Telma Santos
“Eu era mais Maria-rapaz”

Famosos

Separada de Pedro Guedes, a modelo diz que a filha Gabriela é muito feminina

Qui, 02/05/2013 - 23:00

Antecipando o Dia da Mãe, Telma Santos e a filha Maria Gabriela, de cinco anos, passaram uma tarde divertida na loja Rituals do Vasco da Gama, em Lisboa, a experimentar alguns produtos de beleza. “Ela é muito vaidosa”, diz a manequim, de 31 anos, que vai celebrar a data reunindo quatro gerações. Separada desde outubro e em processo de divórcio de Pedro Guedes, que está a participar em Big Brother VIP, da TVI, Telma Santos diz que continua a acreditar no amor, apesar do seu casamento ter falhado.

VIP – O que mudou na sua vida desde que foi mãe?
Telma Santos – É um cliché, mas é inevitável dizer. Tudo muda e tudo faz mais sentido, o que não quer dizer que as pessoas que não têm filhos não tenham sentido na vida. O que é facto é se temos a capacidade de educar e de ver crescer um ser que é nosso, são os nossos filhos, é maravilhoso. E as crianças são como um sol na nossa vida. Há muito mais adrenalina todos os dias, há muito mais a fazer, não há monotonia numa vida com crianças, isso é sempre uma mais­–valia mesmo para um adulto.

Quando viaja para o estrangeiro em trabalho costuma levar a Gabriela?
Não, nunca levei, não faz sentido, vou trabalhar, apesar de ter alguns clientes com os quais já trabalho há algum tempo que me perguntam: “Porque é que não a trazes uma vez?” Estou a ponderar se calhar um dia, porque agora ela já está mais crescida, mas acho que não ia ser divertido. Uma coisa é fazermos umas fotografias e uma entrevista para um trabalho, outra é quando estamos a fotografar três ou quatro dias seguidos. Apesar de haver sempre um respeito enorme por crianças, estamos ali a trabalhar e não vamos mudar os nossos horários porque existe uma criança. Se for um trabalho de um ou dois dias talvez, mas acho que não, avião e aeroporto… eu como não gosto nada disso acho que não ia ser divertido para ela.

Reparei nas vossas brincadeiras entre mãe e filha com a maquilhagem. Lá em casa também é assim?
Ui (risos). A Gabriela adora maquilhagem e é muito feminina, podia ter puxado à mãe. Eu era mais maria-rapaz quando tinha a idade dela. Nunca me despertou qualquer tipo de interesse por maquilhagem ou roupa. Obviamente brincamos, mas ela tem a malinha de maquilhagem dela para criança e sabe que nas minhas coisas não mexe nem pode mexer, até porque pode fazer mal. Nunca tive aquele dia de chegar a casa e ter os blushes e os cremes virados ao contrário.

Ela é vaidosa?
Muito vaidosa. Não sai de casa sem perfume, adora acessórios, mas não é por mim, porque não me maquilho todos os dias.

Ela sabe qual é o trabalho da mãe?
Sabe e já sabe diferenciar bem as situações. Quando eu às vezes lhe digo: “A mãe tem de ir trabalhar”, ela pergunta-me: “Mas é um trabalho ou um casting?” Eu acho que se explicarmos às crianças as coisas tal e qual como elas são, elas são umas “esponjas” alucinantes, conseguem perceber.

Acha que ela poderá vir a seguir as suas pisadas na moda tendo em conta que ela se sente atraída por produtos de beleza?
Ela beleza gosta, mas tirar fotos não gosta muito. Mas também nesta idade quem é que gosta? Eu normalmente nunca a chateio com isso, tiro fotos mais espontâneas, mas não sei, só o futuro dirá. Não pode ser premeditado, só ela saberá.

Este será o sexto dia da mãe…
É verdade. Quando ela era muito bebé é impossível não dizer que sentia o ego cá em cima, mas quando começou a ir para o infantário foi muito giro. Tenho todas as recordações que ela fez, as chávenas com as dedadas quando era pequenina, aliás, o porta-chaves que eu uso foi feito pela Gabriela para o Dia da Mãe. É um paninho com uma boneca que ela pintou há dois anos e escreveu o nome dela.

Dá muita importância ao Dia da Mãe?
Gosto e faz sentido, mas não podemos valorizar demasiado, porque eu acho que o Dia da Mãe é todos os dias. Eu ainda tenho a minha avó e acho giro reunir as quatro gerações, ver a troca de presentes e a cumplicidade que existe. As crianças acabam por dar mais importância devido às atividades que têm, mas claro que é um dia especial.

Como definiria a Gabriela?
Tem um sentido de humor fantástico e acho que isso tem mais a ver com o pai. Ela tem uma boa mistura entre o pai e a mãe.

E de si, o que é que ela puxa?
É um bocadinho traquina, tem aquele ar de rebelde, mas de forma sã.

Está em processo de divórcio com o Pedro Guedes. Não deixou de acreditar no amor por causa disso?
Claro que não. O amor existe em todo o lado, em muitas coisas. É possível haver amor a todos os níveis e eu mais que tudo tenho a minha filha. Esse é um amor incondicional, é o melhor amor que podemos ter, que é o dos nossos filhos.

Acha que o casamento deve ser só uma vez na vida?
Independentemente de haver separações e divórcios, o casamento tem de existir quando as pessoas sentem que o devem fazer. Eu acho que independentemente de se estar a falar de casamento, as relações, sejam a que nível for, acabam por ser todas iguais. Seja a relação com o marido, com um amigo, com um patrão, as relações têm todas altos e baixos, por isso pode haver ou não um fim, é impossível contornar isso.

A Gabriela ficou surpreendida com a separação dos pais?
Não vou entrar em pormenores, mas posso dizer que está tudo tranquilo, ela está ótima, até porque nós fazemos questão que ela seja a nossa prioridade e que se mantenha sempre assim. Nós sempre tivemos profissões que permitiam a presença de um e a ausência de outro, normalmente estava sempre um mais presente do que outro. Obviamente que a Gabriela sabe o que se está a passar, mas não é relevante. Ela é ainda pequenina e nós somos dois adultos que conseguimos gerir bem as situações.

Texto: HMC; Fotos: Helena Morais

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