Elsa Barreto
Estilista revela planos para o Natal

Famosos

Elsa Barreto recebeu a VIP na sua casa
de Braga, ao lado do marido e dos filhos

Qui, 19/12/2013 - 0:00

Apesar de assumir que o trabalho é muito importante na sua vida, Elsa Barre to garante que está a “aprender a desligar-se” e a colocar a família no centro de tudo. Ao lado do marido, Henrique Handel, e dos dois filhos, Miguel e Sara , partilhou com a VIP momentos de grande cumplicidade. Acompanhámos a estilista e a família num dia dedicado às decorações de Natal, na sua casa, em Braga.

VIP – Que planos têm para a noite de Natal?
Elsa Barreto – Ainda estamos a planear o Natal. Não sabemos se vamos para fora do País com a família toda ou se passamos em casa. Eu não tenho tempo para tratar dos preparativos, os meus irmãos também não e começa a ser demasiado trabalho para a minha mãe. Cada vez há mais netos e a família está a aumentar (risos). Dessa forma, também podemos juntar mais família e sem dar trabalho às pessoas que, normalmente, tratam do Natal, que são as mães. Este ano vamos, por isso, tentar ir para fora do País.

O que não pode faltar na consoada?
EB – O bacalhau! O meu avô tinha uma loja de bacalhau… E claro, peru, rabanadas, bolo-rei. E, no dia seguinte, não pode faltar a roupa-velha! Gosto de tudo o que é tradicional.

A Elsa cozinha alguma dessas iguarias?
Para bem de todos, não (risos). A minha mãe diz–me sempre no Natal, em tom de brincadeira, que me liga quando estiver tudo pronto. Não gosto de cozinhar e não tenho jeito, mas o Henrique tem.

Henrique Handel – Gosto de inventar, mas nos doces não é possível. Mas faço tudo o resto.

A decoração de Natal é feita em família?
EB – Fazemos em família, mas vamos construindo em dias diferentes. Não fazemos tudo de uma vez. Os homens montam a árvore de Natal e a decoração, normalmente, é tarefa minha e da Sara. Mas vamos decorando ao longo do mês.

Consegue desligar-se do trabalho?
No dia de Natal, sim (risos), mas normalmente trabalho até meio da tarde de Natal. Estou a aprender a desligar-me. O trabalho é muito importante, mas também estou a perceber que a vida é curta e que a família é o centro de tudo.

A crise económica levou-os a fazer alguma contenção?
EB – Começamos a ter um nível de alerta maior… Começámos a contribuir mais em causas solidárias. Vamos sempre com os nossos filhos às compras para outros meninos para que percebam que devemos partilhar e já são eles que pedem para ir comprar mimos para as outras crianças.

HH – Sempre tivemos respeito pelo dinheiro e pela forma como o podemos usar. Como é óbvio, o dinheiro não traz felicidade, mas não o ter pode trazer infelicidade. Felizmente, temos a nossa vida controlada e não gastamos dinheiro mal gasto, nem estragamos comida, por exemplo.

Quem escolhe os presentes para os filhos?
EB – Eles não nos deixam grande margem de escolha e pedem logo o que querem.

HH – Têm as ideias deles, mas tentamos surpreendê- los com algo. A família é uma ditadura dos mais fracos (risos). Neste caso as crianças acabam por mandar mais que os adultos.

É complicado escolher a prenda da Elsa?
HH – Isso é um bocadinho mais difícil (risos). Temos uma cumplicidade muito grande e uma vida juntos e sei quais são os padrões de exigência da Elsa. De facto, estar ao nível desses padrões de exigência nem sempre é fácil. Confesso que gosto mais de dar do que de receber e gosto que tenha um significado que vá para lá do valor monetário. E há sempre surpresas. Tento fazer uma pequena inquirição, mas, até à última da hora, ela não sabe o que vai ser.

