Marco Pigossi
Galã com medo de ser chato

Famosos

O ator fala à VIP de Juvenal, a sua personagem na novela Gabriela

Sex, 14/12/2012 - 0:00

Depois de terminadas as gravações de Gabriela, Marco Pigossi não tirou férias e já está a trabalhar no teatro, com a peça O Olho da Falecida. Porém, em Portugal, Juvenal, que se apaixona por Lindinalva, ainda pode ser visto diariamente na SIC. Em exclusivo para a VIP, Marco Pigossi falou do seu projeto de trazer o espetáculo que está a fazer para os palcos portugueses e sobre Portugal; país que já conhece e sobre o qual tem boas memórias. “Gostei muito da gastronomia e a forma carinhosa com que fui recebido. Portugal é uma terra linda e de pessoas calorosas”, afirma o ator.

VIP – Gabriela já acabou no Brasil, mas em Portugal está a ser um verdadeiro sucesso. Qual o balanço que faz do trabalho de Walcyr Carrasco? Como foi dar vida a Juvenal Leal?
Marco Pigossi – O Juvenal foi um personagem muito especial. E trabalhar com o Walcyr Carrasco é sempre um prazer. Adoro o trabalho dele, porque é um autor muito competente, um génio da dramaturgia.

Já sente saudades dos amigos que fez em Gabriela?
Eu comecei a ensaiar a peça quando ainda estava a gravar Gabriela e foi tudo muito rápido na reta final. Não tive tempo de me despedir do Juvenal porque já estava a trabalhar o texto da peça O Olho da Falecida. Mas claro que bate aquela saudade e tenho muitos amigos com quem mantenho contacto e que trabalharam comigo em Gabriela.

Qual foi o maior desafio que encontrou para dar vida a Juvenal Leal?
A pureza dele, a forma despretensiosa do Juvenal de pensar e de se expressar era algo muito subtil e precisei de ter cuidado com isso. Tive medo de deixá-lo chato. Parece fácil, mas deixá-lo atraente, sem cair no lugar comum deu muito trabalho.

O que sente ao saber que o seu trabalho é visto por milhares de fãs portugueses?
Sinto-me muito lisonjeado por poder mostrar o meu trabalho em Portugal. Fico feliz que os portugueses estejam “curtindo” Gabriela, que foi uma novela linda e com um texto muito brasileiro. Acho o máximo essa globalização. Só tenho a agradecer pela oportunidade de poder dar vida a um personagem como o Juvenal.

O que acha de Portugal?
É uma terra linda, com pessoas calorosas, um lugar de uma boa comida e de bons vinhos.

Já esteve em Portugal?
Já estive sim. Mas na época eu não era conhecido no país como ator. Portugal é um país lindo e encantador. Posso-lhe dizer que eu comi muito bem quando estive por lá.

Antes de Gabriela, deu vida ao personagem Rafael, de Fina Estampa [em exibição na SIC ao final da tarde]…
O Rafael foi bem especial na minha carreira. Os vilões são deliciosos de serem compostos. Ele foi se regenerando através do amor pela Amália (Sophie Charllotte). Eu e a Sophie trabalhámos para dar a química necessária para o casal.

Outra novela de sucesso foi Ti-Ti-Ti. Que boas recordações guarda desse trabalho?
As melhores possíveis! Um vilão é sempre um personagem especial, delicioso de compor.

Em Caras & Bocas deu vida ao divertido Cássio. Foi o seu personagem mais popular?
Sim! Ele marcou minha carreira na TV e as pessoas ainda hoje me falam dele.

Hoje, aos 23 anos, com cinco novelas no currículo, sente-se mais seguro na profissão?
Gosto de superar minhas próprias expectativas. Essa inquietude é essencial para um ator.

Como sente a sua evolução enquanto ator?
Apesar do meu currículo, sinto que estou no início de uma longa estrada e tenho muito a aprender.

A sua mãe é fisioterapeuta e o seu pai é médico. Pensou em seguir a carreira deles?
Não, nunca! Faço teatro desde muito novo e ser ator foi sempre a profissão que eu quis para mim.

O que gosta de fazer nos tempos livres?
Adoro ler e viajar.

Como foi a estreia da peça O Olho da Falecida?
Esta é a minha primeira produção teatral. Estou muito feliz, trabalhei bastante para este projeto.

Faz planos de trazer a peça para Portugal?
Sim, gostaria muito. E vou fazer muito gosto se receber o convite.

Texto: Márcio Gomes; Fotos: Divulgação/ Sergio Santoian

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