Micaela Oliveira
Faz um balanço de 2014

Famosos

“Sinto-me abençoada”

Sex, 26/12/2014 - 0:00

“Adoro desafios”. Foi por isso que Micaela Oliveira não pensou duas vezes quando decidiu apostar num novo mercado: o da roupa para o dia-a-dia. Conhecida pelos seus vestidos de noiva e de gala, a estilista da Trofa lançou recentemente She, uma coleção casual que promete fazer a diferença.  O segredo para tanto sucesso é a “dedicação” e o “carinho” que empresta à sua profissão. “Infelizmente, poucos são os privilegiados que fazem o que gostam”, lamenta. 
 
VIP – Acaba de lançar um novo desafio profissional: She, uma coleção de roupa para o dia-a-dia. Como está a correr?
Micaela Oliveira – Está a superar todas as minhas expectativas. Criei esta nova linha pois as solicitações das minhas clientes eram muitas e resolvi fazer um teste ao mercado.
Há quanto tempo sentia necessidade de apostar noutra área que não os vestidos de noiva e de gala?
 Foi um desafio que se impôs devido à necessidade do mercado. Pontualmente, já criava peças mais casuais, pois as minhas clientes estão habituadas a roupas criadas de forma a valorizar alguns aspetos e atenuar outros e, por vezes, não encontravam no mercado peças que satisfizessem as suas exigências. O corte, a qualidade dos tecidos e das peças, bem como todos os pormenores que foram pensados para a She fazem a diferença.
 
Qual é a sua peça preferida desta coleção?
Sou suspeita, mas acho que é uma coleção versátil e tem uma panóplia de estilos diversificados e que se pode usar em variadíssimas ocasiões.
 
Onde é que as peças podem ser adquiridas?
Pode-se adquirir a She em lojas multimarcas. Acaba também de abrir a primeira loja monomarca, em Felgueiras.
 
Esteve recentemente no Mozambique Fashion Week. O mercado africano é a sua aposta futura? 
Sem dúvida. Fui convidada para encerrar, à semelhança do ano passado, os desfiles de estilistas internacionais da Vodacom Mozambique Fashion Week. Este ano assinalou-se o 10.º aniversário do evento.
 
No meio de tantos projetos, tem tempo para si própria?
Tento. Gosto de viajar, mas mesmo nesses momentos estou a trabalhar, a absorver culturas, estilos, cores, um sem-número de inspirações que mais tarde se refletem nas minhas criações.
Que memórias guarda da sua infância, quando começou a apaixonar-se pela moda?
Muito boas. A infância é, sem dúvida, o melhor que guardarmos das nossas vidas.
 
O seu percurso começou de uma forma autodidata. Que dificuldades enfrentou?
Nenhuma, felizmente. Sempre senti o meu trabalho muito acarinhado e reconhecido. Mantenho ainda hoje um cariz autodidata, mesmo depois de frequentar diversos cursos, pois o facto de tirar um curso dá-nos conhecimento, mas não dá nenhuma garantia de sucesso. 
 
Qual é o segredo para tanto sucesso?
A dedicação, o empenho e carinho que dedico à minha paixão. Infelizmente, poucos são os privilegiados que fazem o que gostam.
 
Estamos em pleno Natal. Esta época já alguma vez a inspirou para as suas criações?
Esta é uma época carregada de simbolismo e alegria, em que celebramos a vida. Apesar de nunca me ter inspirado nela, esta época reflete bem as minhas criações.
 
Quais são as tradições que segue no Natal? 
As mais tradicionais possíveis. A família fica toda reunida: primos, tios e outros familiares que se juntam nesta época tão recheada de amor.
 
O que não pode faltar na sua mesa de Natal? 
O bacalhau, sem dúvida, e aqueles doces que “fazem muitíssimo bem à dieta” como os sonhos, as rabanadas e o queijo da Serra…
 
Que balanço faz de 2014?
Faço um balanço positivo. Este foi um ano em que lancei as linhas White em moda nupcial e a She. Tenho também um atelier para as peças exclusivas. Sinto-me muito feliz e abençoada.
 
Que projetos tem para o próximo ano?
Tenho alguns. Adoro desafios, mas sou muito ponderada e consciente, por isso tudo a seu tempo.  
 
Texto: Ricardina Batista; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Manuel Medeiro; Maquilhagem e cabelos; Atelier Paula Lage – Braga 

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