EB – Escolher prendas para homens é sempre mais difícil… Por mais que o conheça bem é mais complicado. Nós, mulheres, queremos sempre tanta coisa (risos). Tento, de alguma forma, surpreendê- lo. Adoro dar, mas também gosto de receber. Sou um pouco criancinha e fico ansiosa para receber e para dar.

Qual a prenda que recebeu do Henrique que mais a surpreendeu?
EB – Desde que começámos a namorar, ele sempre me surpreendeu e acerta sempre nos presentes. Talvez seja pela cumplicidade que temos.

E qual é o segredo dessa cumplicidade?
EB – Estamos juntos há 23 anos e casados há 17. Somos verdadeiros um com o outro, somos amigos um do outro. E o Henrique tem muitas qualidades que são importantes num casamento. É generoso, carinhoso. Faz-me muitas surpresas nas alturas em que estou menos bem e é muito romântico. Quando se apercebe que estou mais em baixo tem sempre uma atenção especial. É de tal maneira romântico que, de vez em quando, me escreve poemas.

HH – E porque somos muito diferentes e respeitamos muito as diferenças um do outro. Não acredito na ideia de que os opostos se atraem, mas temos uma filosofia de vida semelhante, tendo moldes e formas de comunicar ou de estar diferentes um do outro. Mas os valores, o que é fundamental na vida, é semelhante. Foi o que nos aproximou e nos manteve juntos. A Elsa conquistou- me porque, de facto, tem qualidades que a diferenciam do resto das pessoas que fui conhecendo ao longo da vida. Mas o amor é inexplicável. Comparado com o amor que tenho pela Elsa só o que sinto pelos meus filhos. Respeito e amo tudo o que ela é como pessoa, as suas qualidades e defeitos. A Elsa é supertalentosa e determinada, o que a torna especial.

Na educação dos filhos quem cede mais?
EB – Eu sou mais rígida em algumas coisas. O Henrique faz um pouquinho mais a vontade aos filhos, mas depende do que está em causa. A educação é dos dois de igual forma.

E que tipo de mãe é a Elsa?
EB – Sou muito mãe-galinha. Para nós os dois, não é possível passar férias sem os nossos filhos. Tivemos, há pouco tempo, de ir à China e eles ficaram. Custou-nos muito estar longe deles. O Miguel está com 14 anos, começa a querer sair e começa a ser difícil. Ainda não sai, a não ser para alguma festa de anos e já começo a pensar no que me irá custar quando tiver de lhe dar essa liberdade. Não vai ser nada fácil. Aí, se calhar, acho que estou menos preparada do que o Henrique.

E o Henrique?
HH – Eu sou um pai presente. Tento organizar sempre a minha vida de forma a ter tempo para eles. Não faria sentido ter uma vida profissional bem-sucedida se tivesse que perder o crescimento deles. Eles não voltarão a ter a idade que têm… Para nós os dois é tão importante que nunca nos iríamos perdoar se, em nome do sucesso, tivéssemos que abdicar de estar presentes.

Revê-se nos seus filhos?
EB – Eles são os dois muito diferentes, mas ambos têm características minhas e do Henrique. É difícil dizer quem é mais parecido com quem.

Os seus filhos já manifestaram vontade de seguir as suas pisadas como estilista ou as do pai, que é dentista?
EB – Nenhum deles. Ainda são pequenos. Tem que haver liberdade nas suas escolhas, mas ainda não sabem bem o que querem. A Sara diz muitas vezes que não quer ser estilista porque dá muito trabalho (risos). Puxa mais para as letras, a psicologia, o direito…

HH – O Miguel começa agora a ter de pensar no que quer fazer. Ele tem uma habilidade natural para a arte, para o desenho, mas a ideia dele, para já, é seguir o design gráfico.

Texto: Cynthia Valente; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Elisabete Guerreiro; Cabelo e maquilhagem: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel

Siga a Revista VIP no Instagram