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JOANA PINTO DA COSTA não esconde que é a menina dos olhos do pai

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Aos 21 anos, afirma ter uma relação umbilical com o progenitor
Apesar de ser uma jovem independente, Joana tem uma forte ligação com o seu pai, com quem se aconselha sempre antes de tomar qualquer decisão na sua vida

Qui, 26/03/2009 - 0:00

Apesar de se dizer “indiscutivelmente” crescida e adulta, o desejo de JOANA PINTO DA COSTA era nunca ter crescido. Talvez por isto, esta menina-mulher alimenta a vontade de ser “eternamente pequenina”. Contudo, aos 21 anos, a filha de JORGE NUNO PINTO DA COSTA e FILOMENAMORAIS é uma mulher determinada e independente. Com um discurso coerente e decidida nas respostas, Joana fala de si à VIP e explica a cumplicidade que existe entre ela e o pai.

Conhecemo-la como a filha de Jorge Nuno Pinto da Costa. Mas quem é a Joana?
Não é fácil falar de mim. Sinto que sou indiscutivelmente crescida, adulta e independente. Ao mesmo tempo, tento sempre pensar que ainda não cresci, que não sou uma mulher. Por vezes, apetece-me ser eternamente pequenina.

Sente dificuldade em desprender-se da sua infância?
Fui habituada a viver tudo de uma forma ponderada, a viver as coisas no seu tempo e no seu lugar próprio. As pessoas hoje em dia têm muita pressa para crescer e eu não sinto isso. Não tenho pressa de nada na minha vida.

Ao mesmo tempo, a Joana é muito independente. Saiu de casa dos seus pais muito nova.
Sim, com 18 anos, quando fui estudar Política e Relações Internacionais, em Londres. Acabei por voltar um ano e meio depois. Não me habituei ao modo de vida de lá. As pessoas são muito diferentes e na altura eu era muito nova, o que dificultou o processo de adaptação.

Quando regressou a Portugal por que não voltou para casa da sua mãe?
Proporcionou-se ir morar sozinha. Sempre me considerei muito independente. Nunca fui agarrada aos meus pais, no sentido deles me controlarem. Nada disso. Desde o momento que fui morar sozinha não passei a fazer coisas que não fazia até então. O meu dia-a-dia continuou igual, com a diferença que à noite dormia na minha casa.

Por vezes não sente vontade de regressar ao lar da sua infância?
Sempre disse que quando alguém sai de casa dos pais, dificilmente volta. São hábitos e rotinas que se criam. Gosto muito da sensação de ter o meu espaço próprio. Vou a casa dos meus pais sempre que me apetece, até porque moro praticamente na mesma rua que eles.

A Joana é sempre assim, segura de si?
Sou tão segura e tão determinada que, por vezes, chego a ser teimosa. Depois acontece virar-se o feitiço contra o feiticeiro. Ao mesmo tempo encaro como uma virtude. Quando tenho opinião definida sobre algo, não vai ser por aquilo que os outros me dizem que vou alterar alguma coisa. Sou de ideias fixas.

É um pouco como o seu pai, certo?
Tenho uma forte relação umbilical com o meu pai. Sou muito ligada a ele. Não faço nada sem me aconselhar com ele. Sei que tenho abertura para tomar decisões sem o consultar, mas nunca o faço. A opinião dele tem sempre muita influência nas minhas decisões, não, só por ser o meu pai, mas por ser mais velho e por ter mais experiência de vida.

É conhecida a vossa cumplicidade. Como é a vossa relação?
Somos, indiscutivelmente, bons amigos. Recorrer a ele em todas as situações é algo automático. A opinião dele é sempre a mais correcta. Sempre tive e tenho uma ligação mais próxima com o meu pai do que com a minha mãe. Apesar da minha idade, continuo a ser a menina dos olhos do meu pai.

A sua mãe não sente uma pontinha de ciúmes por isso?
Não tem de sentir. Encaro a proximidade com o meu pai com o velho ditado de que as meninas são mais ligadas ao pai e os meninos à mãe. Cresci ao lado da minha mãe e, devido à circunstância da separação dos meus pais, passei o final da minha infância e a minha adolescência só com a minha mãe. Ainda assim, os laços com o meu pai nunca se desfizeram. Antes pelo contrário.

