um fim-de-semana de emoções fortes e algum nervosismo, mas fica prometida uma volta final com a bandeira nacional na mão."

Texto: José Lúcio Duarte; Fotos: Rui Renato; Produção: Manuela Costa; Agradecimentos: Cortefiel El Corte Inglés e Pedro Del Hierro

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