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Defendem João Manzarra das críticas

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O apresentador está a ser alvo de polémica nas redes sociais

Qua, 30/09/2015 - 13:39

João Manzarra viajou até à Eslovénia para ajudar refugiados. Juntamente com um grupo de portugueses, o apresentador tem distribuído mantimentos e roupa pelos campos de migrantes.

 

No Facebook, João tem partilhado testemunhos e vídeos do que está a viver e tem sido muito criticado. “Foi aí à Eslovénia só para aparecer nas capas de revista, fazer não se sabe muito bem o quê”, lê-se num dos comentários.

 

Aplaudindo a iniciativa da cara da SIC, Nuno Markl e Ana Galvão escreveram publicações a defendê-lo, que Jessica Athayde partilhou.

 

Leia as declarações depois do vídeo que o apresentador mostrou aos seguidores.

 

Pessoas a fugir da guerra.

Posted by João Manzarra on Terça-feira, 29 de Setembro de 2015

 

Nuno Markl: “Eu sou péssimo a matemática, mas acho que consegui aqui fazer um cálculo porreiro: se cada pessoa que urra no Facebook “AJUDEM MAS É OS PORTUGUESES EM DIFICULDADES!” desse 1 euro – UM EURO – para ajudar os portugueses em dificuldades, conseguia-se uma bela maquia para ajudar portugueses em dificuldades.”

 

Ana Galvão: “Há comentários no Facebook que me deixam desvairada por serem tão negativos e agressivos e sobretudo por não serem minimamente úteis a nada. O João Manzarra (podem ver os relatos no Facebook dele) partiu, com outros portugueses, numa missão que visava ajudar, como fosse possível, os refugiados que fogem da crueldade da guerra (daquelas crueldades que nós nem nos nossos piores pesadelos vivenciamos) em condições deploráveis, com bebés encharcados pela chuva debaixo dos braços, sem saber se há comida amanhã, e que se encontram em campos com condições péssimas à espera, numa fronteira, de algo, nem se sabe bem de que. Ora, estes portugueses, uma percentagem minúscula em Portugal, decidiram meter-se a caminho, com um tremendo par deles, para levar roupa, mantas, mantimentos, e com uma leve esperança de poder acelerar e entrada de alguns dos refugiados pois as temperaturas já começam a ser muito agrestes pelos lados onde estão . E nisto tudo, enquanto estes portugueses estão a regressar após dias a dormir em sítios improvisados, a guiar horas e horas sem parar, investindo tempo e dinheiro e faltando aos seus trabalhos e à sua vida própria, há um número insano de pessoas que começaram a disparar comentários altamente negativos contra esta façanha. Os argumentos são os mesmos de sempre: Porque não ajudar uns e ajudar outros. Ora, eu própria me questiono sobre até que ponto em Portugal, cá dentro, é necessária uma tremenda ajuda também, há gente que passa mal (não mais esquecerei a reportagem da RTP 1 sobre as crianças com fome no nosso país que comem o que apenas lhes dão na escola) e até que ponto um despertar é obrigatório dentro de portas, não só sob o ponto de vista de ajuda imediata mas também sob o ponto de vista de quebrar o sistema estabelecido. E isto é uma consciência que tem sido acordada por causa de toda esta questão dos refugiados. O que acho é que é possível fazer o bem, ponto final, fora e dentro. Os que tiveram um chamamento urgente em ir ajudar os refugiados devem ser admirados por isso, e é uma percentagem tão minúscula (por enquanto) que não seria graças a eles que Portugal se transformaria num país sem necessidades. Os que de repente se lembraram do seu país por causa disto que sejam admirados pelo facto de se lembrarem dos seus, mas sobretudo, porque podem fazer algo. Se todas as pessoas que se deram ao trabalho de insultar este grupo de portugueses (nomeadamente o Manzarra, dizendo barbaridades como “fazes isto para seres famoso” como se ele já não fosse, ou então “achas que te vão abrir portas lá fora só porque és conhecido” o que é sumamente ridículo) voltando ao fio à meada, se todas as pessoas que se deram ao trabalho de insultar este grupo de portugueses pusessem mãos à obra num aclamado : “Sim senhor, estes tipos foram ajudar refugiados, eu não concordo, prefiro ajudar quem passa mal no meu país, começo já amanha”, aconteceria em Portugal uma coisa épica e realmente bonita de se ver. Agora não concordar, insultar, e não fazer absolutamente nada a não ser disparar barbaridades através de um teclado, fechar o computador e ir para a vidinha descansadinho, é horrível, desumano, e não serve para absolutamente nada.”

 

Relembre aqui mais histórias de refugiados.

 

Texto: MDA; Fotos: Impala e D.R.

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