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“Gosto muito de lidar com pessoas”

 Filho de Vítor Silva fundador do grupo Axis Hotéis e Golfe, começou muito cedo a envolver-se na
actividade familiar. Começou pela recepção e chegou a administrador. Nasceu há 35 anos numa pequena aldeia dos arredores de Viana do Castelo e é pai de três filhos: dois rapazes, o António Diogo e oRicardo Filipe, respectivamente com sete e nove anos, frutos do primeiro casamento, e uma menina, a pequena Alice, de nove meses, resultante da união com Helena Sofia Pinho da Silva.

VIP – Apesar de ser "o filho do patrão" não quis começar pelo topo. Porquê?
Filipe Silva– Achei que era importante ter um conhecimento profundo da todas as realidades e sectores da empresa. Comecei a trabalhar na recepção, depois no bar, no restaurante, na contabilidade. Estive ao lado do director nacional quando abrimos o Axis Golfe de Ponte de Lima, ao mesmo tempo que recomeçava os estudos, no Instituto Politécnico de Viana, depois de os ter interrompido na altura em que nasceu o meu primeiro filho e pensava que ia conseguir conciliar todas as coisas.

Como é o seu dia-a-dia?
Levanto-me às sete da manhã, das sete e meia às oito e trinta para ir ao ginásio. As manhãs são, em geral, passadas no escritório, a tratar de vários assuntos, e as tardes em visitas às unidades do grupo e reuniões com clientes fornecedores e outros. Ao fim do dia tenho as aulas e geralmente regresso a casa bastante tarde. Isto vai alterar-se um pouco no próximo Verão quando terminar o curso e puder dedicar mais tempo à família, que é o que mais desejo.

Quais são os seus destinos de férias preferidos?
Gosto muito de Portugal e do Norte de Espanha e também do Algarve. Para mim, Portugal é uma única região de turismo. Sou bairrista, gosto muito de viver no Norte, mas sou um apaixonado pelas belezas de Portugal inteiro.

Os destinos exóticos não o atraem?
Não. Gosto da estabilidade ambiental, com segurança e sem surpresas climatéricas. O risco não me atrai e ia detestar ver as minhas férias interrompidas devido a uma tempestade ou outra catástrofe natural, como já tem acontecido com outros.

Está casado há um ano e meio. Como é que conheceu a sua mulher?
Conheci a Helena no liceu, quando tinha os meus 15 anos e nessa altura chegámos a ser namorados. Depois seguimos caminhos diferentes e, numa altura em que ambos estávamos disponíveis, reaproximámo-nos graças a familiares e amigos comuns. Recomeçámos a namorar e casámos muito rapidamente. E, curiosamente, isto aconteceu numa altura em que nenhum de nós sentia uma grande vontade de voltar a casar.

A família tem sido determinante para o seu sucesso?
A minha família alargada, pais e irmãs, é fundamental, é muito importante, porque a nossa actividade profissional é desenvolvida em conjunto. Tenho uma mãe-galinha e um pai sempre atento, que me orienta, apoia, aconselha e tem sempre razão. A família nuclear, a minha mulher e a minha filha, dão-me todo o apoio e estabilidade de que necessito para desenvolver os negócios e o trabalho.

Começou a trabalhar nesta actividade por prazer ou por dever?
Gosto muito de lidar com pessoas e por isso foi uma felicidade para mim o meu pai ter iniciado este tipo de negócio. Este é um negócio que dá prazer às pessoas: o prazer de comer bem, de dormir bem e de se sentir satisfeito. É um negócio em que se conhece muitas pessoas de todas as camadas da sociedade e isso é muito enriquecedor.

É sua intenção juntar mais algumas às unidades de Ponte de Lima, Viana do Castelo, Ofir, Póvoa de Varzim e Porto?
Estamos a pensar alargar a nossa cadeia a outras regiões do País e também ao estrangeiro, mas, como dizia o senhor Hilton (fundador da cadeia com este nome), "os hotéis dirigem-se com os pés" e é muito mais fácil caminhar para os gerir quando estão próximos de nós.

Texto: Teixeira Lopes; Fotos: Rui Costa

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