Cinha Jardim
“Gostava de ter uma quinta”

Famosos

Apaixonada por animais, a socialite fala do seu sonho

Qua, 10/10/2012 - 23:00

Cinha Jardim estreou-se na escrita com um conto infantil intitulado Kiko e Juanita Ajudam o Ralph. A obra, lançada no Dia do Animal, é dedicada aos “grandes amores” da sua vida: o neto Francisco e a cadela Juanita. Em entrevista à VIP, numa altura em que a sua relação com William Hasselberger passa por uma fase tranquila e discreta, Cinha fala do seu gosto por animais e fala do seu sonho: abrir uma quinta pedagógica.

VIP – Como surgiu este novo projeto ?
Cinha Jardim – O convite surgiu da Arkheion Kids. Quando me abordaram pela primeira vez queriam que escrevesse um livro relacionado com os preparativos do casamento da minha filha. Não aceitei porque ainda não tinha a experiência. Gosto de fazer as coisas bem feitas. Contudo, continuamos a conversar e falou-se no nome do meu neto e da Juanita, que são os meus grandes amores, a minha ocupação máxima. Fartei-me de contar histórias de como a Juanita protege o Francisco. Disseram-me que tenho muito jeito para contar histórias e propuseram-me escrever um conto infantil. E aceitei. Gosto imenso de crianças e de animais. Preocupo-me imenso com eles. Cada vez mais está a aumentar este flagelo horrível que é o abandono dos animais. As instituições estão cheias de cães abandonados. Fiz uma história com o meu neto e a Juanita e um cão abandonado. Assim chamo a atenção para este problema.

Portanto, transmite uma lição de vida para os mais pequenos?
Exatamente. Para que se habituem e cresçam a saber o que é este flagelo dos animais abandonados e para aprenderem a ter mais respeito pelos animais. Com o princípio de que o cão é o melhor amigo do Homem. Este livro também ganhou muito com os desenhos do Sebastião Peixoto que são fantásticos. E também tem uma vertente solidária: vai ajudar uma instituição. Por cada livro que vender, a Pedigree Pal oferece a alimentação a um cão da Associação de Defesa e Proteção dos Animais Abandonados Coração 100 Dono, situada em São Brás do Alportel, no Algarve. Andei à procura de algumas associações e esta tem grandes dificuldades financeiras. Por isso, estou tão empenhada neste projeto.

Conseguiu arranjar tempo para escrever o livro uma vez que está ocupada com os preparativos do casamento da Pimpinha?
Já escrevi o livro em junho e julho quando, por motivos pessoais, tive de ficar em casa. Foi quando fiz a estética. Quando estava na recuperação, aproveitei para escrever. E também é um conto simplicíssimo, não sou nenhuma escritora, nem pretendo armar-me nisso. Claro que as minha filhas foram me ajudando. Está um conto infantil simpático, com uma mensagem muito importante, tanto para os mais novos como para os adultos.

Não pensa adotar mais cães para fazerem companhia à Juanita?
Para já não. Mas um dia vou acabar, se tiver saúde e dinheiro, numa quinta com muitos animais. Já tive uma porca, a porca Camila da Quinta das Celebridades. Ela durou seis anos. Infelizmente, depois morreu, mas foi de velha. Tinha uma relação impressionante com ela… Tive também uma cobra, que herdei de um amigo que morreu. O gosto pelos animais já vem de pequenina.

Como estão a correr os preparativos do casamento da sua filha?
Estão a correr muito bem. A Pimpinha vai lindíssima.

Está ansiosa que o dia chegue?
Estou ansiosa e estou feliz por estar cá e poder acompanhar este dia. Infelizmente o pai não está, mas eu já sou pai e mãe há muito tempo e serei pai e mãe naquele dia também. Embora o lugar do pai ninguém possa substituir. Mas temos de ter forças e achar que o pai estará sempre aqui e pensar que ele vai estar lá a olhar por ela.

Está afastada da televisão desde o início do ano. Como é que ocupa o seu tempo livre?
A tomar conta do meu neto. Vou buscá-lo ao colégio…. a cuidar da Juanita. A Isaurinha também ainda está em casa e precisa muito do meu apoio. E não quer dizer que isto seja a minha reforma…

Ainda espera voltar a televisão?
Eu não sei muito bem o que vou fazer, mas sei que vou trabalhar. Estive agora oito meses a descansar.

Encara este período como umas férias?
Exatamente. Cheguei a um ponto da minha vida em que tenho de ponderar melhor o que vou fazer. Tenho tido mais tempo para estar com a minha família. A Pimpinha, o Francisco e o meu neto passam todos os fins de semana em minha casa. E depois tenho-me entretido com outros trabalhos que vão surgindo.

Ainda tem algum sonho por realizar?
Como lhe disse anteriormente gostava de ter uma quinta pedagógica, tratar dos animais, mas com condições. Estou a tentar lutar por isso e acho que vou conseguir. Posso dizer-lhe que tudo aquilo que tenho pensado na minha vida tenho conseguido. Acho que isto é muito bom.

Faz, portanto, um balanço positivo do seu percurso de vida?
Sou positiva por natureza. Tenho uma maneira de ver a vida muito agradável. Acho que isto é uma passagem e temos de deixar aqui alguma coisa feita e dormirmos descansados sem fazer mal aos outros.

É uma avó muito “babada”. Não pede mais um neto à Pimpinha?
Não, nem quero já. Eu só tive a Isaurinha quando a Pimpinha tinha sete anos. Gosto de me dedicar totalmente. Só não sei se a Pimpinha irá fazer o mesmo que eu fiz, esperar tanto tempo.

Fez recentemente um intervenção estética ao rosto. O que a levou a recorrer a um cirurgião plástico?
A medicina está tão evoluída que, fazer o que eu fiz, é como uma ida ao dentista ou ao médico. Muitas vezes o aspecto físico traz instabilidade na vida da pessoa. Não era isso que me estava a acontecer porque não estava um pergaminho. Mas já não sentia que a minha cara estivesse a condizer com o meu espírito: ou não cresci de espírito, ou envelheci muito cedo com o trabalho e com tudo o que eu tenho feito para sobreviver e para estar neste mundo. Toda a gente acha que na minha vida há só coisas boas, mas não. Já tinha pensado em fazer a intervenção no ano passado, mas ainda estava a trabalhar. Este ano coincidiu com estas férias. Falei ao meu querido Francisco Ibérico Nogueira. Ele disse que já estava há minha espera há três anos. Mesmo assim, adiei duas vezes. Mas fiz uma pequena intervenção. Mantenho as minhas rugas de expressão. Não gosto de pessoas com uma pele muito esticada. Fiquei muito feliz quando percebi que as rugas dos olhos não tinham sido tiradas. E se for preciso fazer outra no futuro, não tenho problema nenhum. De resto sou uma pessoa feliz. Nada me tira o sono, nem o sossego da minha vida. Atingi já isto há uns anos e tenho mantido. Difícil é mantermos, não é chegarmos lá.

Texto: Ricardina Batista; Fotos: Paulo Lopes; Produção: Manuel Medeiro; Maquilhagem e Cabelo: Ana Coelho com produtos Maybeline e L’Oréal Professionnel

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