Como encara toda a exposição mediática que existe em volta da sua família?
Passa-me ao lado. Não ligo a isso. Não vivo o meu dia-a-dia a pensar que não posso fazer alguma coisa e não deixo de sair de casa por causa disso.

Mas admite que não gosta…
Acho que sou menos conhecida do que pensam. Mas não escondo que tento sempre passar despercebida. Faz parte do meu feitio. Quando estou com os meus amigos sou extrovertida, quase nunca me calo. Mas quando sinto que há alguém que eu não conheço, fecho-me e fico quieta no meu canto. Falo o menos possível e tento que não reparem em mim.

Faz isso por ser filha de quem é ou é envergonhada?
Nunca tive, nem tenho, uma vida diferente pelo facto de ser filha de quem sou. No colégio onde estudei nunca me viram como a filha do meu pai, mas como eu própria. E ainda Para Joana, a moda é um passatempo, uma vez que a licenciatura é prioritária na sua vida 52 bem que nunca senti essa diferença. E não se trata de ser envergonhada. É mais timidez.

Estuda Ciências do Desporto. Foi mais uma influência do seu pai?
Quando entrei para a faculdade, entrei para Direito. Essa sim era a vontade do meu pai.

Por que desistiu do curso?
Estudei Direito durante um ano e, como não gostava do curso, perdi a motivação. Acredito que daria uma boa advogada, mas, ao mesmo tempo nunca iria conseguir defender causas que eu soubesse que, à partida, não seriam verdade, isso nunca conseguiria fazer e seria sempre o meu problema e a minha lacuna na profissão.

E por que se virou para o desporto?
As duas coisas de que eu mais gosto são animais e desporto. Seguir um curso que envolve o meio animal nunca poderia ser porque não era a minha área, então optei pelo desporto. É algo que permite que eu dê largas à minha liberdade de expressão e criatividade.

Onde pensa que esta carreira a poderá levar?
Sinceramente, nunca pensei nisso. Não penso na minha vida dessa forma. Quando terminar a licenciatura pretendo fazer uma pós-graduação e consoante a área que eu escolher para me especializar, é que vou começar a perceber onde isto me vai levar.

Voltar a sair de Portugal é uma hipótese?
Completamente. Pondero ir fazer a pós-graduação no estrangeiro, mas tudo vai depender da altura e da área que eu escolher no final.

Acredita que por ter crescido no mundo do futebol é mais fácil vencer nesta área?
O meio acaba sempre por nos influenciar. Se calhar, se não tivesse crescido neste ambiente, nunca me teria despertado o interesse por esta área. Mas não tenho “as costas quentes”. O ser humano julga sem saber e sem conhecer. As pessoas falam de mim, mas esquecem-se que quando eu nasci o meu pai já era presidente do Futebol Clube do Porto há seis anos. Nunca vi o meu pai ser de outra maneira.

E o gosto pela moda, como é que despertou em si?
É algo que sempre me despertou a atenção. Comecei por brincadeira, quando fui convidada para desfilar para uma marca de roupa, participei e gostei muito.

Demonstrou muito à-vontade durante a produção fotográfica…
Não acho que faça isto tão bem como deveria fazer. Tenho muitas coisas para corrigir. Aquele tipo de coisas que o meu lado tímido inibe. Estive sempre a pensar: “E se não corre bem?” Mesmo depois de terminar a sessão pensei que poderia ter corrido melhor.

Pensava duas vezes se tivesse oportunidade de ter uma carreira só na moda?
Claro que sim. E acredito que não aceitava. A minha vida não passa por isso. A minha prioridade é o meu curso e isto é um passatempo.


Texto: Micaela Neves; Fotos: Rui Costa; Produção: Manuela Costa: Maquilhagem e Cabelos: Ana Coelho, com produtos L´Oréal e Maybelline Professionnell. Agradecimentos: Hotel Sheraton Porto e Miss Sixty

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