Pedro Lima
Fala da família e dos sonhos por concretizar

Famosos

“Eu sou o operário, a artista lá em casa é a Anna”

Sex, 14/02/2014 - 0:00

Aos 42 anos, tem entrado em novelas sucessivas porque, como diz, precisa de representar como do ar que respira. Protagonista de O Beijo do Escorpião, a nova aposta de horário nobre da TVI, Pedro Lima assume-se como um ator maduro, que cresce diariamente como ser humano e como homem de família. É pai de Ema, de oito anos, Mia, de seis, e Max, de três, com a ceramista Anna Westerlund, e de João Francisco, de 14, fruto do casamento com Patrícia Piloto.

VIP – Antes de mais, que balanço faz deste novo projeto, agora que já estreou?
Pedro Lima –
Está a correr bem, estou contente com o ambiente de trabalho, com a qualidade do trabalho dos meus colegas, com as condições que me têm sido oferecidas para desenvolver o meu próprio trabalho e com aquilo que já vi do produto final. Temos razões para estar orgulhosos.

Contracena com a Dalila Carmo e esta não é uma estreia para vocês…
Nós já fomos casal várias vezes, damo-nos muito bem a trabalhar, acho que a relação de amizade transcende para o ecrã. É uma relação de amizade que nasceu da relação profissional, prolongou- se depois pela admiração que tenho pela Dalila, pelo percurso dela, pela mulher que ela é. Talvez seja a atriz portuguesa que mais mundo tem. Já viajou por todo o lado, sozinha, acompanhada, vai ver espetáculos em todo o Mundo, tem muito interesse por aquilo que os colegas fazem, já estudou fora. É uma atriz com muito material para trabalhar e isso nota-se no resultado.

E teve uma breve experiência no mercado editorial, na direção de uma revista…
Foi muito fugaz. Naquela altura fazia sentido uma pessoa como eu ser diretor da Men’s Health, que pudesse relacionar-se com os clientes e que não tivesse propriamente responsabilidades editoriais. Eu tinha contributos muito pouco significativos, mas foi bom ter essa experiência de ver o que é estar num grupo editorial, perceber como funciona a estrutura, isso faz com que tenha maior respeito pela profissão de jornalista. Mas quando olho para o meu futuro, vejo-me sempre como ator, ou algo relacionado com a representação. Imagino-me a dirigir peças de teatro. Aliás, já tive uma produtora, a minha intenção era dirigir as peças, mas as solicitações para trabalhar como produtor eram tantas que não me sobrava tempo para dirigir as peças a nível artístico. Mas pode ser que um dia tenha essa oportunidade.

Com isso tudo, sobra tempo para a família, a vida pessoal, os seus quatro filhos?
Sobra. Claro que não passo o dia inteiro com eles. Por exemplo, hoje vou buscá-los à escola, vou com um ao dentista, levo-os à natação e à ginástica, vou jantar com eles, e à noite estudo as cenas para amanhã.

É assumidamente apaixonado por desporto, nomeadamente o surf. Vem da relação com a água, já que foi atleta olímpico de natação, ou é uma forma de ter momentos a sós?
Não é essa a razão que me leva para o surf porque já o faço há tantos anos que é raro não encontrar um amigo ou alguém que conheça, e não me lembro de ter na natação um prazer que se aproximasse sequer do prazer que tenho no surf. A minha relação com o surf nasce do facto de o desporto ter sempre tido um lugar importante na minha vida, portanto, é uma forma de praticar desporto, mas é muito mais do que isso. Tem a ver com a Natureza, com a contemplação, há uma certa espiritualidade… e também de lidar com o medo, de estar em situações limite e não desistir, de sobreviver. Muitas vezes estamos ali debaixo de água, quase em sufoco, e depois conseguimos respirar e levamos com outra onda em cima. É ali uma zona de sobrevivência, e isso é muito enriquecedor na forma como nos dá coragem para continuar a lutar e nos ajuda a pôr a vida em perspetiva, e se calhar a valorizar mais as pequenas coisas da vida.

Leia toda a entrevista na VIP nº865

Texto: Elizabete Agostinho; Fotos: José Manuel Marques; Produção: Nucha

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