Julgamento Da Morte Da Irmã De Nuno Janeiro
“Esta vitória é dedicada à Ana Rita”

Famosos

Condutora foi condenada a um ano e quatro meses de pena suspensa

Qui, 11/04/2013 - 23:00

Um ano e quatro meses de pena suspensa em regime de obrigatoriedade de apresentar prova e de frequentar um curso de segurança rodoviária. Foi esta a pena aplicada a Camélia Burlacu, cidadã romena, que a 22 de setembro de 2011 matou por negligência a irmã de Nuno Janeiro, Ana Rita Janeiro, de 32 anos, que circulava de mota quando foi abalroada pela viatura da réu. A jovem foi projetada para baixo do carro e a condutora, não se apercebendo da situação, passou por cima da irmã do ator tendo-a arrastado 16 metros, facto que lhe provocou a morte. A sentença foi lida sexta-feira (5) no Campus de Justiça, em Lisboa, perante a presença emocionada de Joaquim Silva e Helena Janeiro, os pais de Ana Rita. “Não é uma questão de satisfação, é uma questão de justiça.

Esta etapa foi vencida. Era a sentença que esperávamos, para o conhecimento que tínhamos da situação”, afirmou o pai de Nuno Janeiro que só se mostrou revoltado por não lhe terem cassado a carta. “É evidente que a arguida não matou a nossa filha de propósito, mas gostaria que ela tivesse ficado sem carta. Acho que lhe deviam ter cassado a carta, porque morreu uma pessoa e não quer dizer que ela não volte a fazer o mesmo”, afirmou. Opinião idêntica tem o advogado, Nélson Páscoa da Silva, o advogado de acusação: “Ela está livre, não está condicionada na sua liberdade, está sujeita a cumprir este plano elaborado pela direção-geral de segurança rodoviária. Se não cumprir o plano incorre em incumprimento e terá de cumprir a pena de prisão. Ela poderá conduzir, porque não houve a cassação da carta. Isto surpreende-nos a todos e deixa-nos preocupados, porque alguém que pratica um facto com esta gravidade poder continuar a conduzir é assustador. Mas era a pena que esperávamos.”

Agora, o processo vai seguir para o tribunal cível, onde vão ser discutidas as indemnizações. Apesar dos interveniente ainda não quererem falar sobre esta etapa, o pai de Ana Rita lá vai dizendo que: “Não há dinheiro nenhum no mundo que valha a vida da nossa filha. Isto é muito complicado. Nós andamos nisto há dois anos e tal e ainda não descansámos. Só queremos que isto termine”, declarou. Segundo o advogado de acusação, se a defesa não interpuser recurso, o processo cível poderá ficar resolvido em ano e meio. Até lá, resta à família de Nuno Janeiro aproveitar o fecho desta etapa cuja “vitória dedica” a Ana Rita.

Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Jorge Firmino

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