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MICHEL de França fala sobre o tempo que viveu em Portugal

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Leia a entrevista exclusiva na íntegra que o pai de CHARLES-PHILIPPE D’ ORLÉANS deu à VIP
O príncipe Michel de França esteve em Portugal para apoiar o lançamento do livro Reis no Exílio, escrito pelo filho, o príncipe Charles-Philippe d’ Orléans. Numa entrevista exclusiva, Michel de França conta que chegou a Portugal com cinco anos e que tem as melhores recordações do país.

Seg, 17/10/2011 - 23:00

 O príncipe Michel de França esteve em Portugal para apoiar o lançamento do livro “Reis no Exílio”, escrito pelo filho, o príncipe Charles-Philippe d' Orléans. Numa entrevista exclusiva, Michel de França conta que chegou a Portugal com cinco anos e que tem as melhores recordações do país que acolheu os condes de Paris, seus pais, durante o exílio da família real francesa.

VIP – O que acha do livro que o seu filho escreveu?
Príncipe Michel d' Orléans – Ainda não o li, mas estou muito orgulhoso. A ideia é brilhante, até porque desde 1949 não há um livro sobre esta época tão especial, que pertence à História de Portugal. Dei-lhe apoio.

Ajudou-o com fotos, histórias e informações?
MdO – Fotografias sim. Algumas fui eu que as tirei. Quanto às histórias, ele já as conhecia quase todas.

O príncipe é um dos protagonistas desta época. Que idade tinha quando chegou a Portugal?
Cinco anos.

Quais são as suas primeiras recordações?
Da nossa casa, na Quinta do Anjinho. Recordo-me que uma vez houve um incêndio e tivemos de ir morar temporariamente para a Quinta de D. Dinis em S. Pedro de Sintra. Lembro-me também de brincar com os meus irmãos e primos das outras casas reais. Foi uma época maravilhosa.

Na altura tinha consciência que os seus pais estavam exilados em Portugal porque não podiam entrar em França?
Não tínhamos ideia de nada. Eu era uma criança. Estávamos sempre todos juntos a brincar. Só mais tarde percebi que vivíamos exilados.

Como é que era Juanito, hoje o rei Juan Carlos de Espanha?
Era um primo com quem brincava. Dávamo-nos todos muito bem.

Depois cresceram, muitos partiram, mas voltavam sempre a Portugal?
Sim. Quando crescemos foi a época de querer sair. Éramos jovens, queríamos divertir-nos, dançar (risos)…

O que representa para si Portugal?
É um país que me diz muito, desde criança. Aprendi a falar português e venho cá com muita frequência porque gosto muito.

Sabe o que significa a palavra saudade?
Sei, mas não consigo fazer uma tradução. Saudade é Portugal.

Continua a ter relações com todos os membros das famílias reais que viveram aqui?
Sim, são meus primos e continuamos a dar-nos muito. Curiosamente, falamos pouco desta época.

Na Quinta do Anjinho estavam guardados os tesouros dos reis de França. A casa era mais um museu?
Depende da óptica. Um estranho que fosse lá poderia ficar impressionado com os quadros, os móveis, mas para mim era uma casa de família, a minha.

Mas percebia que eram príncipes, que descendiam de reis?
Sim, fomos educados a saber que éramos príncipes de França.

O que achou do seu filho casar em Portugal?
Foi uma questão de sorte, porque os Orléans estão dispersos quase em todo o Mundo. Achei que foi um casamento lindo.

E agora vai ser avô…
Mais uma vez! Este primeiro bebé para o Charles-Philippe é uma grande alegria.

Preferia um príncipe ou uma princesa?
É indiferente. Ele tem tempo de ter mais filhos (risos).

A palavra preferida do seu filho é ousar. E a sua?
Vida!

Texto: Alberto Madeira Miranda; Fotos: Bruno Peres

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