Melânia Gomes
“Hoje sinto mais vontade de ser mãe”

Famosos

No Brasil, Melânia Gomes fala da relação com
Mário Redondo e a vontade de construir família

Qui, 26/09/2013 - 23:00

É uma das principais caras da estação de Queluz e está a passar uma temporada de dois meses no Rio de Janeiro. Apesar de ter como principal objetivo o estudo da representação, Melânia Gomes tem aproveitado para conhecer a cidade e deliciar-se com a sua Natureza. Em entrevista exclusiva para a VIP, Melânia Gomes fala sobre os sonhos, a vontade de ser mãe e a de construir família ao lado do marido, Mário Redondo, que garante ser o seu “porto seguro”.

VIP – Esta é a primeira vez que vem ao Rio de Janeiro. Como tem sido ficar longe de Mário Redondo?
Melânia Gomes – Nós conseguimos falar todos os dias pelo Skype. Ele apoiou-me muito e é o meu melhor amigo. Está ao meu lado em todos os momentos. O Mário sabia que estudar no Rio de Janeiro sempre foi um dos meus grandes sonhos e ajudou-me em tudo. Só não veio também porque estava muito ocupado com outros trabalhos. Para além disso, dois meses [tempo em que ficará no Rio de Janeiro] passam rápido.

Como é a vossa relação ?
Nós damo-nos muito bem, compreendemos um ao outro e temos um grande respeito um pelo outro. Acho que esse é o segredo de uma relação de sucesso.

Estão juntos há quatro anos. O que diria que a encantou nele?
O talento, o trabalho, a calma e a segurança. Eu sinto-me segura e amparada ao lado dele. O Mário, a minha família e os amigos próximos, queridos, são o meu porto seguro.

Tem vontade de ser mãe?
Daqui a alguns anos sim. O Mário quer ser pai na mesma intensidade que eu quero ser mãe. Mas com calma… Preciso de liberdade para trabalhar. Para ser mãe é preciso ter estrutura e tempo. A rotina muda… mas gosto da ideia. Antes não pensava em engravidar. Agora sim.

É muito conhecida em Portugal. Lida bem com a fama?
Em Portugal não é como no Brasil. Claro que há algumas pessoas que sofrem mais, porém, o segredo é ser natural. A minha profissão leva à exposição, temos é de saber lidar com isso e impor limites.

É uma mulher perfeccionista no trabalho e na vida?
Sou bastante. À medida que vou ficando mais velha vou fazendo uma triagem daquilo que vale a pena. Se achar que não vale a pena, não faço, e isso torna tudo mais fácil.

Quando recebe um convite o que a leva a aceitar o trabalho?
A história, as pessoas com quem vou trabalhar. Prefiro trabalhar com bons atores e com boas pessoas. Um bom ator identifica o outro e há um respeito imediato. Podem até não se dar bem pessoalmente, mas há esse respeito em cena. Por isso, é que prefiro trabalhar com bons profissionais. E ver se a personagem é diferente, se vale a pena.

O mercado, tanto no Brasil quanto em Portugal, é muito concorrido. Não fica receosa de dizer não a um trabalho e fechar portas?
Fico. Tenho medo, mas a vida é curta e temos de fazer aquilo que gostamos e que acreditamos. Dizer “não” às vezes é preciso. Hoje em dia, a realidade para um trabalho em televisão é complicada e houve uma diminuição nos valores dos contratos.

Sentiu isso?
A diminuição dos ordenados aconteceu devido ao que está a acontecer no mundo, uma crise que a Europa está a atravessar… os cortes estão em todo o lado. Temos de ser solidários com o povo e com o nosso país. É com as grandes crises que o mercado se revitaliza. Na crise, às vezes, a criatividade acaba por vencer. Tento ver sempre as coisas pelo lado positivo.

Assim como Ricardo Pereira e Paulo Rocha, também pensa em vir morar no Rio de Janeiro e investir na sua carreira aqui?
Neste momento estou de alma e coração na TVI, com a Plural, e amo o meu país. Quanto mais viajamos, mais gostamos de Portugal. Sinto falta da minha cidade… Não há país melhor para se viver que Portugal.
Enquanto atriz, se essa oportunidade surgisse, iria pensar e ver o que seria melhor.

Diz que não gosta de fazer planos futuros e que prefere viver o agora. Em que momentos a vida a apanhou realmente desprevenida?
A vida sempre me surpreendeu. Não gosto realmente de falar no futuro. Quando falo em pregar partidas, sempre foram boas partidas. Sair da minha cidade natal e ir para Lisboa fazer teatro amador e logo tornar-me atriz na televisão foi uma grande e excelente surpresa.

Então sente-se privilegiada por ser contratada como uma das estrelas da TVI?
Sinto que em Portugal e na Europa, as coisas vão melhorar, já se começa a ouvir falar de alguns sinais de mudança. A situação vai-se inverter. O mercado é muito competitivo, o que é bom para todos nós, temos trabalho e a possibilidade de sair de um canal e ir para outro. Quanto ao facto de ser exclusiva, sinto-me abençoada porque há atores maravilhosos portugueses que nunca tiveram contrato. Sinto-me em casa na TVI. Depois de ter feito tantos bons projetos que me levaram a outro nível de reconhecimento das pessoas, é impossível não me sentir assim.

Esta é a primeira vez que vem ao Rio Janeiro. O que mais lhe chamou atenção por aqui?
O povo é muito mais calmo. É relax (risos), como vocês dizem aqui. As pessoas falam sobre o transporte e a segurança, mas, na verdade, não é assim. As pessoas “pintam” as coisas, mas não realidade não é bem assim. Para não dizer que a comida daqui é uma delícia. Quando chegar a Portugal entro em dieta. O que realmente me encanta aqui é a Natureza da cidade. Não há explicação. Parece que a cidade foi desenhada pelas mãos de Deus. Todos os lugares são maravilhosos.

Por falar em lugares, que pontos turísticos acha obrigatório visitar?
Corcovado, Pão de Açúcar, Prainha, as praias de Copacabana, Ipanema e Leblon. Na Lapa existe uma casa chamada de Barzinho, que é um máximo. A comida é deliciosa e a decoração é muito linda.

Quando voltar para Portugal, o que leva na mala de recordação do Brasil?
Levo pessoas queridas que conheci no meu coração, histórias engraçadas. Levo esta calma que o carioca tem e a certeza de que tudo vai ficar bem. Esta tranquilidade é uma das características que me impressionaram. Sou uma pessoa muito preocupada, não gosto de chegar tarde, gosto de tudo muito organizado, e ter vindo para cá foi uma experiência muito diferente. É uma lição que levo para a vida.

E o presente do “maridão”, o Mário? O que lhe vai levar?
Ainda não pensei em nada. Ele tem tudo. Provavelmente vou levar algo ligado à Natureza, mas será uma surpresa.

Texto: Márcio Gomes; Fotos: Vítor Campos; Produção: Constança Whitaker; Maquilhagem: João Velasquez

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